MAIS BRILHANTE DO QUE A NOVA CAMISA

Raphael Veiga faz golaço de falta e garante vitória do Palmeiras em estreia de 3º uniforme

WEVERTON – RUIM
NOTA 4,5

Algo raríssimo é analisarmos nosso goleiro de forma negativa, mas a verdade é que nesta noite ele quase nos complicou – e por duas vezes. Na primeira, saiu pessimamente do gol e só não levamos o primeiro porque Murilo salvou em cima da linha – de qualquer forma, o lance culminou com o gol de Serginho de fora da área em lance que o VAR interpretou de forma errada (veja explicação abaixo) e acabou nos favorcendo. Na segunda vez foi no último lance da partida, quando sem necessidade alguma tentou criar uma jogada de contra-ataque, errou e propiciou um ataque que poderia nos ter sido fatal. 

MAYKE – BOM
NOTA 6

Teve alguns problemas na marcação, sobretudo com Piton apareceu no apoio, e precisou que Marcos rocha entrasse para lhe dar uma força. Mas foi bem no apoio e nas jogadas de linha de fundo. Só precisa ter mais coragem para finalizar, pois muitas vezes prefere o cruzamento e acaba perdendo uma boa chance de fazer o gol.

 

GUSTAVO GÓMEZ – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Mesmo com o caminhão de dinheiro que o futebol árabe não se cansa de lhe oferecer, segue atuando com seriedade e profissionalismo. Hoje, de novo na sobra, destacou-se no jogo aéreo e nas interceptações. 

MURILO – BOM
NOTA 6

Evitou que o Vasco/RJ abrisse o placar salvando em cima da linha após falha de Weverton, o que foi fundamental para a nossa vitória. Mas algumas vezes perdeu o duelo que teve com o bom veterano centroavante Vegetti.

PIQUEREZ – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Começou mal, tanto na marcação quanto no apoio. Com o decorrer do jogo, foi se estabilizando e até se aventurou ao ataque.

RICHARD RÍOS – REGULAR
NOTA 5

Sei que estou me tornando repetitivo, mas é sempre a mesma coisa: sabe jogar, domina e controla bem a bola, mas tem uma dificuldade enorme em soltá-la. Hoje, de novo isso se repetiu e atrapalhou muito a sua atuação.

GABRIEL MENINO – REGULAR
NOTA 5

Sempre que atua como primeiro homem de marcação no meio-campo (posição que, antigamente, era chamada de cabeça-de-área), seu rendimento cai, pois ele fica mais distante da área adversária. Nesta noite, isso outra vez aconteceu.

RAPHAEL VEIGA – MUITO BOM
NOTA 6,5

Mesmo sem ter uma atuação de encher os olhos, foi o melhor do Palmeiras. Além de sempre perigoso nas cobranças de escanteio, hoje consegui fazer algo raro no futebol atual: um golaço de falta.

ARTUR – REGULAR
NOTA 5

Não tivesse feito um cruzamento perfeito para Rony, no começo do segundo tempo, terminaria a partida mais uma vez avaliado negativamente, pois perdeu um gol furando de forma ridícula, quase dentro da pequena área. Parece estar, mesmo, em má fase. 

RONY – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Teve dois lances como protagonista: logo aos 3 minutos de jogo, quando só não fez um lindo gol porque o goleiro Léo jardim brilhou, e já na etapa final, quando cabeceou muito fraco após perfeito cruzamento de Artur. 

DUDU – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Vive neste ano sua pior temporada desde chegou ao Palmeiras, mas hoje vinha relativamente bem, conseguindo bons dribles e bons passes. Pena ter se machucado e saído ainda no primeiro tempo. 

ABEL FERREIRA – BOM
NOTA 6

Meus amigos.

Como vocês já sabem, sempre sou muito honesto nos textos que escrevo e nas opiniões que compartilho. Por isso, começo esta crônica pós-jogo explicando por que o VAR, que tantas e tantas vezes já nos prejudicou, nesta noite nos deu uma força muito grande. De fato, o pé do atacante vascaíno (isso mesmo: o pé – e não o atacante por inteiro) estava impedido no lance que só não culminou no gol que abriria o placar porque Murilo salvou de cabeça em cima da linha. Contudo, este impedimento já não existia mais quando Serginho bateu de fora da área e Weverton não conseguiu defender, pois foi precedido de um chute de Richard Ríos – ou seja: já era um novo lance. Em outras palavras: o árbitro de vídeo perdeu uma enorme chance de ficar calado e prejudicou, sim, a equipe carioca.

Falando, agora, de mais esta vitória palmeirense no Brasileirão, creio que tenha sido merecida. Não que tenhamos jogado um futebol de encher os olhos – longe disso, aliás -, mas pelo menos tivemos o controle de quase todo o jogo e só fomos realmente ameaçados quando Weverton falhou em dois lances. Além disso, vale lembrar que o Vasco/RJ vem melhorando sob o comando de Ramón Díaz e teve uma semana inteira para se preparar para este jogo, enquanto nosso time viajou até o interior da Colômbia e, devido a problemas no avião, só consegui chegar a São Paulo/SP na noite de sexta-feira  – ou seja: menos de 48 horas antes do início do clássico nacional.

No que diz respeito ao trabalho do nosso treinador, creio ter sido positivo. Começou acertando ao optar pela escalação de todos os titulares, com exceção do suspenso Zé Rafael, pois não teria cabimento algum poupar quem quer que fosse antes de uma partida contra um adversário bem fraco e que só nos eliminará das semifinais da Libertadores se nos vencer por cinco gols de diferença. Também gostei da postura do nosso time, tanto ofensiva quanto defensivamente, e principalmente por sempre se impor ao adversário, o que o impediu de ter as rédeas da partida durante todo o tempo. Nas substituições, apesar de todos querermos ver Kevin, Abel Ferreira acertou nas três que fez (as duas últimas foi apenas para ganhar tempo).

E apesar de tudo isso, só conseguimos vencer graças ao talento individual de Raphael Veiga. Com o golaço de falta que marcou, ele conseguiu brilhar mais do que a estreante e pra lá de brilhante (ou melhor seria defini-la como “ofuscante”) terceira camisa.

MARCOS ROCHA – REGULAR
NOTA 5

Entrou para melhorar a marcação no setor, que a partir de então passou a ter dois jogadores na função – ele e Mayke. e não comprometeu.

BRENO LOPES – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Teve um bom tempo para ajudar o Verdão, pois atuou desde os minutos finais do primeiro tempo. Não atrapalhou, é verdade, mas só se destacou após boa jogada individual sofrer a falta que Veiga cobrou com perfeição.

 

FABINHO – REGULAR
NOTA 5

Sua ida a campo visou aumentar a presença defensiva em nosso meio-campo, missão que ele cumpriu sem maiores problemas.

FLACO LÓPEZ – SEM AVALIAÇÃO
SEM NOTA

Jogou apenas 9 minutos, sem tempo para ser analisado.

LUAN – SEM AVALIAÇÃO
SEM NOTA

Jogou apenas 9 minutos, sem tempo para ser analisado.

FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS 

8 Responses to MAIS BRILHANTE DO QUE A NOVA CAMISA

  1. Marcos Alvim

    Prezado Trevisan , o Piquerez vem jogando muito mal , ele está se escondendo…o Menino é mascarado , perde a bola e nao combate…..fica lamentando seu erro e nem acompanha as jogadas …..

    Os atuais jogadores nao fazem gol de falta porque os DMs proibiram os jogadores de continuarem treinando para preservar de lesoes futuras…

    VAR é um lixo !! deveria ser abolido e termos a volta da autoridade unica no jogo, o VAR quebra a emoçao ate de comemoração do gol

    • Márcio Trevisan

      Olá, Marcos.

      Respeito sua opinião sobre Piquerez e Menino.

      No que diz respeito à falta de treinamento nas cobranças de faltas, isso não é uma determinação do DM, pois não cabe a este órgão decidir este tipo de situação. O que existe é uma falta de interesse dos próprios jogadores, pode estar certo.

      Por fim, o VAR é mesmo um lixo – mas só no Brasil. Veja jogos de ligas europeias e você perceberá que a intervenção é mínima e, quando acontece, sempre acertada.

      Abs.

  2. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, vitória importante nesta altura do Campeonato Brasileiro pois é muito acirrado, pena que perdemos o Dudu para este ano.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Não só para este ano, mas também para o começo do ano que vem.

      O Baixola provavelmente só voltará em meados de abril/2024, infelizmente.

      Abs.

  3. Bom dia, Márcio.

    Eu realmente esperava o que assistimos nesta noite fria de domingo paulistano, ou seja, um jogo truncado. Como se já não bastasse todos os problemas de logística vividos na volta da Colômbia, o time do Vasco está com a faca nos dentes pra sair da situação em que se encontra.

    Confesso que o lance do impedimento foi um aprendizado para mim. Desconhecia esta regra de que um novo lance elimina o fato do adversário estar em posição ilegal.

    Agora, cá entre nós: eu, um mero torcedor, desconhecer esta condição é aceitável. Agora, árbitros profissionais cometerem esse erro é, no mínimo, descabido.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Permita-me corrigi-lo: não se trata de regra.

      A regra do impedimento é a mesma desde que foi criada, em 1863. Acontece que quando um jogador adversário toca na bola de forma intencional, que foi o que fez o Ríos, cria-se um novo lance (se assim não fosse, mesmo que ele tivesse dominado a bola, driblado todo o time do Vasco e feito um gol o lance teria de ser anulado, já que em sua origem houvera uma irregularidade – mesmo que a favor do seu próprio time).

      O erro foi na interpretação da regra por parte do árbitro de VAR. Este tipo de erro só acontece no Brasil, e por dois motivos: o primeiro é que todo árbitro de VAR é obcecado para mudar uma decisão fatal ocorrida no campo, pois assim mostra trabalho. E a segunda é porque os árbitros no Brasil, sejam de campo ou de VAR, sãoo quase todos ruins de dar ódio.

      Abs.

  4. Sobre o Arthur: não, não é má fase, o futebol dele é assim mesmo. Abraços.

    • Márcio Trevisan

      Oi, Ed.

      Artur me parece aquele tipo de jogador que, quando o time está muito bem, cresce de rendimento, mas quando joga mais ou menos ou então joga mal some em campo e erra mais do que acerta.

      Ou seja: para que ele jogue bem, é preciso que todo o time jogue bem.

      Abs.

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