AGORA JÁ NÃO É “SE”, MAS SIM “QUANDO”

Vitória sobre Botafogo/RJ coloca Palmeiras ainda mais perto do hendecacampeonato brasileiro

Meus amigos.

Todo mundo sabe que quase tudo é possível no futebol. Mas, por outro lado, todo mundo também sabe que há limite para tudo no mundo, seja ele do futebol ou não. Por isso, afirmo sem nenhum medo de errar: já não precisamos mais nos perguntar se o Palmeiras será campeão brasileiro de 2022, mas sim quando o Palmeiras será campeão brasileiro de 2022. A vitória desta noite sobre o Botafogo/RJ, aliada aos resultados obtidos pelos mais diretos – mas cada vez mais distantes – perseguidores deixa o Verdão com uma mão e quatro dedos da outra na taça, e por alguns motivos.

Um deles é que desde a 24ª rodada a distância entre o nosso time e o segundo colocado, fosse ele quem fosse, se mantém ou, então, só aumenta. Naquela oportunidade, estávamos 7 pontos à frente, mesma diferença na rodada seguinte. Na 26ª e na 27ª, subiu para 8 pontos, aumentou para 9 na 28ª e agora, com o encerramento da 29ª, chega a 10 pontos. Em outras palavras: à medida que diminui a quantidade de jogos a serem disputados, aumenta a vantagem que abrimos.

Diante deste quadro, mesmo levando em conta que fatores como erros de arbitragem (sejam eles propositais ou não) e escusos interesses extracampo podem interferir diretamente no desempenho de uma equipe, fica impossível acreditarmos que o sonhado hendeca não chegará nesta temporada. Com todo o respeito que merece um dos maiores cronistas esportivos de todos os tempos, Nélson Rodrigues, nem mesmo o seu conhecido “sobrenatural da silva” parece ser capaz de impedir mais uma festa verde e branca no fim deste ano.

Outro ponto a ser destacado, e que também indica que tudo dará certo muito em breve, é a forma como o Palmeiras vem jogando. Claro que o adversário desta noite é tão fraquinho que chega a dar pena, sobretudo se nos lembramos das excepcionais equipes que o Glorioso carioca já teve em sua maravilhosa história, mas a forma como atuamos no Nílton Santos foi exemplar: impusemos nossa superioridade técnica, sufocamos o adversário desde os primeiros minutos e, mesmo após sermos surpreendidos com o gol dos caras (em um belo chute de Tiquinho mas que, cá entre nós, Weverton poderia ter defendido se esticasse um pouco mais os braços), mantivemos a calma e viramos o placar ainda no primeiro tempo. Na etapa final, chegamos ao 3 a 1 e, não fosse a expulsão – aliás justíssima – de Zé Rafael, certamente teríamos goleado o tradicional adversário carioca outra vez, assim como fizemos no primeiro turno.

Uma grande sacada de Abel Ferreira nesta noite foi manter Mayke na ponta-direita. Tal decisão tranquilizou Marcos Rocha na marcação, e ele pôde se deslocar para o meio sempre que o Verdão atacou. Com isso, tornou-se mais um jogador a armar nossas jogadas ofensivas, o que ajudou em muito a atuação de outros jogadores, como Gustavo Scarpa, Dudu e até Piquerez, quase sempre coberto por MR quando apoiou. A excelente condição física do elenco, mesmo quase no fim da temporada, e a velocidade imposta por nossos atletas, deixou atordoados os botafoguenses, que sequer podem reclamar da derrota desta segunda-feira – ela poderia ter sido muito pior.

Em síntese, prezado palmeirense: pode começar a contar nos dedos, pois a hora de comemorar está cada vez mais próxima.

 

O MELHOR: MAYKE
Ótimo – Nota 7,5

O cara sempre foi um lateral-direito de boa qualidade, mas nos dois jogos em que atuou deslocado para a ponta direita foi um dos melhores em campo. Hoje, aliás, ninguém jogou mais do que Mayke, tanto no aspecto ofensivo quanto no defensivo. Creio que será nesta posição que ele jogará até o fim deste ano.

MERECE DESTAQUE: GUSTAVO SCARPA
 Ótimo – Nota 7

Após algumas partidas coma atuações simplórias, hoje Gustavo Scarpa voltou a se destacar. Com ótimas jogadas individuais, passes precisos e lançamentos de qualidade, conduziu o Palmeiras a mais uma vitória e, não à toa, tem sido apontado como o melhor jogador deste Brasileirão.  

PALMAS PRA ELE: MARCOS ROCHA
Muito Bom – Nota 6,5

Ok: a presença de Mayke à sua frente lhe dá a confiança de que precisa para apoiar e até mesmo para armar nossas jogadas, pois sabe que sempre há alguém a ocupar o espaço que queixa quando se manda para o campo ofensivo. Mas nada disso aconteceria se Marcos Rocha não tivesse qualidades suficientes para desempenhar tais funções, como vimos na partida de hoje.

Confira abaixo avaliações de todos os demais profissionais que participaram do jogo de hoje:

Zé Rafael, Dudu e Abel Ferreira - Muito Bom: nota 6,5
Piquerez e Rony - Bom: nota 6
Luan, Danilo, Vanderlan, Atuesta, Rafael Navarro e Gabriel Menino - Satisfatório: nota 5,5
Gustavo Gómez e Kuscevic - Regular: nota 5
Weverton – Ruim: nota 4,5

FOTOS: CESAR GRECO/AG.PALMEIRAS

4 Responses to AGORA JÁ NÃO É “SE”, MAS SIM “QUANDO”

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, muito bom jogo e de virada é bem melhor, continuar assim falta pouco para chegar a mais um Título mais mantendo os pés no chão como falou o grande Dudu.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Está tão perto, mas tão perto, que não custa nada esperarmos só mais um pouquinho para fazer a festa outra vez.

      E faremos, pode ter certeza.

      Abs.

  2. Opa, ó nós aqui ó, em primeirão. Quem foi mal ontem foi Abel Ferreira em sua coletiva pós-jogo. Mandou o coice nos repórteres que estão ali para trabalhar, não merecem serem tão desrespeitado da forma como foram.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tadeu.

      Discordo de você. Abel não foi mal – foi péssimo.

      Ele é mau educado, arrogante e se considera superior a todos nós brasileiros apenas por ter nascido na Europa.

      Como treinador é excelente; como homem… Bem, é melhor eu nem completar a frase.

      Abs.

Deixe uma resposta para Márcio Trevisan Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

*

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>