Em mais uma atuação brilhante, Estêvão leva Palmeiras à semifinal do Paulistinha.
Meus amigos.
O título desta crônica pós-jogo talvez só possa ser compreendido por aqueles que, como eu, já viveram mais de cinco décadas. Afinal, ele é um dos versos da música “O Escândalo”, versão gravada por Renato & Seus Blue Caps em 1965 (três anos antes, portanto, até mesmo do meu nascimento). Na referida canção, o inesquecível grupo que brilhou na época da Jovem Guarda contava a história de um menino que aprontava todas e mais algumas desde o primeiro minuto em que viera ao mundo.
Mas o que é Estêvão se não um moleque endiabrado, que parece ter nos pés não apenas um talento absurdo, mas também quase que poderes sobrenaturais? Hoje, diante do São Bernardo/SP, talvez nem fosse necessário ao Palmeiras escalar outros 10 jogares – bastaria que em campo estivesse a maior revelação do futebol brasileiro nos últimos cinco anos. Além dos dois golaços que marcou (o primeiro uma pintura, quase que uma exclusividade de craques consagrados e com muito, mas muito mais do que somente 17 anos) e de mais um outro, anulado corretamente pela arbitragem, foi o adolescente o grande condutor do Verdão a mais uma semifinal de Paulistinha, por sinal a 12ª consecutiva no torneio regional.
Para lhes ser bastante sincero, algo que todos vocês já sabem que sempre sou, eu já esperava por uma classificação um tanto quanto tranquila do nosso time. Mesmo com a elogiável campanha da equipe do ABC na primeira fase, acompanhei alguns de seus jogos e pude notar que, na hora em que tivesse pela frente um grande do Estado, sobretudo em uma partida decisiva, ela teria pouco a apresentar. Não deu outra: o Palmeiras foi soberano durante todo o jogo, só teve sua meta ameaçada uma única vez, quando Weverton fez uma excelente defesa ainda no primeiro tempo, e obteve sem maiores dificuldades a vitória e a vaga entre os quatro melhores times paulistas.
Isso se deu, claro, também pelo modus operandi mostrado pela equipe. Seja porque têm ciência de que deixaram a desejar na etapa anterior da competição, seja porque só conseguiram ir às quartas com um gol quase no fim da última partida, seja, enfim, porque sabem que chegar aonde hoje chegaram não passava da mais pura obrigação, o fato é que nossos jogadores entraram em campo com espírito de decisão. E quando isso acontece, dificilmente o Verdão não consegue seus objetivos. Justiça seja feita, tal situação se deveu também, e mais uma vez, a Abel Ferreira, cujo único erro em minha opinião foi ter sido pra lá de injusto com Naves e preteri-lo ao promover a estreia de Micael.
Agora, prezado palmeirense, só nos resta esperar os outros três jogos para conhecermos qual será nosso adversário no próximo fim de semana. Mas seja lá qual ele for, que tenha desde já duas certezas: terá de encarar o Palmeiras em uma Arena Palestra Itália lotada e, também, com sangue nos olhos em busca da vaga na sexta final consecutiva.
WEVERTON
NOTA 6,5
MARCOS ROCHA
NOTA 5,5
MURILO
NOTA 5,5
MICAEL
NOTA 6
VANDERLAN
NOTA 5,5
EMI MARTINEZ
NOTA 6,5
RICHARD RÍOS
NOTA 8
RAPHAEL VEIGA
NOTA 6
ESTÊVÃO
NOTA 9
FLACO LÓPEZ
NOTA 7
FACUNDO TORRES
NOTA 6
ABEL FERREIRA
NOTA 7
ANÍBAL MORENO
NOTA 5,5
BRUNO FUCKS
NOTA 5,5
MAYKE
SEM NOTA
FELIPE ÂNDERSON
SEM NOTA
THALYS
NOTA 5
IMAGENS: CÉSAR GRECO/AG. PALMEIRAS
02/03/2025 at 15:57
Boa tarde a todos!,
Noite de gala, ótimo resultado!
Será que alguém como eu teve dificuldade de enchergar a bola ? Eu estava de óculos, mas ela tem desenhos escuros dificulta a visão, quando tem cruzamento preciso procurar a bola, poderia ser a tradicional toda branca?
Grato!
03/03/2025 at 0:45
Olá, Eduardo.
Cada campeonato tem a sua bola, definida antes do começo do torneio.
Como não vi nenhum comentário negativo a respeito da bola deste Paulistinha, creio que esta dificuldade seja algo relacionado a você.
De qualquer forma, se levarmos o tetra pode ser até com bolinha de gude – rs…
Abs.
02/03/2025 at 14:06
Boa tarde caro Trevisan, por isso que os “outros” não queriam que o Palmeiras se classificava, olha o que deu Palmeiras na sua décima segunda Semifinal.
Estou para lhes dizer que foi o melhor jogo deste ano do Palmeiras do coletivo e do menino Estévão com dois golaços.
Abraço.
03/03/2025 at 0:40
Olá, Alfano.
Penso da mesma forma: foi o melhor jogo do Palmeiras em 2025.
Mas espero que isso seja superado na semifinal e, tomara, também nas finais.
Abs.
02/03/2025 at 12:05
Ontem deu gosto de ver o Palmeiras jogar!
Fico imaginando como ficará nosso ataque com Estevão, Vitor Roque e Paulinho juntos! Não vejo a hora de conferir esse trio em ação! Depois do sufoco que passamos na fase classificatória, agora entramos na reta final com o verdadeiro Palmeiras, que nos traz a esperança do tetra e de uma temporada muito maus promissora que a de 2024. Avante, Palestra!
02/03/2025 at 8:20
Que resultado maravilhoso !
Mesmo sendo contra o limitado time do São Bernardo considero que foi a 1ª partida no ano que o Palmeiras jogou um esporte chamado futebol !
Agora o momento de critico:-
Estaria o Felipe Anderson assumindo o posto de PIOR jogador do elenco do Palmeiras com a saída do TETRICO Atuesta ?
Olha tomar o lugar do Atuesta é doze pra Leão !!!
Abçs.
03/03/2025 at 0:33
Olá, Jair.
Concordo com você: como eu disse, mais do que o resultado o que mais me agradou foi a forma como o time encarou o jogo e o disputou.
Em relação a FA, tecnicamente ele é um dos melhores jogadores do Palmeiras. O problema é que parece não estar muito a fim de jogar.
Abs.