Precoce eliminação na Libertadores deixa Palmeiras com uma só missão: ganhar seu 13º Brasileirão 

WEVERTON – 5
REGULAR

Apenas duas bolas foram ao seu gol, e ambas entraram. Mas ele não teve culpa alguma nisso.

MARCOS ROCHA – 4,5
RUIM

Talvez porque seja um dos que já estão descendo a ladeira do rendimento, talvez porque saiba que não ficará no ano que vem, não importa: seu rendimento cai a cada partida. Hoje foi uma nulidade tanto defensiva quanto ofensivamente.  

GUSTAVO GÓMEZ – 4,5
RUIM

Foi o principal responsável pelo segundo gol, pois sequer tentou cortar a bola que passou à sua frente. É impressionante o quanto baixou sua qualidade (tanto que nem titular da sua seleção é mais) nesta temporada. Fez o gol (corretamente anulado) que nos daria a vitória, é verdade, mas não sem antes ver a bola bater em sua mão.

VÍTOR REIS – 4
MUITO RUIM

Todo jovem jogador que começa muito bem rapidamente também baixa demais sua produção. Nesta noite, mais uma vez errou – e feio – no lance do primeiro gol.

CAIO PAULISTA – 5,5
SATISFATÓRIO

Não tivesse sido o  corresponsável pelo primeiro gol, já que bateu cabeça com Vítor Reis, teria tido sua melhor atuação desde que chegou ao Palmeiras. Mas, como se destacou um pouco ofensivamente – inclusive iniciado a jogada do gol de empate -, leva a nota e a avaliação acima.

ZÉ RAFAEL – 5
REGULAR

Não repetiu hoje a boa atuação do fim de semana, pois sobretudo no começo do jogo o Botafogo/RJ teve espaços demais em nossa intermediária defensiva. Com o tempo melhorou, mas só um pouquinho.

RICHARD RÍOS – 7
ÓTIMO

Ótima atuação, sobretudo na etapa inicial. Fez ótima dupla pela direita com Estêvão, sendo importante arma ofensiva. Cruzou uma bola na cabeça de Flaco López que, claro, desperdiçou uma chance claríssima. Teve de ser substituído no começo do segundo tempo pois estava “amarelado”.

RAPHAEL VEIGA – 5
REGULAR

Se eu disser que foi mal, estarei exagerando, pois até que conseguiu um ou dois bons passes, sobretudo para o carinha aí de baixo. Mas continua muito longe daquilo que já foi (ou seja: é mais um que desce a montanha com muita rapidez).

ESTÊVÃO – 5,5
SATISFATÓRIO

Recebeu uma forte marcação de Cuiabano, mas ganhou a maioria das disputas que fez com o lateral botafoguense. Faltou um pouco mais de tranquilidade na hora de definir a jogada e, também, concluir a gol.

FLACO LÓPEZ - 5,5
 SATISFATÓRIO

Perdeu aos 24 minutos do primeiro tempo um gol de cabeça de forma inaceitável, com toda a meta aberta à sua frente e sem nenhuma marcação. Mas não se omitiu, seguiu tentando finalizações e, no fim, fez nosso primeiro gol. Porém não é, e jamais será, o centroavante ideal para o Verdão.

FELIPE ÂNDERSON – 5
 REGULAR

Joga pela direita e não rende o que se espera, joga pela esquerda e não rende o que se espera. Então, pergunto: onde renderá o que se espera? Será que no lugar de Veiga? Não custa nada tentar. Hoje, destacou-se mais por ajudar na marcação (é mole?). 

ABEL FERREIRA – 6
BOM

Meus amigos.

Inúmeras vezes eu já lhes falei que existem os deuses do futebol, e que são eles e mais ninguém que decidem quem vai vencer e quem não vai. Nos últimos anos, foram incontáveis as vezes em que estes tais estiveram a nosso favor, seja em sorteios que definiram adversários ou mandos de campo, na atuação de árbitros e do VAR e, claro, também, dentro do gramado, fazendo com que se transformassem em gols bolas que normalmente não entrariam e impedindo que outras, que tinham destino certo, fossem salvas em cima da linha ou passassem raspando nossas traves.

Só que não apenas no futebol, mas na vida como um todo, não há bem que nunca se acabe. Assim, estes mesmos deuses do futebol que tanto nos ajudaram ultimamente resolveram – e só eles sabem por que – nos virar as costas nesta temporada. Ou a bola precisaria ter batido na mão de Gómez naquele que seria o gol da nossa virada? Ou ela, caprichosa, não poderia ter caído apenas mais 1 cm que fosse na falta batida por Menino no último lance da partida? É principalmente por causa deles, os deuses, que das cinco competições que tivemos em 2024, ganhamos apenas uma (o Paulistinha), perdemos três (Supercopa do Brasil, Copa do Brasil e, agora, Libertadores) e temos apenas mais uma para “salvar a lavoura”.

Perceberam? Eu disse que foi principalmente devido aos deuses do futebol que os resultados neste ano não são aqueles que esperávamos, e não que foi somente por causa deles que isso aconteceu. Há algumas claras razões que explicam nossa queda de rendimento, a saber:

1 – Jogadores que formavam a nossa espinha dorsal e que viveram a melhor fase de suas carreiras com a nossa camisa começaram a apresentar uma visível queda de rendimento, e aqui falo principalmente de Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo, Zé Rafael, Raphael Veiga e Rony.

2 – Com exceção das 55 partidas em que Endrick começou como titular não tivemos um centroavante de qualidade a comandar nosso ataque. É sobretudo por isso que o Palmeiras é o time que mais cria chances, que mais as conclui, mas um dos que menos balança as redes.

3 – Nossa diretoria é extremamente competente no momento de negociar atletas, mas impressionantemente lenta na hora de contratar reforços. Para piorar, com raríssimas exceções (como Aníbal Moreno) quem chega leva um tempo muito grande para se encaixar – isso quando se encaixa.

4 – A filosofia de trabalho da presidente Leila Pereira, como grande empresária que é, se baseia na contenção máxima de despesas quando o assunto é contratar reforços (vide o caso de Gabigol, que só não veio agora porque ela não aceitou pagar uma compensação financeira exigida pelo Flamengo/RJ). Todo clube precisa ter saúde financeira, é claro, mas de nada adianta terminar o ano com balanço positivo se taças não chegarem à nossa Sala de Troféus.

5 – Abel Ferreira vive sua pior fase desde que assumiu o comando. Algumas vezes erra na escolha do esquema tático, noutras nos jogadores que começam como titulares e, também, quando promove as mudanças durante as partidas. E depois que o jogo começa, nem sempre se é possível consertar tantos erros.

6 – Por fim, mas não menos importante, acontece agora com o Palmeiras o que acontece com toda e qualquer equipe que fatura muitos títulos em pouco espaço de tempo: a acomodação, por vezes até mesmo inconsciente, de todo ou mesmo de grande parte do grupo. Afinal, se já ganhou tanto não é preciso lutar muito para ganhar mais, certo? E para solucionar este problema, não há outra maneira: cortar na própria pele e promover uma reformulação.

Mas isso é assunto para 2025. O que interessa, agora, é que nossos jogadores tenham em mente que ainda neste ano podem colocar um sorriso bem largo no rosto de cada palmeirense. Para tanto, como dizia minha “nona” Regina, “deixemos os mortos descansarem em paz e cuidemos de quem ainda está vivo”.

Ou, em outras palavras: sábado tem jogo no Brinco de Ouro da Princesa contra o Cuiabá/MT.  

 LÁZARO – 5
REGULAR

Entendi sua entrada já no intervalo porque precisávamos de alguém mais agudo pela esquerda. Porém, não estava em noite inspirada e em pouca coisa contribuiu.

ANÍBAL MORENO – 5
REGULAR

Como nosso treinador precisou abrir o time após levarmos os gols, foi a campo para recompor o setor defensivo. Falhou numa disputa com Tiquinho Soares que por pouco não se transformou no terceiro gols dos caras, mas depois deu a assistência final para o gol de Rony.

GABRIEL MENINO – 6
BOM

Entrou bem e rendeu mais do que Veiga em nosso meio-campo. Fez o cruzamento para o gol de Flaco López e, no último lance do jogo, acertou uma bola no travessão.

RONY – 7
ÓTIMO

A partir do momento em que foi a campo, já com o placar adverso em dois gols, melhorou o Palmeiras no aspecto ofensivo. Lutou por todas as bolas, chutou de fora da área e, mesmo errando o chute, marcou o nosso gol de empate. 

MAURÍCIO – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO

jogou apenas 10 minutos, sem tempo para ser avaliado.

FOTOS: CESAR GRECO/AG.PALMEIRAS