VITÓRIA EM “SLOW MOTION”

Mesmo em câmera lenta, Palmeiras vence a horrível Lusa e assume liderança geral do Paulistinha

Meus amigos.

Quando vi a escalação inicial do nosso time confesso que fiquei bastante animado. Afinal, jogaríamos com a equipe considerada titular e, diante de um dos piores times deste Paulistinha, não só a vitória mas também a goleada era mais do que prováveis.

Contudo, para que o quadro acima previsto de fato se concretizasse, seria necessário que a equipe fizesse por onde conquistá-lo. E isso só se daria se impusesse sua indiscutível superioridade técnica com velocidade e, sobretudo, de forma vertical, aguda.

Só que o que vimos, sobretudo no primeiro tempo, foi um Palmeiras não devagar, quase parando, mas sim um Palmeiras parando, quase devagar. O excessivo jogo lateral, com jogadas laterais que em nada de útil poderiam culminar, tornou a partida sonolenta, desinteressante e do jeitinho que a Portuguesa Desp./SP queria, já que a soma de um pontinho nesta noite lhe seria de magnífico tamanho. Para piorar, nas raríssimas vezes em que, embevecida por goles de coragem, a Lusa nos atacou, chegou a criar problemas, sobretudo graças às  fracas atuações der Piquerez e Weverton.

Foi precisa uma mudança tática – saiu o 3-5-2 e entrou o 4-3-3 – para que o Verdão começasse a jogar algo parecido com o que conhecemos de futebol. Nesta nova formação, Caio Paulista se tornou um ponta, e não mais um ala, pelo lado esquerdo, e com isso nossas jogadas começaram a fluir com mais fluidez pelo setor. No lado oposto, Endrick se tornou uma boa opção, sobretudo quando conseguiu “dobrar” as jogadas com Marcos Rocha.

Mas, como todos vocês sabem, tenho de lhes ser sincero: os três pontos e a liderança isolada de toda a competição obtidos hoje à noite no Canindé só aconteceram, mesmo, porque Vítor Andrade foi infantil e merecidamente expulso aos 15 minutos da etapa final. Só a partir do momento em que passou a ter um jogador a mais é que nossa equipe, de fato, passou a comandar as ações – não à toa, o gol de Flaco López (mais um!!!) veio apenas seis minutos depois.

De qualquer forma, se o que vale é mais uma vitória, que todos nós a saboreamos sem parcimônia. Até porque domingo teremos mais um Choque-Rei e, mesmo que não valha muito, está na hora de vencermos os “trikas” mais uma vez.     

WEVERTON – 4,5
RUIM

Após a ótima atuação no fim de semana, diante do Mirassol/SP, acreditava que ele havia superado a imbecilidade que cometeu no derby e que nos custou a vitória. Mas, pelo que vi hoje, ele ainda está hesitante, inseguro e sem confiança. Só isso pode explicar os dois erros grotescos que cometeu em duas saídas de bola e que poderiam ter nos custado muito caro.

LUAN – 6
BOM

Gostei. Mesmo sem ter muito a quem marcar, já que o ataque rubro-verde beira ao ridículo, conseguiu se impor e ainda iniciou jogadas ofensivas, como a que culminou em nosso primeiro gol.

MURILO – 5
REGULAR

Não sei por que coube a ele, e não a Moreno, a função de marcar Giovanni Augusto. Mas o fato é que teve um trabalho danado com o único jogador com um mínimo de lucidez e talento da Lusa.

PIQUEREZ – 4,5
RUIM

No primeiro tempo, atuou improvisado na quarta-zaga (por que Naves foi esquecido por Abel?) e pareceu perdido com a função. Na etapa final, de volta à lateral, nada produziu de útil e, no último lance da partida, cabeceou para trás uma bola e só não deum o gol para a Portuguesa Desp./-SP porque Weverton dividiu a bola com Henrique Dourado.

MARCOS ROCHA – 5,5
SATISFATÓRIO

Deveria ter sido muito mais vertical no primeiro tempo, quando atuou como ala. Mas acabou sendo um pouco melhor na etapa final, já na lateral direita. Foi de seus pés que saiu o cruzamento para o gol de Flaco López.

ANÍBAL MORENO – 6,5
MUITO BOM

De novo o melhor do nosso time. Não perde uma disputa de bola e foi preciso nos desarmes.

ZÉ RAFAEL – 5,5
SATISFATÓRIO

Parece que levará um tempo maior para se readaptar à sua antiga posição. Hoje, teve uma atuação simplória e burocrtática.

RAPHAEL VEIGA  – 5,5
SATISFATÓRIO

Talvez tenha sido o mais sonolento de todos os jogadores do Palmeiras nesta noite. Parado, nada inspirado e às vezes só caminhando em campo, só se destacou em cobranças de falta e escanteio.

CAIO PAULISTA – NOTA 5,5
SATISFATÓRIO

Todos sabemos que não podemos esperar muito do amigo aí de cima, já se trata de um jogador mediano – e olhe lá. Hoje, nada fez de útil como ala e nem como ponta, já que sua única participação de destaque foi ter desviado de cabeça a bola que Flaco López colocou pra dentro.

ENDRICK – 5
REGULAR

Nunca deixa de lutar por todas as bolas, mas nesta noite, infelizmente, errou mais do que acertou. Melhorou, e ainda assim só um pouquinho, quando parou de bater de frente com os marcadores e passou a atuar meia pelo lado direito.

FLACO LÓPEZ – 6
BOM

Se eu disser que ele jogou bem estarei mentindo. Mas a culpa hoje nem foi dele, e sim de um time que até a metade do segundo tempo abdicou de jogar como deve e sabe. Mas, de qualquer forma, a única bola que lhe chegou com qualidade ele colocou pra dentro. Mais uma vez. 

ABEL FERREIRA – 5,5
SATISFATÓRIO

Nosso treinador me surpreendeu positivamente com a escalação inicial, pois esperava uma equipe parcial ou mesmo totalmente suplente. Mas, mesmo sendo um clássico, o próximo jogo será somente no domingo à noite, e assim sua decisão de mandar a campo todos os titulares disponíveis foi acertada.

O que Abel Ferreira até admitiu, mas não explicou na entrevista coletiva, foi por que o Palmeiras jogou de forma tão lenta, sobretudo na etapa inicial. Tal lentidão só foi substituída por um jogo mais contundente, e ainda assim apenas parcialmente, na etapa final, sobretudo quando a Lusa teve um jogador expulso. Tal fato não poderá, de forma alguma, se repetir em partidas futuras, pois elas, de uma forma ou de outra, serão quase sempre decisivas.

Nas alterações que promoveu, foi bem em todas, menos ao mais uma vez insistir com Breno Lopes. Afinal, Estêvão estava ao seu lado no banco de reservas. 

LÁZARO – 6
BOM

Entrou bem. Jogando pela esquerda, quase fez um gol de fora da área e incomodou bastante a defesa lusa.

RONY – 5
REGULAR

Entrou, correu pra lá, correu pra cá e… Parou por aí.

GABRIEL MENINO – 6
BOM

A única coisa que fez durante os 25 minutos em que esteve em campo foi o golaço de fora da área, que garantiu de vez nossa vitória. Está de bom tamanho.

RICHARD RÍOS – 6
REGULAR

Teve uma atuação bastante interessante pela meia e ponta direitas, sendo uma preocupação constante para seus marcadores. Deu um lindo toque de calcanhar para o gol de Gabriel Menino.

BRENO LOPES – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO

Jogou apenas 15 minutos, sem tempo para ser analisado.

FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

4 Responses to VITÓRIA EM “SLOW MOTION”

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, boa vitória apesar de sonolenta e com erros nossos, para o próximo jogo nem pensar, tem que jogar com mais seriedade.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Não é nem jogar com mais seriedade, mas sim com mais vontade.

      E jogará, tenho certeza.

      Abs.

  2. Caros amigos, se o importante é a vitória então está de bom tamanho. Mas que jogo horrível até a metade do segundo tempo hem. Quanto ao gol do Flaco, apesar uma correção meu caro tutor, vc disse que foi a primeira bola com ‘qualidade’ que ele recebeu, achei que não, pq o tal Caio Paulista quase conseguiu atrapalhar o cruzamento do Rocha. Abraços

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tadeu.

      Ainda estou em dúvida se CP tentou cabecear e errou ou se tentou desviar a bola para FL e acertou – rs…

      Abs.

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