Sob desumana temperatura de 35ºC, Palmeiras começa Paulistinha vencendo o Novorizontino/SP

Meus amigos… Que saudades de vocês!!!

Todos sabemos que as emissoras de televisão é que definem quase tudo o que acontece no futebol, e é por isso que a equipe que ostenta o título de bicampeã da América do Sul é obrigada a jogar, mesmo em pleno mês de janeiro – ou seja: no ápice do verão – e no quase desértico interior paulista. Tudo isso com o detalhe de que a partida deste domingo foi a primeira da temporada, o que significa dizer que nossos jogadores estão, ainda, distantes da melhor forma técnica e tática.

E foi justamente por esta razão que o futebol apresentado pelo Palmeiras neste “debut” de 2022 não foi lá uma brastemp. Aliás, nem poderia, dados os motivos explicados acima. Daí que, se quiséssemos vencer, teríamos de nos utilizar muito mais das qualidades individuais dos jogadores do que do esquema tático ou mesmo do empenho, já que ninguém consegue jogar futebol debaixo de um Sol escaldante como o que tivemos neste domingo, em Novo Horizonte/SP. Para a nossa alegria, o talento de Zé Rafael e de Dudu, que marcaram os gols, foi suficiente para que começássemos este Paulistinha somando os três primeiros pontos.

Na verdade, até que a delegação embarque para os Emirados Árabes Unidos, os jogos do torneio regional servirão mais para treinamento, aprimoramento das formas técnica e tática e, para alguns jogadores, a chance de garantirem um lugar no seleto grupo de 23 que formarão a nossa equipe. Ou seja: ganhar ou não os três jogos que ainda disputará no Paulistinha não é o que mais importa para o Palmeiras.

Mas, se for possível seguir vencendo, é claro que o ânimo estará melhor e o clima bem mais ameno do que o calor senegalesco que o Verdão se viu obrigado a enfrentar na tarde de hoje.

O MELHOR: GUSTAVO SCARPA

A gente percebe se um cara é bom de bola quando ele atua fora de sua posição mas, ainda assim, consegue jogar bem. Hoje, o amigo aí de cima, mais uma vez escalado como ala-esquerdo (no primeiro tempo) e ponta-esquerda (na etapa final), foi fundamental no início da jogada dos nossos dois gols e também deu uma bela ajuda a Piquerez na marcação  (nota 7).

MERECE DESTAQUE: DUDU

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Ok: ele joga muito mais do que jogou hoje Mas a verdade é que quase todos os jogadores do Palmeiras jogam bem mais do que jogaram hoje. Então, o “Baixola” merece aparecer em destaque porque, afinal de contas, marcou mais um golaço – 0 75º com a nossa camisa – logo aos 35 segundos do tempo final e, desta forma, tornou a vitória alviverde bem bem mais simples (nota 6,5).

PALMAS PRA ELE: ZÉ RAFAEL

Posso estar errado, mas tenho pra mim que, com o tempo, ele perderá a condição de titular para Atuesta. Mas, enquanto segue prestigiado pelo treinador, Zé Rafael vem cumprindo bem o seu papel: proteger a zaga quando somos atacados e aparecer no campo ofensivo quando temos a bola. Graças a isso, hoje marcou mais um belo gol, que abriu o caminho para a vitória (nota 6,5).

Os demais jogadores ficam com as seguintes avaliações:

Gustavo Gómez – nota 6,5
Rony – nota 6
Luan, Piquerez, Mayke e Raphael Veiga – nota 5,5
Weverton, Danilo, Murilo, Atuesta, Rafael Navarro, Wesley e Gabriel Veron – nota 5

O TREINADOR: ABEL FERREIRA

Nosso treinador foi muito bem neste domingo. Seu primeiro acerto foi mandar a campo não apenas a equipe que iniciou a final da Libertadores, mas muito provavelmente também a que começará a semifinal do Mundial Interclubes. Desta forma, dá um pouco mais de ritmo de jogo a atletas que serão fundamentais na competição do mês que vem. A manutenção do esquema tático com três zagueiros, sendo um deles o improvisado Piquerez, já se mostrou eficiente, e mesmo tendo como adversário uma equipe mais fraca tecnicamente também foi acertadamente mantida – mais uma vez levando-se em conta o que Abel Ferreira pretende para os jogos nos Emirados Árabes Unidos. Outro ponto favorável foi que, ciente das condições absurdas de temperatura, soube fazer nosso time dosar as energias, a fim de que fosse evitado qualquer desgasta a mais do que o estritamente necessário. Taticamente, gostei quando, após o segundo gol, ele mudou o esquema para o 4-3-3, deslocando Scarpa para a ponta e recolocando o uruguaio em sua real posição. O time sentiu um pouco? sim, porque o uruguaio, como sabemos, é um horror na marcação, mas também mantivemos a bola por mais tempo em nossos setores criativo e ofensivo. Por fim, as alterações também foram corretas, sobretudo as que promoveram as estreias de Murilo, Rafael Navarro e Atuesta (nota 6,5).

CRÉDITO FOTOS: CESAR GRECO/AGÊNCIA PALMEIRAS