PARABÉNS PELO VICE-CAMPEONATO, PALMEIRAS!

Para ser tri e trideca, Verdão precisa de uma vitória do São Paulo/SP. Ou seja: acabou.

ATENÇÃO: AS FOTOS DA CAPA REFERENTES A ESTA MATÉRIA SÃO MERAMENTE ILUSTRATIVAS. ESTE SITE JAMAIS EXIBIRÁ IMAGENS DO PALMEIRAS QUANDO A CAMISA UTILIZADA NÃO FOR, TOTALMENTE OU AO MENOS PARCIALMENTE, VERDE OU BRANCA.

Meus amigos.

Em meus tempos de A Gazeta Esportiva, tive muitos colegas e alguns amigos. Um destes, Othon de Paula Cruz, palmeirense dos mais apaixonados, sempre dizia que quando o “se” entrava em campo o resultado nunca vinha. Por exemplo: se o Palmeiras vencer e se outro time perder, aí o Palmeiras se classificará, será campeão ou coisa que o valha. Para ele, ou o Palmeiras dependia apenas de suas forças para conseguir seus objetivos ou, então, poderia esquecer.

Eu me lembrei do Othinho, como sempre o chamei, assim que terminaram as partidas do Verdão e do Botafogo/RJ. Embora matematicamente ainda tenhamos chances de ser tri e trideca, isso só acontecerá se – xi… olha ele aí de novo! – no domingo o time carioca perder para o São Paulo/SP. Agora, me respondam com toda a sinceridade: algum de vocês acredita que um dos nossos maiores rivais tentará vencer um jogo que nada mais lhe interessa e, com isso, dar a oportunidade para levantarmos mais um título? Não, claro que não. Nem mesmo se a famosa “mala branca” chegar ao CT da Barra Funda poderemos contar com uma ajuda são-paulina.

Portanto, prezado palmeirense, lamento lhes dizer que acabou. Neste ano, seremos apenas vice-campeões – ou, como preferem alguns, o “primeiro dos últimos”. E nem podemos reclamar: afinal, quem perde em casa para o Vitória/BA, empata fora com o Bragantino/SP e em nossa arena com o Fortaleza/CE ou perde duas para a equipe da estrela solitária não pode almejar nada mais do que somente o que conseguiu.

Mas tudo tem um lado positivo, e eu espero que este seja a percepção por parte de nossa diretoria de que alguns jogadores terminaram seus ciclos e que outros devem iniciar suas história no maior campeão do Brasil.

Até porque terminar em segundo lugar é como no baile de fim de ano a gente dançar com a irmã.     

WEVERTON – 6
BOM

Foi pouco exigido, e ainda assim fez duas boas defesas.

GIAY – 4,5
RUIM

É fraco. Não aproveita as poucas chances que tem e, hoje, foi um dos culpados pelo gol que levamos.

VÍTOR REIS – 6,5
MUITO BOM

Enfim voltou a jogar uma boa partida. Perfeito no jogo aéreo e na saída de jogo.

MURILO – 4,5
RUIM

Irreconhecível, perdeu três disputas com o apenas mediano Lautaro e quase levou nosso time à derrota.

VANDERLAN – 4,5
RUIM

Hoje, mais uma atuação abaixo do mínimo que se espera de um lateral tanto defensiva quanto ofensivamente. Difícil saber quem é pior, se ele ou Caio Paulista.

ANÍBAL MORENO – 4
MUITO RUIM

Não sei o que se passa com o figura aí de cima, pois seu futebol sumiu já faz um bom tempo. Hoje, foi o principal culpado pelo gol do Cruzeiro/MG, pois errou o passe que deu a Giay.

RICHARD RÍOS – 7
ÓTIMO

O melhor do Palmeiras e o segundo melhor da partida, atrás apenas do goleiro Cássio. Lutou com afinco por todas as bolas, recuperou várias delas e ainda foi decisivo no lance do nosso primeiro gol. Pena que nem sempre jogue assim.

RAPHAEL VEIGA – 6
BOM

Foi bem nos lançamentos e nas bolas paradas. Mas parece muito cansado neste fim de temporada e sumiu no segundo tempo.

ESTÊVÃO – 6,5
MUITO BOM 

Vinha tendo uma atuação muito “mais ou menos” até cavar a falta e, em seguida, cobrá-la com perfeição, garantindo nossa inútil vitória.

FLACO LÓPEZ - 5,5
 SATISFATÓRIO

Para um centroavante incomodou pouco a zaga cruzeirense. Mas pelo menos procurou ajudar com alguns bons passes.

FELIPE ÂNDERSON – 5,5
 SATISFATÓRIO

Fez um bom primeiro tempo, no qual quase marcou três gols. Mas, como sempre, desapareceu na etapa final e foi muito bem substituído. Tem boa qualidade técnica, mas nenhum tesão de jogar no Palmeiras.

ABEL FERREIRA – 5
REGULAR

Nosso treinador resolveu alterar o time em duas posições a mais do que obrigatoriamente teria de alterar, e no meu modo de ver acertou em suas decisões. Se Vanderlan foi mal e Flaco López não encheu os olhos, isso não foi culpa dele – até porque é melhor errar por ação do que por omissão. Nas substituições, merece o reconhecimento de não ter esperado muito tempo após levarmos o gol para promover logo três de uma só vez, e mais uma vez – em minha opinião, acertou tanto em quem tirou quanto em quem colocou.

Sei que muitos de vocês acreditavam que Dudu e Rony também entrariam, já que empatávamos e perdíamos matematicamente o título e, claro, os dois baixinhos são atacantes. Ocorre, porém, que Vanderlan estava mal e precisávamos melhorar  ofensivamente pela esquerda – daí ter entrado Caio Paulista; já a opção por Lázaro se deu, acredito, mais em consideração ao atleta que, tudo indica, será devolvido ao fim desta temporada.

Por fim, ressalto também a tranquila e conformada entrevista coletiva que concedeu, já em tom de resignação devido a dependermos de uma vitória de um dos nossos maiores rivais para sermos campeões.  

MAURÍCIO – 6
BOM

Pelo menos desta vez ajudou um pouco mais do que em partidas anteriores, marcando o gol de empate e aumentando nossa presença ofensiva no meio-campo.

CAIO PAULISTA – 5,5
SATISFATÓRIO

Entrou no lugar de Vanderlan e, pelo menos, apareceu mais no ataque. Fez um bom cruzamento que qause terminou em gol.

MAYKE – 5
REGULAR

Entrou para melhorar nossa força ofensiva pela direita, mas se limitou apenas à marcação.

LÁZARO – 5
REGULAR

Neste que pode ter sido seu último jogo pelo Verdão, entrou e não fez nada – nem de bom, nem de ruim.

GABRIEL MENINO – 5
REGULAR

Jogou mais recuado, como primeiro volante, pois Moreno estava dando nos nervos. E nesta função nunca rende muito, mesmo.

FOTOS: CESAR GRECO/AG.PALMEIRAS

10 Responses to PARABÉNS PELO VICE-CAMPEONATO, PALMEIRAS!

  1. Bom dia,
    Na minha opinião, o Palmeiras vende muito bem, mas contrata mal…faltou elenco,deveria contratar 5 ou 6 bons jogadores para o mundial, aproveitar o campeonato Paulista para entrosar. Um zagueiro, dois laterais e dois atacantes pelo menos.
    Grato pelo espaço.

  2. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, muito boa sua crônica e diz tudo e mais um pouco, pois só por milagre o São Paulo vai ganhar do Botafogo.

    Agora te pergunto por que o Palmeiras não jogou como ontém contra o Botafogo, e modéstia parte o Estêvão jogou muito com direito a um golaço de falta.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Agradeço o elogio.

      Responder a sua pergunta é muito simples: não jogamos contra o Botafogo/RJ o mesmo futebol que jogamos contra o Cruzeiro/MG porque o time carioca é 10 vezes melhor do que o time mineiro.

      Abs.

  3. Heitor Domingues Faílla Junior

    Em tempo ;
    SUCINTO,perdão

  4. Heitor Domingues Faílla Junior

    Caro Marcio, sendo bem suscinto,nosso amado Palestra sofre de problema de “marcação”
    ou seja,nosso meio de campo não marca ninguém ( dá até dó de ver o Anibal correndo sozinho por ali,só tem que errar mesmo !!!! ) e nossos dois centroavantes (perdão Evair) nao marcam gols !!!!!

    Forte abraço

    • Márcio Trevisan

      Olá, Heitor.

      É verdade que, após a saída de Zé Rafael, Aníbal Moreno ficou sobrecarregado na marcação. Mas também é verdade que o argentino caiu demais de produção no segundo semestre.

      Quanto aos centroavantes, você foi perfeito: ambos perdem muito mais gols do que marcam. E é por isso que precisamos urgentemente de um camisa 9 de verdade.

      Abs.

  5. Bom dia, Márcio.

    Perdemos o título quando perdemos para o Botafogo/RJ em nossa arena na semana passada. Todos os times tropeçaram, tropeçam e tropeçarão no campeonato brasileiro. Se formos analisar desta forma, o próprio Botafogo/RJ não seria merecedor do título, pois empatou em casa com times que ou estavam ou flertavam com a zona de rebaixamento.

    O campeonato realmente acabou e, como disse nos comentários da crônica passada e que você ressaltou em sua crônica de hoje, que sirva de lição. Chegamos em segundo muito mais pelo domínio que o Abel tem do elenco do que pela qualidade dos nossos digníssimos atletas. Me arrisco a dizer que se fosse qualquer outro técnico à frente do nosso time terminaríamos na parte de baixo da tabela. Por mais que muitos o que critiquem, quem fez a diferença este ano foi o Abel e a comissão

    Agora é juntar os cacos e planejar 2025. Que trabalhemos com a base, que tem sido o um dos fatores de sucesso do nosso clube, mas que consigamos também trabalhar com jogadores diferenciados e que venham pra decidir.

    Um forte abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Creio que a expressão “juntar os cacos” é um pouco exagerada. Ganhamos o título estadual – o qual, hoje, não tem o peso de antigamente, mas não deixa de ser uma conquista – pela terceira vez seguida (algo que não nos acontecia havia 90 anos!). E se fomos mal na Copa do Brasil e na Libertadores, o mesmo não se pode dizer dos vices da Supercopa e do próprio Brasileirão.

      O que acontece é que nos acostumamos, nos últimos 10 anos, a ganhar quase tudo, e quando passamos um ano com apenas uma taça nos dá a impressão de que foi um ano perdido, mas não é assim. Perdidos foram os quase 17 anos sem títulos expressivos que ficamos entre 1977 e 1992.

      Quanto ao ano que vem, a esperança é que nossa diretoria entenda que alguns jogadores chegaram ao fim de seus ciclos e que para seus lugares outros, preferencialmente melhores, terão de ser contratados. Se isso não acontecer, nem Abel e nem nenhum outro técnico darão certo.

      Abs.

  6. Marcos Alvim

    O fato de chegar na última rodada de um campeonato longuíssimo e depender de um rival para ser campeão e pior acreditando que o rival vai entregar o jogo , prova a fragilidade da fórmula tão elogiada de um campeonato por pontos corridos

    • Márcio Trevisan

      Olá, Marcos.

      respeito sua opinião, mas discordo frontalmente dela.

      Para mim, chegar na última rodada de um campeonato longuíssimo e depender de um rival para ser campeão e, pior, acreditando que o rival vai entregar o jogo, prova a fragilidade do nosso time.

      Abs.

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