Meus amigos.
03/10/1988. Eu me lembro muito bem.
Era uma quente e úmida tarde de segunda-feira em São Paulo/SP quando, com apenas 20 anos e ainda no 4º dos 16 semestres do Curso de Jornalismo, pisava pela primeira vez na redação de A Gazeta Esportiva, levado pelo meu então professor da Faculdade Cásper Líbero, Élcio Carvalho de Castro.
De cara, deparei-me com duas figuras históricas do Jornalismo Esportivo brasileiro: Oswaldo dos Santos e Flávio Iazzetti. Quase não consegui segurar a emoção por ser apresentado àquelas estrelas, que conhecia apenas das páginas do jornal e das imagens da TV. Percebendo meu nervosismo, Élcio se saiu com esta ao me apresentar às feras:
_ Este menino é muito bom: fala bem, escreve bem, é tranquilo, educado e humilde. Só não entende muito de futebol, porque se entendesse seria são-paulino, e não palmeirense.
Cheguei àquele jornal para realizar 30 dias de estágio, e lá permaneci por 12 anos. E se isso aconteceu, devo a cada um dos muitos colegas que por lá tive, e que não vou citar nominalmente porque temo ser traído pela memória e deixar alguém de fora. Por isso, sintetizo todos eles nas pessoas de Nelson Nunes, para mim eternamente apenas Nelsinho, o cara que primeiro brigou pela minha efetivação; no saudoso José Carlos Carboni, meu primeiro chefe de redação – que não me dava muita atenção, é verdade, mas que prestava uma enorme atenção tanto em mim quanto a tudo o que eu escrevia; e em Lucas Neto, colega de redação que teve a coragem de confiar inúmeros projetos a um menino que nem da faculdade havia saído.
Hoje, exatos 35 anos após começar minha carreira, olho para trás e me sinto extremamente feliz: aprendi coisas que jamais pensei, estive em lugares com que nunca sonhei, conheci pessoas que de modo algum imaginei, escrevi – por enquanto – cinco livros, entrevistei Pelé, Ademir da Guia, Bebeto, Beckembauer, Cafu, Careca, César Maluco, César Sampaio, Dêner, Djalma Santos, Dudu, Edmundo, Evair, Falcão, Gamarra, Gentile, Gérson Canhotinha, Gilmar dos Santos Neves, Jair Rosa Pinto, Julinho Botelho, Leão, Leivinha, Luís Pereira, Marcos, Mazzola, Oberdan Cattani, Paolo Rossi, Pedro Rocha, Pepe, Raí, Rivaldo, Rivellino, Roberto Carlos, Rogério Ceni, Romário, Ronaldo Fenômeno, Serginho Chulapa, Sócrates, Taffarel, Tostão, Valdivia, Zico, Zinho, Telê Santana, Zagallo, Rubens Minelli, Carlos Bianchi, Mário Travaglini, Carlos Alberto Parreira, Carlos Alberto Silva, Cuca, Wanderley Luxemburgo, Tite e centenas de outros craques e técnicos inesquecíveis.
Fiz muitos amigos (e se fiz algum inimigo até hoje não fiquei sabendo), conquistei o respeito e a admiração de colegas, de torcedores (palmeirenses ou não, e que às vezes se zangam comigo por discordarem do que escrevo ou falo, mas isso faz parte) e sigo minha vida a falar de futebol, a escrever sobre futebol e, sobretudo, a amar o futebol.
Deus abençoe o Élcio, o Oswaldo, o Flávio, o Nelsinho, o Carboni, o Lucas e todos os jornalistas que me ajudaram e continuam me ajudando, aqui embaixo ou então já lá em cima, no Plano Espiritual, a cumprir minha missão.
Se vocês, leitores e ouvintes, me permitirem, e se for este o desejo de Deus, espero ter pelo menos outros 35 anos de trabalho pela frente. Vontade, podem ter certeza, não vai faltar.
De coração: muito obrigado a todos.
03/10/2023 at 11:01
Bom dia caro Trevisan, Parabéns e mais 35 anos pela frente, você sabe a quanto tempo participo e estimo o seu trabalho, avante.
Abraço.
05/10/2023 at 1:27
Muito obrigado, Alfano.
Abs.
03/10/2023 at 9:17
Vida longa, alegrias e muitas resenhas nos próximos 35 anos.
Parabéns.
05/10/2023 at 1:27
Muito obrigado, Marcelo.
Abs.
03/10/2023 at 7:55
Sómente 1 palavra:_
Parabenz
05/10/2023 at 1:27
Muito obrigado, Jair.
Abs.