Nova vitória, 12 pontos de vantagem, ótimo futebol. Palmeiras só espera a hora de ser campeão.

Meus amigos.

Raras foram as vezes em que o Palmeiras conseguiu um título de forma tão tranquila como conseguirá o deste Campeonato Brasileiro. Como historiador, recordo-me das campanhas nos Campeonatos Paulistas de 1932 (11 vitórias em 11 jogos), 1933 (12 em 14), 1934 (12 em 14, novamente), 1972 (15 em 22, quando terminou invicto) e 1996 (27 em 30), além da Copa Mercosul de 1998 (11 em 13) e a Copa do Brasil de 2012 (8 em 11, sem perder nenhuma).

E mesmo que o time acabe derrota em mais algum jogo até o fim deste Brasileirão, podemos garantir que, sim, esta será uma das mais fáceis conquistas de toda a nossa mais do centenária história. Perceberam? Nem considero a possibilidade de não levantarmos a taça dentro de alguns dias, pois apenas a matemática aponta que isso poderá acontecer. E como ela não entra em campo…

Por sinal, a goleada desta noite sobre o Coritiba/PR por 4 a 0, mais uma vez em uma quase lotada Arena Palestra Itália, exemplifica bem o que o Verdão vem jogando nesta competição. Bastante superior tecnicamente, a equipe não deu a menor chance ao adversário em toda a partida.

Na verdade, o único chute a gol do Coxa no jogo se deu já nos acréscimos do primeiro tempo, e foi tão para fora que Weverton apenas olhou a bola sair pela linha de fundo. No mais, viu-se um amplo domínio verde e branco, que se deu, aliás, sem que nossos jogadores precisassem se esforçar muito.

Neste Campeonato Brasileiro, as vitórias vêm surgindo assim: de forma natural, como se fossem algo corriqueiro para o Palmeiras.

Aliás, quem disse que não são?

OBS. – EXPLICANDO A AVALIAÇÃO E A NOTA DE ENDRICK: SEI QUE SE TRATOU DE SUA ESTREIA, QUE NESTA QUINTA ELE COMPLETOU APENAS 16 ANOS, DOIS MESES E 25 DIAS (E, ASSIM, TORNOU-SE O MAIS JOVEM ATLETA A VESTIR A CAMISA DO TIME PRINCIPAL DO PALMEIRAS EM TODA A NOSSA HISTÓRIA) E QUE A ANSIEDADE QUE MOSTROU EM CAMPO JÁ ERA MAIS DO QUE ESPERADA.

POR TUDO ISSO ISSO, ATÉ RELEVARIA O PRIMEIRO GOL QUE PERDEU, MAS O SEGUNDO NÃO DÁ: ELE SÓ O DESPERDIÇOU PORQUE FOI INDIVIDUALISTA E PREFERIU NÃO TOCAR PARA TABATA OU MERENTIEL, QUE ESTAVAM LIVRES. 

O MELHOR: MAYKE
Excelente – Nota 8

Abel Ferreira merece ser lembrado por ter conseguido transformar um bom lateral-direito em um ótimo ponta-direita. Sem ter tanto a obrigação de marcar o ataque canhoto dos adversários, Mayke vem jogando livre, leve e solto. E melhor: marcando gols. Hoje, mais uma vez, sobrou em campo e, com todos os méritos, deixou o gramado aos 23 minutos do segundo tempo aplaudido por quase 40 mil palmeirenses.

MERECE DESTAQUE: GUSTAVO SCARPA
 Ótimo – Nota 7,5

Na boa: alguma coisa tem que acontecer para que Scarpa desista de ir para a Inglaterra e renove seu contrato com o Palmeiras. O que esse cara tem jogado é algo tão incrível que só o fato de lembrar que ele não mais vestirá nossa camisa em 2023 já me leva quase à depressão. Nesta quinta, deu mais duas assistências para gols e brilhou também em lances individuais. E vou dizer mais: se o treinador da Seleção Brasileira não tivesse tanta mágoa do Palmeiras, convocaria Gustavo Scarpa para a Copa do Mundo.  

PALMAS PRA ELE: MARCOS ROCHA
Ótimo – Nota 7

O Palmeiras melhorou muito, mas muito após ele passar a ser mais um com liberdade para nossas jogadas de saída de bola. Com bons passes e ótimos lançamentos, ele é quase mais um meia quando o Verdão tem a posse de bola. Hoje, mais uma vez se destacou – porém não só nesta função, mas também na marcação (algo que, sabemos, nunca foi seu forte). 

Confira abaixo avaliações de todos os demais profissionais que participaram do jogo de hoje:

Dudu e João Martins – Ótimo: nota 7
Rony – Muito Bom: nota 6,5
Gustavo Gómez, Piquerez, Atuesta, Rodrigo Tabata e Breno Lopes – Bom: nota 6
Weverton, Murilo, Danilo e Gabriel Menino – Satisfatório: nota 5,5
Merentiel – Regular: nota 5
Endrick – Ruim: nota 4,5

FOTOS: CESAR GRECO/AG.PALMEIRAS