PALMEIRAS NA FINAL. QUAL A NOVIDADE?

Vitória no Choque-Rei com pênalti inexistente leva Verdão à sexta decisão seguida do Paulistinha

Meus amigos.

Começo esta crônica pós-jogo pedindo desculpas a todos, pois sei que o vocês lerão não os agradará. Contudo, fiz um juramento quando me formei em Jornalismo e, dentre as muitas palavras que disse naquele momento, estavam as que garantiam que eu jamais mentiria a quem me lesse, ouvisse ou assistisse.

E é por isso que afirmo: desde que nasceu, há mais de 110 anos, o Palmeiras foi infinitamente mais vezes prejudicado do que ajudado pela arbitragem. São inúmeros – repito: inúmeros – os jogos e, infelizmente, muitas as classificações e até mesmo alguns títulos que não ganhamos porque o apito ou a bandeira nos prejudicou, muitas vezes até mesmo de forma descarada. Esta desvantagem na balança entre ser ajudado e ser roubado tem uma explicação, aliás muito simples: historicamente, formamos tantas equipes talentosas que nem mesmo a incompetência ou a desonestidade de terceiros foi capaz de impedir nossas glórias.

Ocorre, porém, que em algumas partidas, inclusive decisivas, o erro dos árbitros de campo ou, mais recentemente, de vídeo acabou por nos favorecer. Nesta segunda-feira, dia tão atípico para o futebol quanto um apito amigo para o Verdão, isso se deu. O lance em que o árbitro Flávio Rodrigues de Souza considerou pênalti sobre Vítor Roque, decisão esta corroborada pelo responsável no VAR, Rodrigo Guarizzo do Amaral, nada teve de ilegal. O centroavante palmeirense de fato é tocado pelo zagueiro são-paulino Arboleda, mas sem a intensidade suficiente para derrubá-lo. Além disso, é flagrante que o estreante da noite projeta seu corpo ao chão pois percebe que não alcançaria a bola a tempo de finalizar ao gol.

Então, o Palmeiras só venceu porque a arbitragem o ajudou? Não, claro que não. Com exceção de duas cabeçadas de Calleri, ambas frutos de desatenções de nossos marcadores, todas as demais chances de gol foram alviverdes. Ok: elas não existiram aos montes, mas ainda assim foram todas nossas, não do adversário. Então, se alguém disser que a classificação palmeirense à sua sexta decisão seguida do Paulistinha foi injusta, terá sido este alguém, ele sim, injusto. Dono da segunda melhor campanha da competição, a presença do Verdão na grande final é fruto de seus próprios esforços.

Por falar na decisão, já sabemos que o primeiro jogo será em nossa casa e o segundo no “Entulhão”, o que obviamente é um fator que complica nossas ambições de obtermos um inédito tetracampeonato estadual para o nosso clube. Deste forma, fica claro que teremos de dar à partida do próximo domingo, ainda que ela não o seja, status de finalíssima. Somente um resultado positivo, preferencialmente por pelo menos dois gols de diferença, será capaz de nos dar a tranquilidade necessária para enfrentarmos o inferno que viveremos no dia 27 de março.

Se for a vontade dos deuses do futebol, o que tiver de ser, será… Verde!    

 

WEVERTON
NOTA 5

MARCOS ROCHA
NOTA 6,5

MURILO
NOTA 5

MICAEL
NOTA 6

VANDERLAN
NOTA 6

EMI MARTINEZ
NOTA 7,5

RICHARD RÍOS
NOTA 6

RAPHAEL VEIGA
NOTA 7

ESTÊVÃO
NOTA  5,5

VÍTOR ROQUE
NOTA 6

FACUNDO TORRES
NOTA 5


ABEL FERREIRA
NOTA 6,5

ANÍBAL MORENO
NOTA 5

FLACO LÓPEZ
NOTA 5,5

MAYKE
SEM NOTA

FELIPE ÂNDERSON
NOTA 4,5

GUSTAVO GÓMEZ
NOTA 5

IMAGENS: CÉSAR GRECO/AG. PALMEIRAS

12 Responses to PALMEIRAS NA FINAL. QUAL A NOVIDADE?

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, muito boa sua crônica por várias vezes o Palmeiras foi assaltado, no bom sentido, Parabéns Palmeiras por mais uma Final, porém no primeiro jogo da grande Final temos que fazer a diferença.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Agradeço suas palavras.

      Mas me permita corrigi-lo: o Palmeiras não foi diversas vezes assaltado; foi milhares de vezes.

      Quanto ao primeiro jogo final, vc está certo: temos de encaminhar o título em casa, caso contrário ficará bem mais complicado.

      Abs.

  2. Boa tarde a todos!
    Também acho que foi pênalti, marcado com tranquilidade pelo árbitro. O zagueiro faz uma carga em nosso atacante e desloca a passagem do mesmo, pênalti bem marcado.

  3. Jose Eduardo Berti

    Boa tarde

    Eu achei penalti se o Arboleda nao da um tranco no Vitor ele não cai e também há a lei do retorno nós fomos prejudicados na Copa do Brasil e aquela cabeçada do Leivinha que o falecido Armando Marques deu mão em 1971 seriamos campeões agora demos o troco antes tarde do que nunca.

    • Márcio Trevisan

      Oi, Berti.

      Respeito sua opinião, só que não houve tranco. O que houve foi o ato descarado de se jogar praticado pelo VR.

      Quanto à lei do retorno, pode estar certo: se tivéssemos de volta todos os erros que fizeram contra nós os árbitros marcariam 10 pênaltis a nosso favor por jogo.

      Abs.

  4. Bom dia, Márcio.

    Concordo plenamente que a marcação do pênalti foi, no mínimo, duvidosa. Porém, o SPFC teve muito tempo para, pelo menos, buscar um empate e complicar a nossa vida no jogo de ontem. Foi um adversário inoperante e pouco efetivo, sendo Lucas Moura o único diferencial do time.

    Confesso que criei uma expectativa muito grande para as atuações de Vitor Roque e Estêvão e ambos estiverem bem apagados. O primeiro certamente é diferenciado e torna o nosso ataque muito mais perigoso, mas apareceu pouco. Já Estêvão, por ser o talento que é, foi bem marcado e teve poucas oportunidades de brilhar.

    Clássicos, em sua grande maioria, transformam nossas ambições. A minha expectativa inicial é que o Verdão mate o jogo da final na ida, no dia 16/03. Espero que minha expectativa não se transforme em decepção.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Já esperava por uma atuação discreta de VR, pois era a sua estreia. Quanto a Estêvão, ele de fato precisa aparecer em clássicos, e não apenas diante de times pequenos.

      Quanto a “matarmos” a decisão no primeiro jogo, concordo contigo. Até porque se deixarmos para fazer isso na finalíssima, ficará imensamente mais difícil.

      Abs.

  5. O arbitro conseguiu a façanha de errar 3 vezes no mesmo lance.
    1°) Interrompeu 1 lance clarissimo de gol do Palmeiras.
    2°) Marcou 1 penalti inexistente.
    3°) Não teve a humildade de verificar o lance no Var.

    Abçs

    • Márcio Trevisan

      Olá, Jair.

      Vc se equivoca quanto ao terceiro item. De fato, ele foi arrogante ao não ir ao VAR, mas antes ele pergunta ao árbitro do VAR se houve ou não o contato.

      Quando Rodrigo Guarizzo disse que o contato acontecera, ele concorda com a marcação do campo. Por isso, Flávio Rodrigues não precisou checar o lance.

      Abs.

  6. Ganhar dos bambes é bom demais. E sobre o pênalti, deixa os trikas espernear e fica pago aquele jogo da CB em 2022 quando eles se classificaram com um gol irregular. Avante Palmeiras.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tadeu.

      Não fica pago, não. Na história, temos muito mais erros contra do que a favor, inclusive em jogos contra o SPFC.

      Abs.

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