FAZ UM 4 AÍ, QUE EU QUERO VER!

Sem dó, nem piedade: talento e determinação fazem Palmeiras golear o Botafogo/RJ

Meus amigos.

Creio que nem seria necessário dizer, mas ainda assim direi: o Palmeiras tem um time e um elenco infinitamente superiores ao time e ao elenco do Botafogo/RJ. Embora ambas as equipes figurem entre as mais gloriosas da história do futebol brasileiro, a distância que existe hoje entre ambas chega a ser abismal e, por isso, uma partida entre as duas pode até mesmo ser considerada uma covardia.

Contudo, os 4 a 0 que o Verdão impôs à equipe carioca nesta chuvosa noite de quinta-feira tem dois componentes muito mais importantes que os explicam. O primeiro foi a forma como o time entrou em campo – ciente de sua superioridade técnica, massacrou o adversário desde o primeiro instante e, não à toa, chegou aos 2 a 0 (que poderiam ser 3 a 0) antes dos 20 minutos. Sem saber como se portar diante de um adversário tão superior, o pobre alvinegro do Rio de Janeiro se limitava a assistir ao Palmeiras desfilar seu talento individual e coletivo, com um sem número de jogadas ofensivas criadas a todo momento.

Já o segundo fator que explica nossa vitória e a volta à liderança do Campeonato Brasileiro é ainda mais importante: nossa equipe jogou com sangue nos olhos. Explicando melhor: todos os que foram a campo o fizeram com enorme vontade, com uma sede de vitória que se tornava cada vez mais evidente a cada minuto que passava. Só isso pode explicar a incessante busca pelo terceiro gol, que veio aos 33 de jogo, além da bola na trave chutada por Dudu e os dois gols corretamente anulados, um de Murilo e outro de Rafael Navarro. Fizeram as contas? Fácil, fácil, a vitória poderia ter sido não por 4 a 0, mas pelo menos 7 a 0, o que deixaria ainda mais felizes os mais de 33 mil palmeirenses que foram à Arena Palestra Itália.

Como bem disse o nosso treinador na entrevista coletiva, ainda é cedo demais para nos iludirmos com a possibilidade de mais um título nacional, pois além de ainda faltarem 28 jogos o equilíbrio neste ano está ainda mais acentuado do que em temporadas anteriores. Entretanto, lhes asseguro: se mantiver este ímpeto em busca das vitórias, essa vontade de sempre ganhar, o Verdão ficará cada vez mais perto não só da taça do Brasileirão, mas também das outras duas que ainda disputa neste ano.

Até porque, como está mais do que claro, talento não lhe falta.

O MELHOR: GUSTAVO SCARPA
Excelente – Nota 8,5

 Começo a temer que você, amigo internauta, se canse de mim. Afinal, quase todo jogo o amigo aí de cima aparece como um de nossos destaques e me obriga a ser repetitivo. Mas o que eu posso fazer se Gustavo Scarpa participou diretamente de três dos quatro gols que o time marcou nesta noite? Para lhes ser bem sincero, não é apenas Raphael Veiga que mereceria ter uma chance na Seleção Brasileira.

MERECE ELOGIOS: RONY
Ótimo – Nota 7,5

 Já disse aqui, e mais de uma vez, que embora seja bastante limitado tecnicamente Rony compensa tal deficiência com uma entrega elogiável e até mesmo emocionante. Só que nesta noite o cara se destacou – acreditem! – pela qualidade técnica. Afinal, fez dois belos gols mostrando algo que normalmente não tem: tranquilidade e competência na hora da finalização. Se fosse sempre assim, não precisaríamos ter contratado dois centroavantes…

PALMAS PRA ELE: DUDU
Ótimo – Nota 7

Mais uma ótima partida do nosso principal atacante. Ainda que mais uma vez tenha caído fisicamente no segundo tempo, foi durante toda a etapa inicial e até os 20 minutos do segundo tempo o mais perigoso jogador do Palmeiras, levando à loucura todos os que tentaram marcá-lo. Pena não ter feito pelo menos um gol, pois pela bola que jogou o fez por merecer. 

Os demais profissionais ficam com as seguintes avaliações:

Wesley e Abel Ferreira: Bom – nota 6,5
Weverton, Marcos Rocha, Murilo, Piquerez e Zé Rafael: Bom - nota 6
Gabriel Veron, Rafael Navarro e Fabinho: Satisfatório - nota 5,5
Luan, Danilo, Atuesta e Breno Lopes – nota 5

FOTOS: CÉSAR GRECO /AG. PALMEIRAS

12 Responses to FAZ UM 4 AÍ, QUE EU QUERO VER!

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan muito boa sua crônica para calar alguns críticos do Futebol, está comprovado temos Elenco e muito bem treinado por Abel.

    Mantendo está vontade de vitória vamos em frente, parabéns a todo o time pelo jogo contra o Botafogo, mais o golaço do Wesley merece aplausos.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Obrigado, Alfano.

      Como eu salientei, os jogadores parecem imbuídos de buscar as vitórias, e isso já é um grande passo para que as consigam.

      Quanto ao gol do Wesley, será um dos candidatos ao Prêmio Puskás, pode apostar.

      Abs.

  2. Mais um título esse ano estaria bom demais. Imagina se ainda vier mais do que um! Mas não dá prá ganhar tudo, ou é muito difícil, numa hora o Verdão vai ter que optar. Bóra Verdão. Dá-lhe Sangue VERDE.

    • Márcio Trevisan

      Bem lembrado, Tadeu.

      Quando voltarem os jogos da Copa do Brasil (ou seja: a partir da outra semana) e da Libertadores creio que em algumas partidas do Brasileirão teremos de mesclar o time.

      Enquanto isso, o bom é somarmos o maior número de pontos possível.

      Abs.

  3. Tiago Santos

    Salve, Palestrinos!

    Caro Márcio, com todo o respeito, embora o Botafogo tenha sido o time do Garrincha e outros craques, nem com muito esforço é possível aproximá-lo da prateleira do Palmeiras rsrsrs; o Furacão já é muito maior que o Botafogo. Por fim, é bom demais ser palmeirense, muito mais ainda desde 2015.
    Avanti, Palestra!

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tiago.

      Vc mistura as coisas, como aliás muitos fazem.

      O fato de o Botafogo/RJ, hoje, ser um time muito limitado e passar por uma das piores fases de suas história, não diminui em nada as glórias do seu passado.

      Se você acreditar nisso, então também teria de acreditar que nos anos de fila ou quando fomos duas vezes rebaixados deixamos de ser grandes.

      Vc cita o Atlético/PR como sendo maior do que o Botafogo/RJ. Bem, respeito a sua opinião, mas na minha forma de encarar o futebol isso nunca foi verdade, não é verdade e jamais será verdade.

      Abs.

  4. Gustavo Cantieri

    Bom dia, Márcio. E ao final da partida, a entrevista do Scarpa na CBN:
    P: O que você está lendo agora?
    R: “O Homem que Ri”, do Victor Hugo. Estou retomando a leitura. Tinha dado uma parada para estudar

  5. Antonio Manara

    Desculpe, Márcio, mas só o gol do Wesley vale nota 10.

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