A FORÇA DO QUERER

Weverton brilha, Palmeiras dribla arbitragem e obtém bom empate no Maracanã

Meus amigos.

O empate por 1 a 1 que o Palmeiras obteve diante do Flamengo/RJ na tarde deste domingo, no Maracanã, deve ser muito comemorado por todos nós, e por alguns motivos:

1 – Começamos e atuamos a maior parte do tempo com um time misto, do qual apenas seis jogadores são titulares – Weverton, Gómez, Vítor Reis, Murilo, Moreno e Flaco. E as ausências de Mayke, Zé Rafael, Veiga, Caio Paulista e Estêvão, embora tenham sido sentidas, não foram suficientes para que o futebol apresentado fosse ruim.

2 – Há pouco mais de uma semana, neste mesmo estádio e diante do mesmo adversário, entramos com quase todo o time principal, não produzimos absolutamente nada e escapamos de uma derrota por uma diferença muito maior do que apenas dois gols.

3 – A soma de mais este ponto não só nos mantém entre os primeiros colocados do Campeonato Brasileiro como também nos aproxima um pouquinho mais do líder momentâneo da competição. Ou seja: seguimos vivos na luta pelo tridecacampeonato.

4 – A forma como jogamos – com personalidade, sem nos amedrontarmos e buscando o gol desde o início (algo que, por sinal, conseguimos, mas que de novo o VAR anulou) – mostra que temos totais condições de vencermos a próxima decisão que teremos pela frente, diante do Botafogo/RJ, pela Copa Libertadores da América.

5 – Embora árbitro e VAR errem contra e a favor de todas as equipes (vejam o pênalti cometido por Murilo e não marcado para o rubro-negro no encontro da última quarta-feira), é inegável que existe uma vontade escancarada de impedir que o Palmeiras consiga muitos resultados positivos neste Brasileirão (basta lembrarmos as tentativas de anulação dos gols de Rony, contra o Inter/RS, e de Luighi, neste domingo).

6 – Desta forma, mesmo que tenha sido dominado nos primeiros minutos do jogo e que só não tenha levado três gols graças a seu goleiro, a verdade é que o Verdão deixou o gramado do Maraca certo de que venceu pelo menos um adversário: a arbitragem. E olha que tanto o que estava em campo quanto o que estava na cabine fingiram não ver a dupla agressão de Pulgar em Ríos logo nos começo da partida.

Todos os itens acima citados, podem apostar, servirão de combustível para os jogos que estão por vir, sejam eles por qual competição forem. E quando o Palmeiras está de “tanque cheio”, ou seja, quando o Palmeiras mostra a força do que seu querer, todos nós sabemos o que costuma acontecer.  

WEVERTON – 8
EXCELENTE

O craque  do jogo. Não fossem duas grandes defesas e um autêntico milagre em chute de Cebolinha e estaríamos perdendo feio antes mesmo dos 20 minutos de jogo. Mais uma grande atuação de quem parece viver uma grande fase.  

GUSTAVO GÓMEZ – 6
BOM

Foi bom nas antecipações e também na marcação a Pedro, função que dividiu com o prezado aí de baixo. Também deu o toque para o gol de Flaco López mas, por estar com o joelho impedido, acabou “tirando” mais um do centroavante, exatamente como já acontecera na quarta-feira.

VÍTOR REIS – 5,5
SATISFATÓRIO

Teve como missão marcar o melhor centroavante do País e a cumpriu a contento. Mas é claro que a força que ganhou de Gómez o ajudou um pouquinho.

 MURILO – 5
REGULAR

Uma atuação bastante discreta, sem maior destaque. Já nos acréscimos, foi corretamente expulso ao impedir um contra-ataque.

GIAY – 5
REGULAR

Dos quatro jogos que fez até agora, este foi o “menos ruim”. Parece ter sérios problemas para marcar, mas hoje conseguiu ganhar uma ou outra disputa que travou. Apareceu pouco no ataque para um time que jogava no 3-5-2. 

ANÍBAL MORENO – 5,5
SATISFATÓRIO

Colou em Arrascaeta e, de novo, o uruguaio não viu a cor da bola no primeiro tempo. Já amarelado, foi corretamente substituído no intervalo e, na etapa final, quem fez o gol dos caras?

RICHARD RÍOS – 5,5
SATISFATÓRIO

Fez da maneira que pôde a ligação entre defesa e ataque, mas sem muito brilho. Em um mesmo lance, levou dois socos no rosto desferidos por Pulgar que árbitro e VAR fingiram não ver.

 MAURÍCIO – 6
BOM

Até que enfim um bom jogo deste rapaz. Não brilhou – longe disso, aliás -, mas pelo menos participou mais do jogo, com lançamentos e finalizações.

VANDERLAN – 5
REGULAR

Tímido demais, preocupou-se apenas em defender. Só deu as caras no apoio após o Verdão ter levado o gol.

 LÁZARO - 5,5
 SATISFATÓRIO

Foi mal demais na etapa inicial. Mas voltou bem para o segundo tempo, participando bastante e tendo duas boas chances de gol. Pena que desperdiçou amabas. 

 FLACO LÓPEZ - 6,5
 MUITO BOM

Gostei. Além do gol que fez (acertadamente anulado devido ao joelho impedido de Gómez), desempenhou bem a função de pivô e ainda protagonizou bons lances individuais. 

ABEL FERREIRA – 7
ÓTIMO

Nosso treinador, em minha opinião, foi bem demais nesta partida.

Acertou ao manter o esquema com três zagueiros pois, afinal, o adversário tem o melhor elenco do País.

Acertou ao escolher como alas Giay e Vanderlan. O destro só atuou, é fato, porque Mayke foi preservado para o jogo da Libertadores, mas no 3-5-2 de nada adiante Marcos Rocha jogar pois se trata de um lateral-direito que é mais marca do que apoia. Já o canhoto é reconhecidamente mais ofensivo do que Caio Paulista.

Acertou ao preservar alguns titulares para o início da disputa contra o Botafogo/RJ, pois nesta competição (ao contrário do que acontece no Brasileirão) erros podem ser fatais.

Acertou ao sacar Moreno já no intervalo pois, mesmo que tal decisão tenha tornado mais frouxa nossa marcação, o argentino corria o risco de ser expulso porque já havia recebido o cartão amarelo.

Mas o maior acerto do nosso portuga ele tornou público na coletiva pós-jogo ao informar ter barrado Dudu até que o atacante recuperem, de fato, sua  melhores formas física e técnica. Abel não usou este termo, mas podem ter certeza de que foi exatamente isso o que ele fez.  

FABINHO – 4
MUITO RUIM

Lamento muito conceder nota e avaliação negativas a este rapaz, que de fato é um bom jogador para a posição em que joga. Mas, infelizmente foi ele o principal responsável pelo gol que sofremos pois furou de forma ridícula ao tentar cortar o cruzamento.

RAPHAEL VEIGA – 4,5
RUIM

Entrou com uma vontade enorme de… voltar para o banco. Nos quase 30 minutos em que esteve em campo, fez de conta de que não estava nele.

RONY – 5,5
SATISFATÓRIO

Ajudou da forma como pôde, inclusive na marcação. Por pouco nosso gol não foi dele.

LUIGHI – 6
BOM

Tocou muito pouco na bola durante os cerca de 20 minutos em que jogou, mas num deles marcou – de cabeça – o gol de empate. Ou seja: fez o que um centroavante tem que fazer.

RÔMULO – 5,5
SATISFATÓRIO

Voltou a jogar após 70 dias – sua última partida fora em 02.06, diante do Criciúma/SC – ganhou protagonismo ao cruzar a bola que Rony cabeceou, Rossi defendeu parcialmente e Luighi completou para o fundo das redes.

FOTOS: CESAR GRECO/AG.PALMEIRAS

6 Responses to A FORÇA DO QUERER

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, é como tem dito neste site, empate com sabor de vitória, ao menos jogamos em igualdade e fomos buscar o empate.

    Méritos ao Weverton eo garoto Luighi, agora temos que jogar na próxima quarta-feira com raça e determinação.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Nesta quarta o importante é não perdermos. Se isso acontecer, creio que nos classificaremos.

      Abs.

  2. Partida espetacular do Lazaro (bibelo n° 2) e do Rafael Veiga (bibelo n° 1) , notas dos 2 = 0,5

    • Márcio Trevisan

      Olá, Jair.

      Lázaro melhorou no segundo tempo, inclusive quase marcou dois gols – se bem que o “quase” não interessa, de fato.

      Já o RV de fato jogou abaixo do que pode e sabe e me pareceu sem vontade alguma de jogar.

      Abs.

  3. Bom dia, Márcio.

    Começo meus comentários lhe fazendo uma pergunta provocativa: você realmente acredita que a arbitragem e o VAR, na maioria das vezes, jogam contra o Verdão?

    Claro que os gols anulados contra o Flamengo/RJ nos deixam “p” da vida. Afinal, são impedimentos milimétricos que são marcados apenas porque a tecnologia está à disposição. Lembremos, porém, que situações similares acontecem com todas as demais equipes.

    As perguntas que ficam são as seguintes: impedimentos como estes deveriam ser marcados? Existe algum outro critério que poderia ser adotado sem que a justiça deixe de prevalecer?

    Essas situações são frustrantes, mas acredito que precisam continuar a acontecer. Durante anos vimos equipes, como Flamengo/RJ e Corinthians/SP, serem nitidamente favorecidas quando esta tecnologia não era aplicada e, sinceramente, não gostaria que estes tempos voltassem.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      O VAR brasileiro é o pior do mundo, e isso todo mundo sabe. Mas, como vc bem disse, é um mal necessário (porém, não custaria nada aqueles que o manipulam melhorarem um pouquinho, certo?).

      Mas ele erra para todos os times, e não apenas contra o nosso time. Os impedimentos milimétricos apontados coram corretos, e assim continuarão a ser até que a FUFA entenda que é preciso alterar a regra, mas isso é algo que, infelizmente, demorará muito pra acontecer – se acontecer.

      Quando disse que o Palmeiras superou a arbitragem, me referi à dupla agressão de Pulgar em Ríos, que deixaria o Flamengo/RJ com um a menos desde os 19 minutos do primeiro tempo.

      Abs.

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