Verdão sufoca no segundo tempo e vence outro Choque-Rei no Morumbi
Meus amigos.
Ainda que seja inegável a dificuldade que é enfrentar o São Paulo/SP no Morumbi, e que principalmente devido a este fator nossa vitória nesta fria noite de quinta-feira paulistana possa ser muito comemorada, a verdade é que poderíamos ter tido bem menos problemas para ganhar e nos manter isolados na liderança do Campeonato Brasileiro – e eu nem estou falando do pênalti claro não marcado em Rony, aos 20 da etapa inicial, ou da bola no travessão chutada por Breno Lopes aos 19 do segundo tempo.
Para tanto, bastaria que Abel Ferreira, hoje substituído por João Martins por estar doente, não tivesse insistido nessa história de escalar Gustavo Gómez como lateral-direito sempre que fôssemos atacados. Afinal, todo mundo sabe que o lado esquerdo do time “delas” é o mais agressivo, sobretudo quando pode contar com o lateral Reinaldo. Não uma, mas várias vezes durante todo o primeiro tempo, foi por este setor que corremos os maiores perigos.
Justamente por esta razão, Dudu foi bastante sacrificado até que tal bobagem fossem corrigida – só que isso aconteceu apenas aos 18 minutos do segundo tempo, quando Mayke foi a campo no lugar de Luan e o paraguaio voltou à sua posição original. Até então, nosso mais competente atacante não conseguiu render no ataque, porque teve de voltar inúmeras vezes para marcar, e nem na defesa, já que por questões óbvias não sabe marcar ninguém.
Não foi à toa que, após uma primeira etapa equilibrada a qual terminamos em desvantagem devido a um erro de Gabriel Menino na hora do gol tricolor, passamos a dominar completamente o jogo quando nossa esquematização tática passou a ser a que normalmente utilizamos. Com a presença de um especialista na lateral-direita, foi possível também a inversão dos volantes, com Menino passando a jogar mais recuado, à frente do miolo de zaga, e Danilo um pouco mais à frente, onde costuma render mais (quando o time pode contar com Zé Rafael, ambos se revezam na função).
O sufoco que impusemos a “elas”, sobretudo após os 30 do segundo tempo, deveu-se também a outro fator. Ciente da inferioridade técnica em relação ao Palmeiras, os comandados de Rogério Ceni foram gradativa, porém constantemente, recuando cada vez mais. E, como diz a famosa citação, “o medo de perder tira a vontade de ganhar”. Por isso, nosso adversário se permitiu dominar em sue campo de defesa e, como a bola pune (olha outra frase conhecida aí!), tomou dois gols em apenas cinco minutos e perdeu mais um Choque-Rei em seu estádio (o segundo neste ano e o 28º em toda a história do confronto).
De qualquer forma, mais importante até do que o resultado e da manutenção da liderança no Brasileirão, é que esta vitória poderá impor uma pressão aos são-paulinos para o jogo desta quinta-feira, pela Copa do Brasil.
Obs.: Os termos “elas” e “delas”, que aparecem nesta crônica pós-jogo, referem-se, obviamente, às estrelas são-paulinas.
O MELHOR: GUSTAVO SCARPA
Ótimo – Nota 7,5
MERECE ELOGIOS: GABRIEL VERON
Ótimo – Nota 7
PALMAS PRA ELE: DANILO
Muito Bom – Nota 6,5
Os demais profissionais ficam com as seguintes avaliações:
Weverton, Gustavo Gómez, Murilo, Dudu, Rony e Mayke: Bom – nota 6
Breno Lopes: Satisfatório – nota 5,5
Luan, Piquerez e João Martins: Regular – nota 5
Gabriel Menino e Rafael Navarro: Ruim – nota 4,5
Wesley e Atuesta: Sem Avalição – sem nota
FOTOS: CÉSAR GRECO /AG. PALMEIRAS
21/06/2022 at 15:24
Boa tarde Márcio. Essas viradas no finalzinho são quase tão satisfatórias quanto goleadas construídas no decorrer do jogo. Você não achou o gol delas irregular? Para mim bate no braço do atacante.
21/06/2022 at 21:36
Também achei.
22/06/2022 at 1:44
Oi, Leo.
Vc resumiu bem: viradas no fim de jogos, sobretudo em clássicos, são saborosas demais. Só que não fazem muito bem ao coração – rs…
Respondendo à sua pergunta: não vi a bola bater na mão do Patrick. O que vi foi a falha do Menino. E vi também um penal sobre o Rony logo após “elas” terem aberto o placar.
Abs.
21/06/2022 at 13:52
Boa tarde caro Trevisan, outra virada para entrar na História, muito boa essa vitória no Brasileirão.
Agora na próxima quinta-feira é mata mata, temos que jogar mais atentos.
Abraço.
22/06/2022 at 1:42
Olá, Alfano.
De fato, virar um clássico no Morumbi e, ainda por cima, em apenas cinco minutos é motivo de muita comemoração.
Já em relação ao jogo de quinta, temos de ser inteligentes. Quem tem de atacar são “elas”. A gente tem de ir só na boa e, de repente, assim poderemos até mesmo garantir a vaga.
Abs.