Nem gol no final evita mais uma vitória do Palmeiras no Campeonato Brasileiro
Meus amigos.
Como deve ser do conhecimento de todos, o Internacional/RS é o nosso maior algoz. Nenhuma outra equipe do País tem um índice tão grande de vitórias sobre o nosso time quanto o colorado gaúcho. Só para que vocês possam ter uma ideia, esta foi a vitória número 34 do Verdão, enquanto eles já nos venceram em 39 dos 98 jogos em que nos enfrentaram.
Por isso, eu esperava, sim, uma partida bastante complicada para o nosso time, mesmo levando em conta que ela seria disputada em uma Arena Palestra Itália mais uma vez quase lotada (quase 39 mil pessoas) e que, nesta tarde, o time comandado por Mano Menezes (por falar nele, alguém com saudades por aí?) estava bastante desfalcado.
Daí a minha surpresa com o que aconteceu no primeiro tempo, período em que se Weverton tivesse ficado nos vestiários não teria feito diferença alguma. A superioridade palmeirense nos 45 minutos iniciais foi tão flagrante que a vantagem de apenas um gol acabou caindo do Céu para o Inter/RS.
E foi aí que minha preocupação aumentou. Com certeza, na etapa final os caras iriam melhorar, enquanto o Palmeiras certamente iria cair de produção pois estava bem mais desgastado. Não deu outra: por estas razões – e também por causa de um tal de Alemão, que entrou no intervalo, acabou com o jogo e foi, de longe, o melhor em campo -, a equipe gaúcha não só empatou como poderia, até mesmo, ter virado o jogo.
Ocorre, porém, que o Verdão não é apontado como uma das melhores equipes da América do Sul apenas devido ao lindo verde que usa em suas camisas. Mesmo sofrendo o duro golpe do empate já aos 36, manteve-se tranquilo, seguiu com sua forma de jogar, acertou duas bolas no travessão (ambas com Zé Rafael), obrigou Daniel a fazer um milagre (por meio de Dudu) e, com méritos, chegou ao segundo gol (feito por Gabriel Menino) apenas seis minutos mais tarde e, também, à 11ª vitória em 19 jogos, campanha que lhe garantiu como líder isolado após o fim do Primeiro Turno do Brasileirão.
Mas há um dado ainda mais importante, prezado palmeirense, que divido com cada um de vocês neste momento. Desde 2006, quando o Brasileirão passou a ser disputado por apenas 20 clubes, o clube que conseguiu pelo menos 2 pontos por partida disputada (ou seja: 76 pontos ao final) ou foi campeão ou, então, esteve muito perto disso. E, neste momento, nossa média é de 2.05, bem próxima às obtidas em 2016 e 2018 (2.10), quando faturamos o caneco.
Em outra palavras: para continuar bom pra cachorro, o Palmeiras nem precisa melhorar neste Brasileirão – basta repetir no returno a campanha que fez no turno.
O MELHOR: GUSTAVO SCARPA
Ótimo – Nota 7,5
Sei que me torno repetitivo, pois jogo após jogo Scarpa pinta por aqui. Mas o que posso fazer se o cara, mesmo já acertado com outra equipe, continua jogando como se quisesse renovar seu contrato com o Palmeiras? Hoje, foi ótimo nos lances individuais, nos lançamentos, cruzamentos e chutes a gol. Vai fazer uma falta danada a partir de 2023.
MERECE DESTAQUE: GUSTAVO GÓMEZ
Ótimo – Nota 7
Ele fez mais um gol, e isso obviamente é importantíssimo. Mas Gómez é muito mais do que um defensor com jeito de artilheiro: ele é o senhor da zaga e, sem dúvida alguma, o melhor zagueiro em atividade na América do Sul. Neste domingo, só não conseguiu parar o tal do Alemão que, cá entre nós, jogou demais.
PALMAS PRA ELE: ZÉ RAFAEL
Ótimo – Nota 7
Sabe aquele jogador que joga muito mas que nem sempre aparece para a torcida? Pois é: este jogador hoje foi Zé Rafael. Ele foi essencial na saída de bola de nossa intermediária defensiva, deslocou-se para os lados do campo e, não raro, apareceu na frente da área para finalizar. Aliás, acertou duas bolas no travessão de Daniel.
Confira abaixo avaliações de todos os demais profissionais que participaram do jogo de hoje:
Murilo, Vanderlan e Dudu – Muito Bom: nota 6,5
Marcos Rocha, Abel Ferreira e Gabriel Menino – Bom: nota 6
Weverton, Danilo e López - Satisfatório: nota 5,5
Wesley e Merentiel - Regular: nota 5
Raphael Veiga - Ruim: nota 4,5
Luan e Breno Lopes - Sem Avaliação: sem nota
FOTOS: CÉSAR GRECO/AG.PALMEIRAS
25/07/2022 at 19:30
Boa noite caro Trevisan, sem dúvida o Inter é casca de ferida, um bom jogo de ambas as partes, mais como bem dito em sua crônica o Verdão se manteve firme e conseguiu a importante vitória.
Mantendo está pegada vamos lutar por Títulos.
Abraço.
26/07/2022 at 1:36
Olá, Alfano.
Exatamente: para levar o Brasileirão não precisa nem melhorar
Basta não piorar.
Abs.
25/07/2022 at 14:24
Boa tarde, Márcio.
Excelente título: Bom pra Cachorro. Rs.
Assisti ao jogo com o meu pai e ele estava indignado com o fato do Veiga e do López não pegarem na bola.
O Vanderlan jogou muito bem. Muito melhor que o Piquerez. Que ele não se perca nas baladas, como outros vêm fazendo. E que tragédia causou o Renan! Praticamente acabou com a carreira dele.
26/07/2022 at 1:34
Olá, Gustavo.
Obrigado pelo elogio.
O López mal pegar na bola eu entendo, pois ainda está conhecendo o time. Já o Veiga o motivo de tanta apatia é outro, em minha opinião: ele ainda não se recuperou do fato de ter sido o principal culpado pela nossa eliminação na Copa do Brasil.
Vanderlan não só jogou melhor do que o Piquerez: ele é melhor do que o Piquerez. Pena que o Abel não pense assim.
Por fim, não estou nem aí para a carreira do Renan. Quero mais é que um bêbado assassino apodreça na cadeia.
Abs.
25/07/2022 at 8:36
Bom dia, Márcio.
Primeiro tempo fenomenal o do Palmeiras, um dos melhores que já assisti. O Internacional não viu a cor da bola e – como você bem escreveu – foi para o intervalo lambendo os beiços por estar perdendo por tão pouco.
O segundo tempo foi uma mistura de desleixo do Verdão com atitude do Inter. O discurso no vestiário do Inter deve ter sido alguma coisa do gênero “aguentamos o primeiro tempo, agora vamos jogar”. Voltaram muito bem.
Muito se escreve e fala sobre Merentiel e López, mas eu gostaria de escrever de uma prata da casa: Wesley. Ele me faz lembrar o Veron: quando a gente pensa que vai engatar uma primeira e se tornar protagonista do time, o carro para. Não vejo evolução nesse rapaz. Até o acho habilidoso, mas confesso que tenho me decepcionado com as suas atuações.
Por outro lado, gosto muito do Vanderlan. Para um atleta de 19 anos, ele tem uma personalidade muito forte. Não se intimida e impõe uma presença difícil de se ver em garotos da sua idade jogando entre os profissionais. Espero que tenha cabeça!
Um abraço.
Valter
26/07/2022 at 1:30
Valter, salve!
O caso do Wesley me parece simples: trata-se de um bom jogador, que vez ou outra fará uma grande partida, mas que na maior parte dos jogos será sempre nota 5, 5 e meio.
Em relação ao Vanderlan, o portuga deveria colocá-lo como titular por alguns jogos seguidos. Se der conta do recado, e acho que dará, ganharia de vez a posição.
Abs.
25/07/2022 at 6:02
Caro Márcio,
Terceiro jogo consecutivo que o nosso Palmeiras começa ganhando, tem chance para matar e não mata o jogo e ainda termina tomando sufoco. Até quando vamos aguentar isso? Será que esses caras estão incomodados com o crescimento da nossa torcida ?
Quanto aos dois atacantes contratados, eu sei que não dá para analisar a participação deles, porém, com o passar do tempo vou terminar achando que essa comissão técnica não tem qualquer noção de treinar atacantes, pois do jeito que o time joga não tem centroavante que aguente ficar o tempo todo correndo sem receber bola.
26/07/2022 at 1:03
Olá, Farani.
De fato, nosso maior problema é não “matar” o jogo, o que quase sempre nos gera muitas dificuldades. Só não entendi o que você quis dizer quando falou sobre o incômodo com o crescimento da nossa torcida.
Por fim, em relação aos centroavantes, temos de dar tempo: a eles para se adaptar ao time, e ao time a se acostumar a jogar de novo com um camisa 9 fixo.
Abs.
26/07/2022 at 5:42
Estou querendo dizer que do jeito que estamos jogando eles vão terminar matando muitos torcedores do coração.