CORRER PRA QUÊ?

Vantagem na Colômbia faz Palmeiras jogar partida da Libertadores como se fosse um treino

WEVERTON – ÓTIMO
NOTA 7

Recuperou-se totalmente da má partida que fez no domingo. Hoje, pra falar a verdade, evitou que pagássemos um grande mico praticando pelo menos duas grandes defesas e impedindo a derrota. 

LUAN – SATISFATÓRIO
NOTA 5

Foi o zagueiro pela direita e não comprometeu. Mas poderia ter começado mais jogadas quando o time as iniciou com três atletas.

GUSTAVO GÓMEZ – BOM
NOTA 6

Jogou como líbero, função que exercia quando atuava no Milan/ITA. Destacou-se mais nas antecipações. 

MURILO – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Foi bem nas jogadas aéreas, mas esteve hesitante na saída de jogo.

MARCOS ROCHA – BOM
NOTA 6

Ele é, no máximo, um bom lateral defensivamente falando, mas jamais será um ala pelo simples fato de não ser tão ofensivo quanto precisaria ser. Sua escalação nesta função foi um erro de Abel Ferreira. 

ZÉ RAFAEL – BOM
NOTA 6

Foi melhor no primeiro tempo, quando se destacou nas roubadas de bola. Na etapa final, acabou cedendo alguns espaços.

RICHARD RÍOS – BOM
NOTA 6

Jogou como gosta, pegando a bola no campo de defesa e a levando até perto da área. E até conseguiu uma ou outra boa jogada.

Semeu.

RAPHAEL VEIGA – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Uma atuação abaixo das que estamos acostumados a ver e que ele vinha tendo nas últimas semanas. Pareceu-me claramente se poupar para o derby de domingo. 

PIQUEREZ – REGULAR
NOTA 5

Suas limitações são tanto defensivas quanto ofensivas, mas quando ataca consegue, vez ou outra, uma ou outra boa jogada. Hoje, porém, mesmo com mais liberdade do que o habitual, errou todos os cruzamentos que tentou e foi muito bem substituído  o intervalo.

FLACO LÓPEZ – REGULAR
NOTA 5

É uma pena que este rapaz desperdice tantas chances claras. Hoje, poderia ter aberto o placar logo aos 16 minutos, mas chutou em cima do goleiro. Pelo menos não se abateu, seguiu tentando e, na etapa final, fez ótimo cruzamento para Artur também perder uma boa oportunidade.

RONY – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Correu, lutou, sofreu faltas, tentou uma bicicleta. Mas de efetivo, mesmo, nada conseguiu. 

ABEL FERREIRA – REGULAR
NOTA 5

Meus amigos.

Quando vi a escalação inicial do Palmeiras, confesso que me surpreendi negativamente. Esperava uma equipe totalmente suplente, já que nossa classificação às semifinais da Libertadores estavam mais do que garantidas e, no domingo, teremos o jogo contra “eles” – e lá no Entulhão. Daí que, em minha opinião, poupar apenas Mayke e Artur foi um erro de Abel Ferreira.

Sei que vocês devem creditar a nosso treinador um outro equívoco – a opção pelo 3-5-2. Afinal, por que jogar com três zagueiros dentro de casa e diante de um adversário fraquinho de dar dó, não é mesmo? Mas, neste ponto, eu entendi o que ele objetivou. Amigos: nosso time perdeu seu principal atacante e sua maior referência ofensiva, e é inegável que, apesar de não viver neste ano uma boa fase, Dudu nos fará uma falta gigantesca. Daí que ver em campo Luan pela direita, Gómez como líbero e Murilo pela esquerda foi, sim, importante para sabermos o que podemos ganhar e o que podemos perder quando – e se – jogarmos desta forma.

O equívoco de Abel Ferreira neste empate por 0 a 0 não foi o esquema tático, mas sim a escolha de Marcos Rocha para ser o ala direito. O jogador nunca foi e jamais será ofensivo, o que por si só o impede de realizar esta função a contento. O portuga percebeu de cara a burrice que havia feito, já que o Verdão inexistiu pelo lado direito do ataque durante todo o primeiro tempo. Mas, claro, só mandou Mayke a campo no intervalo, até para disfarçar. Com o titular, o time ficou muito mais agudo pelo setor e melhorou bastante, não permitindo que o Deportivo Pereira/COL seguisse melhor na partida, algo que se viu nos primeiros 45 minutos. Aliás, não fosse Weverton e a trave poderíamos ter passado uma grande vergonha nesta noite.

Outro ponto a ser destacado foi o pouco – ou quase nenhum – empenho dos jogadores titulares (algo que não teria acontecido se os escolhidos para iniciar o jogo fossem os suplentes). Cientes de que já haviam cumprido a missão na semana passada e que no domingo terão o maior rival pela frente, os caras preferiram tocar a bola der lado e jogar com o freio de mão puxado. Afinal, como eu sempre digo, jogador só corre quando precisa – e olhe lá.

Por fim, gostaria de lhes adiantar minha opinião quanto ao nosso futuro nesta edição da Libertadores. Vi os dois jogos do Boca Juniors/ARG contra o Racing/ARG, e lhes garanto: o time argentino pode até nos eliminar, já que tem uma enorme tradição no torneio (aliás, bem maior do que a nossa), mas em termos de futebol estão jogando menos, bem menos do que nós. Portanto, se o Palmeiras não for à final neste ano será para mim uma grande surpresa.

MAYKE – MUITO BOM
NOTA 6,5

Entrou e melhorou bastante o Palmeiras, realizando ótimas jogadas ofensivas. Ele, sim, tem características de ala.

VANDERLAN – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Entrou para que Piquerez fosse poupado e também para dar maior força pela ala esquerda. E até que melhorou um pouquinho o time.

 

ENDRICK – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Deu muito mais presença de área à equipe e provocou a expulsão de um adversário. Mas na hora de colocar a bola pra dentro, não aproveitou as duas chances que teve.

ARTUR – REGULAR
NOTA 5

Outro que aumentou o poder ofensivo do Verdão, mas que também desperdiçou duas boas chances de marcar.

KEVIN – SEM AVALIAÇÃO
SEM NOTA

Jogou apenas 10 minutos, sem tempo para ser avaliado.

FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS 

10 Responses to CORRER PRA QUÊ?

  1. Boa tarde, Márcio.

    Dentre os pontos de sua crônica, concordo com uma em gênero, número e grau: este era um jogo para os reservas terem nova oportunidade. E digo mais: eu pouparia as principais peças do time em jogos do Brasileirão para se minimizar os riscos de lesões e não escalaria Veiga, Gomes, Rony, Weverton e outros com tanta frequência nas próximas partidas. Para mim, é foco total na Libertadores.

    Me permita escrever um assunto que já discutimos em sua última crônica pós jogo.

    A comissão de arbitragem concordou com a anulação do gol do Vasco. A comissão concluiu que três aspectos da regra sustentam a interpretação de que o lance de ataque não foi interrompido:

    1. A bola afastada por Richard Ríos permaneceu ao redor da área do Palmeiras;
    2. A bola afastada por Richard Ríos foi dominada por um jogador do Vasco, e não do Palmeiras;
    3. Richard Ríos estava sob pressão quando afastou a bola.

    Com base nisso, lhe pergunto: se a regra é interpretativa, existe regra?

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Pelo menos por enquanto, não dá para abrir mão totalmente do Brasileirão, pois duas ou três derrotas do Botafogo/RJ simultâneas a duas ou três vitórias nossas alterariam completamente a atual situação e embolariam a disputa pelo título. Além do mais, contusões podem acontecer em treinamentos e até mesmo dentro de casa. Então…

      Em relação à comissão e à postura que adotou no referido lance, respondo:

      1 – A bola não permaneceu ao redor da área do Palmeiras – foi parar na intermediária ofensiva do Vasco.
      2 – Sim, e é justamente isso que cria um novo lance.
      3 – Ríos estava absolutamente sozinho. Se quisesse, poderia ter dominado a bola e a levado até o gol vascaíno (se tivesse habilidade para tanto, claro).

      O que aconteceu é que os idiotas do VAR se preocuparam tanto com o impedimento (que de fato aconteceu, já que a atual regra imposta pela FIFA é um absurdo) que simplesmente não prestaram atenção na sequência da jogada.

      O que a comissão fez foi tentar mascarar mais um erro absurdo e inaceitável, exatamente como tantos que já cometeram contra o Palmeiras.

      Abs.s

  2. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, jogamos com a vantagem na manga, valeu pela classificação a mais uma semifinal, ai a coisa muda temos que encarar o primeiro jogo com o Boca, como uma Final para brigar em casa.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Oi, Alfano.

      Vi o tape do jogo do Boca contra om Racing e, para lhe ser sincero, não vi nada demais.

      Se empatarmos (ou até mesmo perdermos por apenas um gol de diferença) em La Bombonera tenho certeza de que iremos para mais uma final.

      Abs.

  3. Meu caro Marcio,foram grandes oportunidades de contrataçôes perdidas nos ultimos tempos,prefiro resumir em apenas duas ;

    Hulck( que inclusive se declarou palestrino ) e Enner Valência.

    Agora Inês é morta !!!!!!!

  4. Quanto ao Weverton eu sempre vejo muitos elogios as defesas dele mas tudo rebatida né, não encaixa uma única bola, um verdadeiro mão de pau. Quando algum time souber aproveitar essa falha vai fazer um monte de gol só no rebote.

  5. Marcio acho que assistimos jogos diferentes. Falar que ele errou todos os cruzamentos que tentou ??? Os 2 cruzamentos que ele fez foram certos e não resultou em gol porque os atacantes erraram e não porque ele errou o cruzamento.
    Cruzamento que o Flaco Lopes chutou de primeira e a bola passou raspando o lado direito do goleiro e cruzamento que o Roni perdeu o gol já que a bola sobrou livre pra ele chutar e no bate rebate o Piquerez fez outro cruzamento perigoso que o Roni disputou com o goleiro.
    Ele foi muito bem no jogo, saiu por opção do Abel acredito que para poupar pois ele tava muito bem no jogo.

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