Palmeiras volta a vencer. Mas, para isso, precisou de bolas paradas.

Meus amigos.

Se o que importa, como afirmam alguns, é o resultado, então temos todos de estar muito satisfeitos. Afinal, vencer mais uma partida fora de casa em um campeonato tão equilibrado quanto é o Brasileirão sempre é motivo de satisfação. Mas, cá entre nós: a bola do Palmeiras continua bem pequena, e hoje a vitória só aconteceu graças a dois lances isolados – um pênalti e um escanteio. Aliás, por falar em pênalti, na minha opinião Rony foi empurrado logo aos 3 minutos do primeiro tempo, e tanto o árbitro de campo quanto o VAR fizeram de conta de que não viram.

Bem, vários torcedores têm me perguntado, por aqui e também em minhas redes sociais, o que está acontecendo com o nosso time. E minhas resposta se baseia em duas situações: a primeira é que quase todos os adversários já entenderam como o Verdão joga e conseguem, desta forma, neutralizar nossas principais jogadas – e a prova disso é o significativo aumento de ligações diretas em quase todas as partidas; a segunda é que vários jogadores ou estão em péssimas fases ou, então, parecem ter dado o pontapé inicial no ocaso de suas carreiras – e a prova disso é bola que não vêm jogando caras como Marcos Rocha, Gustavo Gómez (hoje, graças a Deus, uma exceção), Rôny e, sobretudo, Raphael Veiga.

Mas nem tudo são más notícias para o nosso lado. A tabela do Campeonato Brasileiro, devido à paralisação imposta pela CBF, acabou nos favorecendo, pois dos nove próximos jogos seis serão em nossa arena (Vasco/RJ, Bragantino/SP, Juventude/RS, Corinthians/SP, Bahia/BA e Atlético/GO), duas fora de casa (Atlético/MG e Fortaleza/CE) e uma em campo neutro (Grêmio/RS). Pelos meus cálculos, temos totais condições de somar entre 18 e 20 destes 27 pontos e, se isso acontecer, certamente terminaremos o primeiro turno no G4 ou, na pior das hipóteses, bem perto dele.

E, vale lembrar, Dudu está voltando e Felipe Ânderson vem aí.

WEVERTON – 6,5
MUITO BOM 

Vacilou, é verdade, no gol do Criciúma/SC, pois a bola voltou às suas mãos após tocar na trave e ele não conseguiu segurá-la. Mas, logo em seguida, fez um verdadeiro milagre, que garantiu nossa vitória.

MARCOS ROCHA – 5
REGULAR

Atuação burocrática. Limitou-se à marcação e praticamente não apoiou uma única vez em todo o jogo.

GUSTAVO GÓMEZ – 7
ÓTIMO

Muito embora esteja longe de sua melhor fase, hoje pelo menos foi fundamental à vitória e o melhor do Palmeiras. Bateu o pênalti de forma mascada, chutando tanto bola quanto o chão, mas deu sorte pelo goleiro pular para o outro lado. E no segundo gol foi perfeito ao tocar de cabeça para Lázaro marcar.

MURILO – 5
REGULAR

Após dois bons jogos, hoje caiu um pouco de rendimento. Simulou um falta no segundo tempo, o árbitro não caiu na dele e quase levamos o gol.

PIQUEREZ – 6
BOM

Já que Rocha não passava do meio-campo, sentiu-se livre para apoiar bastante, sobretudo no segundo tempo. E foi bem, inclusive quando colocou a bola na cabeça enfaixada de Rony que, claro, perdeu mais um gol.

RICHARD RÍOS – 5,5
SATISFATÓRIO

Lutou bastante, correu o campo todo, mas hoje não conseguiu se destacar nem defensiva nem ofensivamente. 

 ANIBAL MORENO – 5
REGULAR

Segundo jogo seguido que deixa a desejar e que é substituído. Perdeu duas bolas, em seguida recuperadas, mas esteve abaixo do que sabe jogar.

RAPHAEL VEIGA – 5
REGULAR

Está tão sem confiança que não tem coragem de cobrar faltas e nem mesmo pênaltis. Hoje, só não foi pior do que nos jogos anteriores porque fez um bom lançamento no primeiro tempo. Mas já não sei se este mau futebol por tanto tempo é resultado de algum problema pessoal ou de uma possível oferta que chegará do exterior nos próximos dias.

ESTÊVÃO – 5
REGULAR

Neste domingo, infelizmente, não foi muito bem e acabou corretamente substituído. Mas é muito jovem e esta oscilação é mais do que natural. 

RONY – 4,5
RUIM

Lamento aplicar nota e avaliação acima a este jogador, que de fato se doa ao máximo sempre que vai a campo. Mas a verdade é que ele perdeu mais um gol feito e quando o jogo ainda estava empatado por 0 a 0.

RÔMULO – 5
REGULAR

Jogou deslocado para a ponta esquerda, mas atuou bem mais pela meia, aliás onde se destacou no Novorizontino/SP. Só que não conseguiu render um bom futebol.

CARLOS MARTINHO – 6
BOM

Obviamente, apenas cumpriu o que lhe determinara Abel Ferreira, inclusive durante o intervalo (por telefone). Mas se mostrou atuante à beira do gramado e sereno na entrevista pós-jogo.

LUÍS GUILHERME – 5,5
SATISFATÓRIO

Entrou e rendeu mais do que Estêvão, mas ainda assim bem longe do que pode e sabe jogar – sua defesa, porém, é que de novo não jogou na sua posição. Mas ainda assim foi superior a Estêvão e, claro, cobrou o escanteio que originou o segundo gol.

LÁZARO – 6
BOM

Não teve uma grande atuação, mas acertou uma bola na trave e depois mostrou oportunismo ao estar muito bem colocado e fazer de cabeça o gol da vitória. 

ZÉ RAFAEL – 5
REGULAR

Entrou e não melhorou em nada a equipe. Mas também não complicou.

GABRIEL MENINO – 6
BOM

Gostei. Mostrou personalidade ao cobrar bem uma falta e quase marcar o gol. Na sequência, o escanteio originado garantiu os três pontos.

CAIO PAULISTA – 5
REGULAR

Há muito tempo sem jogar – não atuava havia exatamente um mês -, mostrou estar fora de ritmo. Errou um cruzamento de forma bisonha.

FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS