Sem esforço, Palmeiras elimina Ituano/SP e vai à semi do Paulistinha. Pela 88ª vez.
Meus amigos.
Nem tudo aquilo que, na teoria, é favorável, na prática se mantém desta forma quando o assunto é futebol. Hoje, por exemplo, ter aberto o placar logo aos 2 minutos do primeiro tempo acabou sendo mais prejudicial do que se esperava para o Palmeiras.
Sei que vocês podem me achar maluco, mas se raciocinarem com calma certamente concordarão comigo. Claro que, ciente de que o adversário jogaria totalmente fechado pois tinha como objetivo segurar o empate e levar a decisão para os pênaltis, o Verdão partiria com tudo dede o apito inicial. O problema é que, como praticamente começou o jogo já com o 1 a 0 no placar, nossa equipe tornou-se morosa, pouco inspirada e visivelmente desinteressada em buscar o segundo gol, se não com idêntica, ao menos com semelhante velocidade com a qual conseguira o primeiro.
Tal postura é, até certo ponto, natural, já que como vocês estão cansados de saber – porque eu não me canso de os lembrar – jogadores só correm quando é extremamente necessário. Só que, algumas vezes, esta decisão custa caro, o que aliás quase aconteceu nesta noite – ou todos já se esqueceram da bola no travessão que o Ituano/SP acertou aos 7 minutos de jogo? O pouco interesse de um e o pouco talento do outro tornaram o primeiro tempo algo difícil de se assistir e muito fácil de se dormir.
Abel Ferreira conseguiu, ainda que não de forma completa, mudar o ânimo e a forma do nosso time jogar na etapa final. E a prova disso foi que, mesmo tendo chegado ao segundo gol exatamente como chegara ao primeiro (ou seja, devido a um erro da zaga interiorana), após a ampliar o placar o Palmeiras seguiu mais agudo e poderia, se tivesse alguém com um pouco mais de qualidade na hora de definir as jogadas, ampliado a vantagem e chegado, talvez, até mesmo à goleada.
Por falar em nosso treinador, o esquema 4-3-3 foi mais uma vez a sua escolha. Nada tenho contra, só não entendo muito bem porque, neste caso, deslocar para uma das pontas – no caso, a esquerda – um jogador de meio-campo – no caso, Gustavo Scarpa. Se a ideia é jogar mais ofensivamente, não seria melhor escalar um ponta de verdade – no caso, Wesley?
De qualquer forma, o objetivo foi atingido. Em 120 Paulistinhas disputados, o Verdão chega pela 88ª vez – sendo a 9ª consecutiva – entre os quatro primeiros, e enfrentará na semifinal o Bragantino/SP ou, se o time “deles” bobear, o Guarani/SP neste fim de semana, novamente na Arena Palestra Itália.
Ou seja: nenhuma novidade.
O MELHOR: DANILO
Ótimo – N0ta 7
Já tenho dito constantemente que o garoto aí da foto vem jogando o fino da bola, e faz tempo. Hoje, mais uma vez, ocupou todas as faixas do nosso meio-campo, desarmou com perfeição e ainda chegou à entrada da área adversária com qualidade – aliás, quase marcou mais um gol.
MERECE DESTAQUE: DUDU
Muito Bom – Nota 6,5
Melhor no primeiro do que no segundo tempo, mas ainda assim muito bem em ambas as etapas, Dudu foi nosso atacante perigoso. Além de infernizar a vida do lateral-esquerdo Roberto com dribles quase sempre imparáveis, ainda criou pelo menos duas chances claras de gol que foram desperdiçadas por Veiga e Scarpa.
PALMAS PRA ELE: MARCOS ROCHA
Muito Bom – 6,5
Sei que não é muito comum ele aparecer por aqui, mas nesta quarta Marcos Rocha realmente foi bem. Primeiro, cumpriu à risca e com competência sua principal função: marcar as jogadas ofensivas do Ituano/SP que aconteceram em seu setor. Mas não se limitou a isso: também apoiou – não tanto quanto Piquerez, é fato, mas ainda assim com qualidade – e, de cabeça, deu o passe para Rony quase perder, mas no fim conseguir marcar o segundo gol.
Os demais profissionais ficam com as seguintes avaliações:
Jaílson, Piquerez, Zé Rafael, Rony e Abel Ferreira: Bom – nota 6
Marcelo Lomba, Murilo, Gustavo Scarpa e Raphael Veiga: Satisfatório – nota 5,5
Wesley, Atuesta, Gabrie Veron e Rafael Navarro: Regular – nota 5
Breno Lopes: Sem Avaliação – sem nota
FOTOS: CESAR GRECCO/AG. PALMEIRAS
24/03/2022 at 13:29
Boa tarde caro Trevisan, valeu pela classificação, falar que até o Rony marcou, fora os Gols perdidos.
Força Verdão mostra a sua raça.
Abraço.
25/03/2022 at 1:40
Alfano, boas!
Contra o Braga teremos de ser mais definitivos nas conclusões, caso contrário poderemos ser surpreendidos.
Abs.
24/03/2022 at 9:41
Uma pena que o quarteto magico Danilo, Menino, Patrick de Paula Scarpa, que fez a exibição de gala em Buenos Aires contra o River Plate na vitória espetacular por 3 x 0 esta desfeito provavelmente pra sempre.
Viva os negócios escusos e as inacreditáveis perseguições e escolhas absurdas !!!!!!
Abçs.
25/03/2022 at 1:39
Jair: em relação a PP, creio que o negócio foi ótimo para o Palmeiras. De fato, trata-se de um bom jogador e com muito potencial, mas assim como aconteceu com GM acabou se deslumbrando, caindo na noite e aí você já sabe o que acontece. Além disso, ainda ficamos com 50% de seus direitos econômicos.
Agora, se eu fosse o PP, jamais trocaria o Palmeiras, mesmo na reserva, pelo Botafogo/RJ. Ainda que agora os caras tenham um dono, demorarão muito para ter uma equipe que disputará títulos importantes, se é que um dia terão. Se ele fosse para o SPFC, para o time “deles”, para o Galo, Fla ou até mesmo Flu, ainda vá lá. Mas para o Fogão?
Na minha opinião, PP deu muitos passos para trás.
24/03/2022 at 9:32
O Danilo ontem me fez lembrar do Muller no timaço extraordinário do 1º semestre de 1.996, dando N passes de 1ª sem olhar pra bola ou pros companheiros.
Monstro !!!
Abçs.
25/03/2022 at 1:41
Jair, boa noite.
Danilo está jogando demais. Tomara que assim continue.
Mas achei curioso comparar um volante a um segundo atacante. Gostei.
Abs.
24/03/2022 at 8:36
Bom dia, Márcio.
Sabe o que me chamou a atenção no jogo de ontem? Mesmo perdendo por 2×0, o Ituano jogou recuado. Parecia que a preocupação não era perder, mas perder por pouco. A postura do Ituano foi típica de time pequeno que joga contra um grande e, mesmo com a bola no travessão, o Palmeiras não teve sustos. Acho que esse foi, também, o motivo pelo qual os jogadores correram para o gasto. Não havia incômodo.
Na verdade, foi um joguinho bem chocho, daqueles que você nem muda a posição no sofá quando percebe que as coisas estão esquentando.
Pergunta para você, Márcio: o que você achou da venda do Patrick de Paula? Foi o momento certo ou o Verdão poderia ter esperado um pouco mais, visto que ele é muito jovem?
Um abraço.
Valter
25/03/2022 at 1:37
Valter, salve!
Confesso que lutei muito pra não cochilar durante a partida.
Em relação a PP, creio que o negócio foi ótimo para o Palmeiras. De fato, trata-se de um bom jogador e com muito potencial, mas assim como aconteceu com GM acabou se deslumbrando, caindo na noite e aí você já sabe o que acontece. Além disso, ainda ficamos com 50% de seus direitos econômicos.
Agora, se eu fosse o PP, jamais trocaria o Palmeiras, mesmo na reserva, pelo Botafogo/RJ. Ainda que agora os caras tenham um dono, demorarão muito para ter uma equipe que disputará títulos importantes, se é que um dia terão. Se ele fosse para o SPFC, para o time “deles”, para o Galo, Fla ou até mesmo Flu, ainda vá lá. Mas para o Fogão?
Na minha opinião, PP deu muitos passos para trás.
Abs.