PENALIDADES MÁXIMAS

Ríos e Estêvão pisam feio na bola e impedem vitória do Palmeiras no derby

Meus amigos.

Errar é humano. Jamais houve um único ser que já tenha habitado este mundo que não tenha cometido pelo menos uma vez um errinho que fosse. Por esta razão, mesmo estando todos nós com um ódio visceral de Richard Ríos e Estêvão devido às burrices que ambos fizeram, não devemos – e nem podemos – simplesmente execrá-los, como se não tivessem valor e também nunca houvesse ajudado o Palmeiras a conseguir vitórias e títulos.

No entanto, é preciso deixar claro que a falha cometida pelo colombiano é completamente diferente da que cometeu nossa mais recente joia: este apenas tomou a decisão errada no momento de bater na bola e, assim, facilitou a vida do goleiro dos caras – ou seja: foi infeliz; já aquele, como faz em todas as partidas, exagerou ao prender a bola e a perdeu para o hoje sumido Memphis Depay – ou seja: foi irresponsável.

O volante e o atacante foram, assim, os principais culpados por não termos ido além de um empate por 1 a 1 com “eles”, mas não foram os únicos. Nesta chuvosa noite de verão paulistano em que a Arena Palestra Itália voltou a ficar quase lotada, também nosso treinador teve sua parcela de culpa. Abel Ferreira até que começou bem, armando o time no 3-4-3 e, com isso, liberando os hoje alas Mayke e Piquerez para se tornarem quase que pontas – e isso sem que nosso meio-campo perdesse em marcação, pois nas poucas vezes em fomos atacados o líbero Naves se adiantou e fez as vezes daquele que, antigamente, era chamado de cabeça-de-área e hoje é conhecido como “primeiro volante” ou apenas “5”.

Só que, assim como uma vaca que chute o balde cheinho de leite, o portuga jogou por terra assim que Yuri Alberto foi merecidamente expulso, aos 16 minutos da etapa final. Ele deveria ter sacado um dos três zagueiros e colocado mais um homem de área imediatamente, mas de forma inexplicável demorou exatos 15 minutos para trocar Naves por Thalys. Fico pensando no motivo que fez nosso técnico hesitar tanto, se covardia (o que não se explica, pois o time “deles” não atacou nem quando estava com 11 em campo) ou, o que é mais provável, arrogância (afinal, se o Verdão fizesse o segundo gol isso provaria que ele estava certo, algo que faz um bem danado ao seu ego nada modesto).

De qualquer forma, prezado palmeirense, é que perdemos mais uma chance de vencer os caras e, pior, seguimos um tanto quanto longe do São Bernardo/SP e seguidos de perto demais para o meu gosto pela Ponte Preta/SP. Em outras palavras: nas duas próximas partidas, contra Água Santa/SP e Inter de Limeira/SP, ambas fora de casa, não podemos nem mesmo pensar em outros resultados que não duas vitórias.

Se isso não acontecer, podem ter certeza de que sofreremos penalidades máximas ainda piores do que as de hoje.

 

WEVERTON
NOTA 7

NAVES
NOTA 5,5

 

GUSTAVO GÓMEZ
NOTA 5,5

 

MURILO
NOTA 5

MAYKE
NOTA 6

 

RICHARD RÍOS
NOTA 3,5

 

RAPHAEL VEIGA
NOTA 5,5

PIQUEREZ
NOTA 7

ESTÊVÃO
NOTA 3,5

 

MAURÍCIO
NOTA 7

FACUNDO TORRES
NOTA 5,5

ABEL FERREIRA
NOTA 5

 

MARCOS ROCHA
NOTA 5

FIGUEIREDO
NOTA 5,5

LUIGHI
NOTA 5

THALYS
NOTA 5

BENEDETTI
NOTA 5

IMAGENS: CÉSAR GRECO/AG.PALMEIRAS

8 Responses to PENALIDADES MÁXIMAS

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, muito boa sua crônica, mais a verdade é que erramos na aquela bola do Rios, e em clássico não podemos errar, agora temos que buscar a classificação na marra.

    Porém nos Mata-Mata temos que melhorar e muito!!!

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Ríos prende demais a bola e eu já havia escrito sobre isso muitas vezes.

      No caso deste derby, porém, talvez tenha havido falta de Depay no momento em que lhe toma a bola.

      Em um vídeo que vi torna o lance no mínimo discutível.

      Abs.

  2. Bom dia, Márcio.

    Ríos e Estêvão são muito bons jogadores – este último, claro, muito mais talentoso que o primeiro – e realmente tiveram uma noite infeliz. Não os culpo pelo mau resultado que obtivemos.

    Nosso time é inofensivo. Em outras situações, quando enfrentasse um time medíocre como este do Corinthians/SP, teria enfiado três ou quatro gols, ainda mais jogando em casa e com um atleta a mais desde os 16 minutos do segundo tempo.

    Essa salada de frutas montada pelo Abel, onde Murilo é atacante, Facundo é lateral e Mauricio é ponta, só mostra que estamos absolutamente desconfigurados. Não temos referência no ataque e isso nos força a ficar tocando a bola na entrada da área, muitas vezes sem saber o que fazer com ela.

    A única coisa boa na partida de ontem foi ver Piquerez atuando desde o início. Que diferença de futebol esse rapaz proporciona quando o temos em nossa lateral.

    A temporada só está começando, mas o início não é bom. Abel já explorou o que pode com o que tem nas mãos e passou da hora da diretoria lhe dar um material de melhor qualidade.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Nesta linha de racicínio, creio que Abel deu um recado direto à Leila Pereira quando colocou um zagueiro (Benedetti) para jogar como centroavante.

      Aliás, não foi um recado direito – foi um direto no queixo da presidente.

      Abs.

      P.S.: Só uma correção – nos últimos dois jogos Maurício atuou como centroavante, e não como ponta.

  3. Bom dia a todos,

    Nos últimos 4 anos,a mistura Palmeiras x Cobranças de pênalti = água e óleo. Com raras exceções é claro.
    Grato pela atenção.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Eduardo.

      Nas disputas por pênaltis, perdemos 7 das 8 que disputamos desde que Abel Ferreira chegou.

      Acho que nem é preciso dizer mais alguma coisa, certo?

      Abs.

  4. Marcos Alvim

    Prezado Trevisan e amigos
    O caso do Rios já é comum, desde q chegou prende demais a bola e realmente acha se um chaque ,não dá para manter um jogador assim no elenco , ontem foi grotesco, uma irresponsabilidade que poderá nos custar a classificação e Um título

    • Márcio Trevisan

      Olá, Marcos.

      Concordo que Ríos prende demais a bola e já havia alertado várias vezes sobre isso.

      No caso deste derby, porém, talvez tenha havido falta de Depay no momento em que lhe toma a bola.

      Em um vídeo que vi deixa o lance no mínimo discutível.

      Abs.

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