GOLEADA “NELAS”. SÓ PARA NÃO PERDER O COSTUME.

Palmeiras humilha o São Paulo/SP na Arena Palestra Itália. E pela 7ª vez!

WEVERTON – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Por mais incrível que pareça, não fez uma única defesa, nem mesmo simples, em todo o clássico. Seu trabalho se limitou a raras saídas do gol para cortar cruzamentos.


GUSTAVO GÓMEZ – ÓTIMO
NOTA 7,5 

Jogou com a conhecida raça que o fez se tornar ídolo de todos os palmeirenses. Não perdeu uma disputa pelo alto e se destacou também nos desarmes.

LUAN – BOM
NOTA 6

Como o adversário só contou com um centroavante de área nos minutos finais da partida, jogou livrem leve e solto. E muitas vezes até mesmo como primeiro volante.

MURILO – MUITO  BOM
NOTA 5,5

Gostei de sua atuação nesta noite. Marcou bem quem apareceu em seu setor e foi preciso nos desarme. 

MAYKE – ÓTIMO
NOTA 7

Com a presença de três zagueiros ganha muito mais liberdade para fazer o que melhor sabe: apoiar. Hoje, foi um tormento para o lado esquerdo da defesa são-paulina, participando efetivamente de dois lances de gol, o primeiro deles não validado devido ao impedimento de Ríos.

ZÉ RAFAEL – BOM
NOTA 6 

Sua missão era anular Lucas, o melhor jogador das Trikas, e o fez com competência enquanto o são-paulino esteve em campo. Também sofreu o pênalti infantil cometido por Wellington Rato.

RICHARD RÍOS – ÓTIMO
NOTA 7

Sem dúvida o melhor jogo que fez desder que chegou ao Verdão. Além de ter marcado um gol (corretamente anulado), deu um lançamento genial para Breno Lopes fazer o segundo da noite.

RAPHAEL VEIGA – MUITO BOM
NOTA 6,5

Hoje bem mais participativo do que em partidas recentes, foi muito importante ao participar efetivamente dos nossos dois primeiros gols. Caiu de rendimento na etapa final.

 

PIQUEREZ – EXCELENTE
NOTA 9

Vive uma fase tão positiva que nem parece o mesmo jogador de quase sempre. Hoje, além de ter feito dois gols (um de pênalti mal batido, é verdade, mas outro que deveria valer por dois, dada a beleza), foi peça fundamental em nossas jogadas ofensivas. Talvez o segredo para que venha jogando tudo isso é a maior liberdade que ganha com o esquema 3-5-2. Foi, de longe, o melhor do Choque-Rei.

 

ENDRICK – MUITO BOM
NOTA 6,5

De fato, deveria ter se preocupado mais em finalizar, já que esta é a principal função de um centroavante. Porém, jogou muito para a equipe, brigou o tempo todo e não foi egoísta em vários lances de ataque.

 

BRENO LOPES – EXCELENTE
NOTA 8,5

Ele marcou o gol que nos deu o título da Libertadores de 2020, mas nunca jogou tanto com a nossa camisa quanto nesta noite. Fez dois gols, o segundo muito bonito, e teve uma atuação que, sinceramente, nem sabia que seria capaz de ter. Oxalá jogue sempre assim ou, pelo menos, perto disso.

ABEL FERREIRA – ÓTIMO
NOTA 7

Meus amigos.

O Choque-Rei desta noite foi o 19º disputado na Arena Palestra Itália, e o 12º que vencemos. Este número já seria mais do que positivo, mas há um outro, indiscutivelmente ainda melhor: das 12 partidas que vencemos, nada menos do que sete foram por goleadas. Confiram:

25.03.2015 – 3 x 0, pelo Campeonato Paulista
28.06.2015 – 4 x 0, pelo Campeonato Brasileiro
27.08.2017 – 4 x 2, pelo Campeonato Brasileiro
30.10.2019 – 3 x 0, pelo Campeonato Brasileiro
17.108.2021 – 3 x 0, pela Copa Libertadores da América
03.04.2021 – 4 x 0, pelo Campeonato Paulista (final)
25.10.2023 – 5 x 0, pelo Campeonato Brasileiro

O placar de hoje, aliás, iguala a maior goleada imposta sobre as Trikas em toda a história, numa partida válida pelo Torneio Rio-São Paulo de 1965.

Dados históricos à parte, o fato é que os 5 a 0 que impusemos em nossa casa não foram fruto do acaso e nem de erros do adversário. Na verdade, creio que esta foi a nossa melhor partida em toda a temporada, já que não demos chance alguma ao tradicional clube do Morumbi. Por sinal, muito ao contrário: o primeiro tempo só não terminou com um placar ainda mais dilatado do que os 3 a 0 porque, e logo aos 5 minutos, tivemos um gol anulado – corretamente, por sinal.

O esquema 3-5-2 mantido pelo nosso treinador, pelo menos nesta noite funcionou perfeitamente. Com a presença de três zagueiros, Mayke e Piquerez tiveram toda a liberdade que sempre sonham para atuar ofensivamente se tornarem, assim, muito mais dois atacantes do que dois defensores. Isso, porém, em nenhum momento deixou o Palmeiras mais vulnerável – aliás, a própria avaliação de Weverton é a maior prova disso. Além disso, o ímpeto de todos os jogadores em busca da goleada ficou evidente desde o apito inicial, talvez por saberem que uma vitória hoje não só manteria a equipe entre as primeiras da tabela mas também devolveria a confiança perdida após a eliminação na Libertadores e as quatro derrotas seguidas no Brasileirão. 

Claro que, embora histórico e humilhante para o São Paulo/SP, na prática o resultado significou os mesmos três pontos de qualquer outra vitória. Porém, quando se obtém uma goleada como esta sobre um dos maiores rivais, a tendência é que a equipe embale e consiga mais resultados positivos nas próximas rodadas.

Ou seja: o Bahia/SP, nosso adversário no sábado, que se cuide.

Obs.: o termo “nelas”, inserido no título desta crônica pós-jogo, obviamente se refere às “Trikas”, termo pelo qual o Departamento de Marketing do São Paulo FC prefere que o clube seja chamado.

RONY – BOM
NOTA 6

Entrou mostrando mais uma vez a raiva por ter perdido a posição no time titular e, embora não tenha brilhado, ajudou a equipe sempre que a bola chegou ao campo de ataque. Também participou do quarto gol, com um leve toque na bola antes de Marcos Rocha completar.

FABINHO – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5 

Assim que foi a campo, ocupou a cabeça da área e liberou Zé Rafael para a armação. Cumpriu bem a função que lhe cabia.

LUÍS GUILHERME – BOM
NOTA 6

Entrou deslocado para a ponta esquerda, mas nem por isso deixou de participar de boas jogadas pelo setor. Aliás, iniciou o lance de um dos gols.

MARCOS ROCHA – ÓTIMO
NOTA 7

A qualidade técnica em nossa lateral direita permaneceu a mesma após ele ter substituído Mayke. E, além disso, marcou um bonito gol.

ARTUR – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Ainda não está nem perto do que já vimos, mas nesta noite pelo menos não atrapalhou o time.

FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

6 Responses to GOLEADA “NELAS”. SÓ PARA NÃO PERDER O COSTUME.

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, o Abel voltou e o Palmeiras jogou o que sabe, e até o Breno Lopes marcou, agora o Gol do Piquerez foi uma pintura, pena que estamos na reta final do Campeonato.

    Valeu Palmeiras.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Acho muito difícil sermos campeões brasileiros neste ano.

      Mas lembro que o que é muito difícil não é impossível.

      Abs.

  2. Bom dia, Márcio.

    Que saudades em ver este futebol do Verdão. Domínio absoluto contra um time e técnico que entraram de salto alto, achando que em função dos últimos resultados deste ano ganhariam fácil do Palmeiras em plena arena.

    Abel está recriando uma formação que já tentou outras vezes, mas que naquelas oportunidades não funcionou. O esquema com três zagueiros, aparentemente, está oferecendo mais liberdade aos laterais e as mudanças de algumas peças (saídas de Rony e Artur e entradas de Breno Lopes e Endrick) deram novo gás ao time.

    Aliás, o fato do Abel conhecer o elenco faz com que ele manipule muito bem as peças que ele tem nas mãos, mesmo sendo peças conhecidas.

    A temporada praticamente acabou, mas esse massacre serve de alento pelos maus momentos que vínhamos vivendo. Acredito que a confiança aos poucos será retomada e permaneceremos no G4 sem grandes dificuldades.

    Um abraço.

    Valter

    P.S. Apesar de não ter comentado sua crônica contra o Coxa no último domingo, queria lhe dizer que assisti a vitória de camarote no estádio Couto Pereira. Foi difícil de assistir aquela pelada!

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Claro que fiquei muito bem impressionado com a atuação de Breno Lopes, sobretudo porque muitas vezes ele foi o nosso “9″, e não Endrick – como no primeiro gol.

      Mas, sejamos sinceros: ele é limitado e perde muito mais gols do que marca.

      Assim, embora o esquema 3-5-2 de fato favoreça os alas, é preciso que um novo “11″ seja contratado para o lugar de Dudu, já que Kevin é ainda garoto.

      Abs.

      P.S.: Imaginei que você estivesse no Couto. Foi ruim de ver, mas ainda pior é o Coritiba/PR.

  3. Ah como é bom ganhar das Trikas. E eu achei que ficaria nos 4 afinal elas gostam de tomar de 4 (2015, 2017 e 2021). O engraçado é ouvir a live do tal Barolo (bambito roxo), o cara fica mordendo a fronha de raiva. E o Breno Lopes em Trevisan, quem diria ? Abraços.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tadeu.

      Pois é: eu já estava até me preparando para repetir um título que fiz após uma goleada sobre as Trikas: “De quatro. Do jeito que ‘elas’ gostam”.

      Mas aí o Piquerez resolveu me sacanear…

      Abs.

      PS.: Perdoe-me, mas não sei quem é o “tal Barolo”.

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