…SÓ QUE NÃO É SEMPRE QUE SE VIRA

Bem abaixo técnica e animicamente, Verdão perde Choque-Rei. Mas dia 14/07 vai ter outro…

Meus amigos.

Se após as conquistas da Recopa Sul-Americana e do Campeonato Paulista me dissessem que o Palmeiras só poderia ganhar mais um título nesta temporada, obviamente eu escolheria a Libertadores da América. Se me permitissem dois, optaria pelo Campeonato Brasileiro. Ou seja: se tivermos de abrir mão de um torneio, que seja este a Copa do Brasil. Isso significa que ela não é importante? Claro que não – é importantíssima. Mas se comparada aos outros dois citados, em minha opinião fica em terceiro lugar.

Isso também não quer dizer que estou prevendo uma possível eliminação dentro de 21 dias e, por isso, começo a dizer que não estava, mesmo, muito a fim dessas uvas porque elas estavam verdes. Aliás, muito pelo contrário: acredito, sim, que no próximo dia 14/07, em uma Arena Palestra Itália que certamente estará lotada, O que quero dizer é que, embora seja pra lá de possível, não é garantido e nem mesmo muito provável que o Verdão ganhe as três competições que ainda tem em 2022. Então, se chegar o momento em que for preciso priorizar uma ou duas, se tivesse poder de voto escolheria as que disse acima.

Gustavo Scarpa: assim como todo o time, hoje uma atuação bem mais apagada

Diante de tal quadro, até certo ponto entendi o mau jogo que a nossa equipe fez nesta quinta-feira. “Mordidas” pela forma como foram superadas na segunda, “elas” entraram com mais afinco, com mais sangue nos olhos e, por isso, não apenas foram bem superiores no primeiro tempo como até mesmo poderiam tê-lo terminado com um placar mais amplo do que apenas a vantagem mínima. Já na etapa final, como se esperava o Palmeiras melhorou – mas só um pouquinho -, talvez por acreditar que sua superioridade técnica seria capaz de levá-lo a mais uma virada ou, então, porque nossos jogadores estavam visivelmente desgastados pela sequência de jogos – ainda que que a equipe “delas” também tenha descansado o mesmo número de horas.

Em síntese, prezado palmeirense: perder nunca é muito bom, e perder para um grande rival é ainda pior. Mas, como bem disse o hoje técnico alviverde, João Martins, o que acabou não foi o primeiro jogo, mas sim o primeiro tempo de dois jogos. E como normalmente nós vencemos quando jogamos em casa, creio que qualquer maior alegria por parte “delas” seja, neste momento, um tanto quanto precipitada.

Obs.: Os termos “mordidas”, “elas” e “delas”, que aparecem nesta crônica pós-jogo, referem-se, obviamente, às estrelas são-paulinas.

Confira as notas e avaliações de todos os profissionais que participaram do clássico:

Weverton: Bom – nota 6
Gustavo Gómez, Murilo, Zé Rafael, Gustavo Scarpa, Dudu e João Martins: Satisfatório – nota 5,5
Marcos Rocha, Rony, Piquerez, Mayke, Gabriel Menino, Wesley, Rafael Navarro e Breno Lopes: Regular – nota 5
Danilo e Gabriel Veron: Ruim – nota 4,5

 

FOTOS: CÉSAR GRECO /AG. PALMEIRAS

14 Responses to …SÓ QUE NÃO É SEMPRE QUE SE VIRA

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, estranho o Palmeiras não jogou nada, será que são coisas do Futebol!!!

    Agora é se preparar para o próximo jogo da Libertadores semana que vem, bem como o Brasileirão.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Isso acontece: tem dias que, de noite, é assim mesmo – rs…

      Mas vai ter volta, meu amigo, ah se vai.

      Abs.

  2. Boa tarde, Márcio.

    Como de médico, treinador de futebol e louco todo mundo tem um pouco, gostaria de lhe perguntar uma opinião.

    Você não acha que o Abel poderia ter sido um pouco mais ousado e criativo ontem, escalando uma formação ou um time alternativo?

    Jogar duas vezes contra um mesmo time na mesma semana demanda um certo grau de arrojo para ser bem sucedido. Do contrário, acontece o que aconteceu com o Palmeiras ontem: foi tão previsível que até o Patrick fez gol de novo.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      O português não escalou o mesmo time: mexeu em duas posições, sacando Luan e colocando Marcos Rocha e tirando Menino e colocando Zé Rafael. Na parte tática, também foi diferente. pois com MR Dudu não precisou voltar tanto para ajudar na marcação.

      O que aconteceu é que o SPFC estava mais a fim, com mais sangue nos olhos, e ainda asism só fez seu gol porque Reinaldo fez falta em Dudu e, na sequência, GG falhou duas vezes no mesmo lance.

      Se no jogo de volta tivermos a mesma vontade, passaremos sem maiores dificuldades, pois nosso time é bem melhor.

      Abs.

  3. Gustavo Cantieri

    Bom dia, Márcio. As “estrelas” não foram tão brilhantes assim. Na pior das hipótese, se formos eliminados da Copa do Brasil, não acredito que seja de forma humilhante. Talvez apenas com esse um a zero ou até nos pênaltis. Para as “estrelas” ainda ficará o trauma de virada de segunda-feira passada e a final do Paulista. Agora, como é arrogante e rancoroso o treinador dessa “constelação”!

    • Márcio Trevisan

      Olá, Gustavo.

      Concordo com sua análise. Se tivéssemos jogado só um pouquinho a mais, certamente não teríamos perdido.

      Em relação ao segundo reserva de Marcos na Copa do Mundo de 2002 (o primeiro era Dida), ele sempre foi um poço de soberba, desde os tempos em que jogava.

      Abs.

  4. Bom dia Marcio de demais amigos.
    Mesmo nos anos em que o Palmeiras encontrava-se em situação de penúria técnica, não existia isso de jogar vários clássicos e perder todos, ainda mais em casa, ou seja, a vitória delas ontem, foi normal.
    Agora, contar com Navarro (ontem) e Breno Lopes (este segundo um pouco melhor) para virarmos qualquer jogo, é ter que contar com a sorte.

    Abs

    • Márcio Trevisan

      Olá, Rodrigo.

      Perdoe-me, mas não entendi bem o que você escreveu. Quem jogou vários clássicos e perdeu todos, ainda mais em casa, o SPFC ou o Palmeiras?

      Em relação ao RV e ao BL, são apenas peças de reposição. E delas não se deve esperar nada mais do que apenas isso: reposição.

      Abs.

  5. JORGE FARANI

    Faz tempo que venho questionando os atacantes do Palmeiras e a maior prova disso aconteceu nas 3 ultimas partidas quando o time fez 6 gols sendo 4 feitos por zagueiros. E quando a defesa falha aí é um “deus-nos-acuda”. Portanto tá difícil de acreditar que teremos vida longa nas competições que estamos participando, principalmente quando olhamos para o banco que é um verdadeiro “tamburete”.

    • Márcio Trevisan

      Farani, boas.

      Perdemos quatro jogos em 42 disputados e você realmente não acredita que teremos vida longas EM TODAS AS COMPETIÇÕES?

      Vamos com calma, amigo.

      Abs.

      • JORGE FARANI

        Caríssimo !
        Mesmo sabendo ser muito difícil, eu torço para que o nosso Palmeiras ganhe tudo que disputar. Agora! Só não posso ir é de encontro a realidade e, a realidade que sempre vejo é que toda vez que o time é bem marcado, ele encontra dificuldade em criar situação de gol e, quando consegue criar as chances esbarra na deficiência desses atacantes que temos. Quem ainda não viu que veja o numero de gols que Rony, Navarro, Wesley e até mesmo o Dudu encontram e perdem todos os jogos. O negocio é que o time mesmo capengando consegue obter bons resultados e que faz com que a diretoria fique adiando a contratação de jogadores, achando que com isso possa resolver tudo com o que tem. A maior prova disso é que a presidenta logo que tomou posse prometeu dar um atacante de presente de natal e vai dar dois “ilustres desconhecidos” sete meses depois. Vamos ver o que vai dar com esse debutantes.

        • Márcio Trevisan

          Farani: entendo seu ponto de vista, que é de um torcedor, mas sigo afirmando que vc exagera.

          Nós, palmeirenses, queremos que o o nosso time jogue como a Academia dos anos 60 ou a Academia dos anos 70, e isso nunca mais vai acontecer pelo simples fato de não existirem hoje jogadores como os daquele tempo.

          Amigo: nenhum time do País tem os números que o Palmeiras tem e nem joga, hoje, o futebol que o Palmeiras joga. Isso não quer dizer que vamos ganhar os três títulos, mas também não dá para afirmar que vamos perder os três, que foi o que você disse.

          E vou mais além: se não ganharmos mais nada neste ano, vou ficar aborrecido, claro, mas tudo bem: já faturamos duas taças em 2022, e eu não me esqueço quando passamos quase 17 anos sem conquistar taça alguma que prestasse.

          Por fim, você tem razão quando diz que Merentiel e López são desconhecidos. Justamente por isso, devemos vê-los em campo para só depois sabermos se servirão, e não acreditar desde agora que eles não servem.

          Abraços, fera!

  6. Caros amigos. Parece mesmo que o Palmeiras estava abrindo mão da Copa do Brasil. Parece que o Palmeiras estava ontem abrindo mão de ganhar o jogo, hora que entrou o tal Navarro eu tive certeza disso. Fomos muito mal e os Bambes jogaram realmente melhor. Agora venhamos e convenhamos esse Navarro é uma piada pronta, poderiam testar ele como zagueiro que é a posição que jogava ainda na base do Botafogo quando o lançaram para o ataque. Do mais, meus caros 1 a zero é um resultado totalmente reversível. Força VERDÃO.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tadeu.

      Vamos ter um pouco mais de calma em relação ao Navarro.

      Realmente, até agora não justificou sua contratação, mas é muito jovem e jogar no Palmeiras não é algo simples. De qualquer forma, tenho quase certeza de que será emprestado no começo do ano que vem, a fim de ganhar mais “casca”, pois foram contratados dois outros jogadores para a sua posição.

      Em relação ao resultado, é muito simples: embora seja um clássico, se o Palmeiras quiser – repito: se quiser – irá às quartas da Copa do Brasil.

      Abs.

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