VAGA NA MÃO. FUTEBOL? SÓ DEUS SABE ONDE.

Palmeiras empata e se classifica na Copa do Brasil, mas de novo jogando mal.

Meus amigos.

O Botafogo/SP disputa a Série B do Campeonato Brasileiro – ou seja: é um time da Segunda Divisão. Já disputou seis partidas pela competição, e não venceu nenhuma. Aliás, perdeu duas delas. Seu ataque conseguiu, até agora, marcar apenas dois gols, e sua defesa já levou oito. Com direito a tomar quatro do Goiás/GO no sábado passado. Esta campanha, aliás pra lá de sofrível, coloca a equipe de Ribeirão Preto/SP na 18ª (ou, se preferirem, na antepenúltima) colocação na tabela e, consequentemente, neste momento também na condição de uma das favoritas ao rebaixamento à Terceirona nacional em 2025.

Pois é: e mesmo assim o Palmeiras sofreu, e muito, para eliminar o Pantera da Copa do Brasil. Após ganhar por apenas 2 a 1 em casa e com um gol que só aconteceu aos 52 da etapa final, hoje não passou de um suado 0 a 0 numa partida na qual, se não foi dominado, também esteve longe de dominar. Aliás, até que o esquema tático fosse alterado do 4-3-3 inicial para o 4-4-2, eram os caras que estavam mais próximos de abrir o placar.

Mas o pior não é nem isso, até porque todo time joga mal de vez em quando – e outros de vez em sempre. O grande problema é que o futebol que o Verdão vem apresentando em 2024 não chega nem perto do que jogou em 2023. E se as comparações forem em relação a 2022 e 2021, o quadro fica ainda mais complicado. Tal situação salta aos olhos mas, graças a um título aqui, uma goleada ali, uma classificação acolá, acaba por ficar embaçada. E tem gente que até acha que está tudo bem, obrigado. Só que não está.

E digo mais: se Dudu demorar para readquirir o ritmo de jogo ideal e se a adaptação de Felipe Ânderson não for quase que instantânea, temo pelo futuro do nosso time no segundo semestre.

 

MARCELO LOMBA – 5,5
SATISFATÓRIO

Fez uma boa defesa no primeiro tempo e outra na etapa final. Mas também falhou logo no começo do jogo, furando uma bola com os pés.

MARCOS ROCHA – 5,5
SATISFATÓRIO

Limitou-se à defesa, aparecendo muito pouco no apoio. Não comprometeu.

GUSTAVO GÓMEZ – 5
REGULAR

Não tem sido o mesmo que sempre foi. Hoje, mis uma vez, perdeu disputas que nem em sonho perdia até o ano passado.

MURILO – 6,5
MUITO BOM

De longe o melhor do Palmeiras. Marcou bem, desarmou melhor. E ainda cobriu os erros do amigo aí de baixo e fez dois bons lançamentos.

PIQUEREZ – 5
REGULAR

Quando ele não entrega eu já me dou por satisfeito. Hoje, foi o que aconteceu.

RICHARD RÍOS – 5
REGULAR

Fez uma força danada para ser expulso ainda no primeiro tempo. Mais preocupado em bater do que em jogar. 

ZÉ RAFAEL – 5,5
SATISFATÓRIO

Hoje um pouco – mas só um pouco – melhor do que na última partida. Cobriu bem a zaga, sobretudo após a entrada de Aníbal, e também foi ao ataque.

RAPHAEL VEIGA – 5,5
SATISFATÓRIO

Mesmo longe de brilhar, pelo menos esteve mais participativo, dando bons passes e lançamentos. Foi caçado em campo e apanhou bastante.

ESTÊVÃO – 5,5
SATISFATÓRIO

Tinha tudo para ser o craque do jogo graças a duas grandes jogadas individuais. Mas em ambas preferiu finalizar mesmo tendo outros jogadores muito mais bem posicionados. Irritou Abel Ferreira e por isso foi substituído.

ENDRICK – 5
REGULAR

Mais uma partida em que consegue sair de campo sem ter feito uma única finalização, algo inaceitável para um atacante do seu nível.

LÁZARO – 4,5
RUIM

Sem dúvida a pior partida desde que chegou ao Verdão. Não fez uma única jogada de qualidade e ainda falhou na recomposição para marcar. Foi tão mal que fez o portuga agir como quase nunca age: mexer no time já no intervalo.

ABEL FERREIRA – 6
BOM

Nosso treinador, apesar do mau futebol apresentado pelo time, foi relativamente bem nessa noite. 

Começou optando pelo tradicional 4-3-3, esquema que já vinha adotando na maior parte dos jogos desde o começo desta temporada. Além disso, com o próximo jogo acontecendo apenas na quinta-feira da próxima semana, mandou a campo quase tudo aquilo que tinha de melhor, deixando no banco apenas dois titulares – Weverton e Aníbal Moreno, por opção e precaução, respectivamente.

Nas substituições também não esteve mal, muito embora devesse ter sacado Richard Ríos já no intervalo dadas as enormes chances de o segundo volante ser expulso. Mas as entradas de Rony e, sobretudo, de Moreno e de Luís Guilherme antes dos 20 do segundo tempo, tornaram o nosso time mais compacto no meio-campo, setor em que fomos dominados durante todo o primeiro tempo. Com as mexidas, o portuga fez a equipe jogar no 4-4-2 e, assim, também equilibrar as ações.

Também considerei acertada a troca de Estêvão por Mayke, muito embora o garoto mais uma vez viesse sendo nosso mais perigoso atacante. E o motivo é simples: seu individualismo prejudicou muito o Palmeiras em dois lances e, como diz o antigo ditado, é de pequenino que se torce o pepino. 

ANÍBAL MORENO – 6
BOM

Foi só a partir do momento em que entrou, aos 10 do segundo tempo, que o espaço do Botafogo/SP em nossa intermediária defensiva começou a diminuir. É titular absoluto do time.

LUÍS GUILHERME – 5
REGULAR

Melhorou nosso time pois entrou no meio-campo, onde joga muito melhor. Mas, infelizmente, perdeu um gol quase feito após linda jogada individual. 

MAYKE – 5
REGULAR

Só foi a campo porque nosso técnico se irritou, e com razão, diante do individualismo de Estêvão. Prendeu bem a bola na ponta direita.

GABRIEL MENINO – 5
REGULAR

Não teve muito tempo para mostrar futebol, pois jogou apenas 16 minutos. Foi apenas mais um a preencher o meio-campo defensivo palmeirense.

RONY – 5
REGULAR

Foi superior, claro, a Lázaro, mas como nunca foge à regra perdeu uma chance clara logo nos primeiros minutos da etapa final, chutando em cima do goleiro.

FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

11 Responses to VAGA NA MÃO. FUTEBOL? SÓ DEUS SABE ONDE.

  1. Oi, Márcio.

    Acompanho seu trabalho faz tempo.

    Parabéns.

  2. Boa tarde, Márcio.

    Quando o árbitro apita o fim do jogo de ontem, eu gostaria de acreditar em uma coisa: nossos digníssimos atletas não sentiram a menor motivação em jogar contra o Botafogo/SP. Afinal, se considerarmos tudo aquilo que você escreveu em sua crônica sobre o Pantera, poderíamos e deveríamos ter aplicado uma goleada nos caras.

    Porém, ao analisar o futebol que o Palmeiras vem jogando, também fico preocupado e a razão é muito simples: não temos apresentado futebol. Tem sido gritante a queda de desempenho do time como um todo, em especial atletas que eram os diferenciais do nosso time.

    Ainda carrego comigo uma condição que muitos comentaristas destacam sobre o Verdão: o Palmeiras cresce na hora certa.

    Espero que essa hora chegue logo.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Pois a hora de crescer vai chegar rapidinho, com os jogos eliminatórios da Libertadores e da Copa do Brasil.

      Ah, e se não for pedir muito, é bom melhorar um pouquinho também no Brasileirão, já que no momento nossa campanha é pífia.

      Abs.

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Já havia respondido ao seu comentário, mas ele desapareceu e não sei explicar por quê.

      Então, digo novamente: a hora de o Palmeiras crescer é esta que está por vir, com jogos eliminatórios na Libertadores e na Copa do Brasil. E, se não for pedir muito, seria muito bom somar umas três ou quatro vitórias seguidas no Brasileirão, caso contrário correremos o risco de ficarmos muito longe das primeiras colocações.

      Abs.

  3. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, jogou com o regulamento debaixo do braço e mais nada, agora na próxima fase o bicho vai pegar, tem que melhorar.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Na boa: jogar com o regulamento embaixo do braço contra o Botafogo/SP não é admissível para o atual bicampeão brasileiro e tricampeão paulista.

      Abs.

  4. Meu caro tutor Trevisan, que sensação de impotência que o Palmeiras nos deu ontem. Deu nojo assistir esse jogo, parecia futebol de tartarugas. O Palmeiras precisa voltar a jogar bem imediatamente senão daqui a pouco nenhum time vai mais nos respeitar. abraços

    • Márcio Trevisan

      Tadeu, boas.

      Nem é questão de respeitar ou não, mas sim de quase todos os times já sacarem como jogamos.

      É preciso encontrar novas formas de atuar, só que para isso algumas contratações teriam de ser feitas. E creio que não serão.

      Abs.

  5. Bom dia , para assim que possível:
    1 goleiro
    2 laterais
    1 meia esquerda que já seja realidade.
    1 atacante de área consagrado.
    O craque do time é o portuga, e ponto final.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Paulo.

      Pode esquecer. A filosofia da atual gestão não é contratar grandes nomes, e assim permanecerá enquanto títulos continuarem a ser obtidos e, claro, enquanto Abel for nosso treinador.

      Mas da lista que você escreveu, discordo apenas da contratação de um “10″, pois já temos três: Veiga, que parece declinar; Rômulo, seu reserva imediato mas que poderia ter mais chances; e Luís Guilherme, com características mais ofensivas e que também precisa ter mais oportunidades em sua real posição.

      Abs.

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