Verdão volta a golear São Paulo/SP no Palestra e pode ganhar duas Libertadores no mesmo ano
Meus amigos.
Não uma, nem duas, mas inúmeras vezes ocupei este espaço para comentar vitórias do Palmeiras sem esconder que o resultado fora fruto muito mais de falhas adversárias ou mesmo da sorte do que méritos do nosso time. Pois bem: não será assim desta vez. Hoje, a goleada por 3 a 0 aplicada sobre o São Paulo/SP (aliás, a quarta desde a inauguração da Arena Palestra Itália) se explica pelo excelente futebol apresentado por nossos jogadores. Sem exceção, todos foram bem, e muitos foram muitíssimo bem, algo até raro de acontecer no futebol que se pratica hoje em dia.
Na verdade, o excelente jogo que vimos se deveu a dois fatores fundamentais: a conscientização por parte de nossos atletas de que uma eliminação em casa e para uma equipe inferior seria o pontapé inicial para uma grande crise, talvez suficiente até mesmo para colocar em risco o emprego do nosso treinador, e a certeza que cada um deles tinha da superioridade individual e coletiva em relação ao adversário. Claro que os erros cometidos pelo técnico do nosso rival, tanto na escalação inicial quanto nas substituições, facilitou a vida do Verdão, mas somente eles não seriam suficientes para garantir uma classificação à semifinal da Libertadores da forma como ela foi obtida.
Por falar no torneio internacional, é claro que ainda é muito cedo para se cravar que estaremos na grande decisão, pois na próxima etapa teremos pela frente um dificílimo adversário, seja ele quem for. Mas, caso se qualifique para a partida de novembro, em Montevidéu/URU, o Palmeiras poderá conseguir um feito inédito: ganhar duas edições da competição em um mesmo ano, já que a finalíssima de 2020 se deu já em janeiro de 2021.
E, para finalizar, é sabido que o São Paulo/SP se autodenomina “Soberano”. Mas creio que nesta nesta noite soberanos fomos nós.
O MELHOR: DUDU
Gradativa, porém constantemente, o Baixola começa a jogar o futebol que todos sabemos que sabe e pode. Mais uma vez escalado no meio-campo, foi extremamente participativo, talentoso nas jogadas individuais e simplesmente genial no golaço que marcou (nota 8).
MERECE DESTAQUE: DANILO
O que este garoto jogou nesta noite não foi pouco. Além de proteger nossa defesa e diminuir muito os espaços para o meio-campo são-paulino, ainda por cima apareceu muitas vezes pelo lado direito do nosso ataque, demonstrando uma surpreendente habilidade e ocupando a faixa do gramado que ficou vaga diante da ausência de Marcos Rocha (nota 7,5).
PALMAS PRA ELE: RAPHAEL VEIGA
Quando ele quer jogar, normalmente joga muito. E foi o que aconteceu neste Choque-Rei: além de marcar o primeiro gol (contando com uma forcinha do goleiro dos caras, é verdade), Veiga criou várias jogadas ofensivas e protagonizou lances individuais de muita qualidade. Pena que desperdiçou aquele que seria o quarto gol ao se atrapalhar com a bola já dentro da grande área (nota 7,5).
Os demais jogadores ficam com as seguintes avaliações:
Wesley – nota 7
Renan e Zé Rafael – nota 6,5
Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez, Rony e Patrick de Paula - nota 6
Weverton – nota 5,5
Piquerez, Felipe Melo, Deyverson e Gabriel Menino - sem nota
O TREINADOR: ABEL FERREIRA
Enfim o português tem uma atuação semelhante às que teve quando chegou ao Palmeiras, no ano passado. Acertou em cheio ao manter 10 dos 11 jogadores que começaram a partida da semana passada – a única exceção foi Breno Lopes que, muito mal no Morumbi, perdeu a posição para Wesley. Mais agressivo justamente em razão desta modificação única e, ao mesmo tempo, bastante seguro defensivamente no meio-campo e também na zaga, fez com que nosso time jogasse solto e permitiu que Danilo e Zé Rafael também se aventurassem ao ataque – e quem, se não ZR, foi o autor da jogada e do passe para o gol de Veiga? Além disso, imediatamente após o segundo gol, sentiu que o meia apresentava sinais de cansaço e mandou a campo Patrick de Paula – e quem fez o terceiro gol? Mas a grande sacada de Abel Ferreira foi saber que o adversário teria, obrigatoriamente, de buscar pelo menos um gol, e desta forma prendeu os dois laterais – Marcos Rocha e Renan não passaram uma única vez do meio-campo. Só que isso não tornou o time mais defensivo, pois pela esquerda Wesley infernizou a vida de Daniel Alves e pela direita vários foram os jogadores que apareceram, como Danilo, Dudu e Rony. Oxalá que esta brilhante jornada volte a ser constante em suas atuações (nota 7,5).
CRÉDITO FOTOS: CESAR GRECO/AGÊNCIA PALMEIRAS
19/08/2021 at 8:57
Bom dia a todos!
Excelente vitória!!!
Aquela que dá orgulho de ser Palmeirense.
Todos com raça. Isto é espírito de Libertadores.
Dudu sensacional. O cara joga muito.
ZR foi substituído por cansaço.
Cansaço??
O cara se doou em campo. Correu, combateu, dividiu. Costumeiramente jogador brasileiro teria caído no 1 gol,mas além de não cair, deu um passe açucarado pro RV fazer o gol.
Parabéns a todos!
Melhorando um pouco mais os passes e a marcação, seremos quase imbatíveis.
Que venham as galinhas mineiras.
Serão depenadas…rsrsrs
22/08/2021 at 16:08
Deus o ouça, Zé.
Abs.
18/08/2021 at 14:06
Boa tarde caro Trevisan, na minha opinião o melhor jogo do Palmeiras até aqui, pois toda a equipe jogou bem.
Parabéns Palmeiras pela classificação, vamos em frente buscar este Título, só depende de nós.
Abraço.
18/08/2021 at 15:04
Olá, Alfano.
Concordo com você: este foi o melhor jogo do Palmeiras neste ano, superior até mesmo à atuação diante do River Plate/ARG em Buenos Aires/ARG.
O tri só depende do Palmeiras, é verdade, mas para obtê-lo teremos de repetir a atuação de hoje, e talvez até mesmo melhorá-la, nas próximas três partidas.
Abs.
18/08/2021 at 9:25
Vitória maravilhosa.
50 % já conquistado com méritos.
Falta 25 % , ir pra final.
Faltará mais 25 % , 3° título da libertadores.
Parabéns!
18/08/2021 at 15:02
Jair: gostei do seu otimismo.
Mas, para que tudo isso aconteça, teremos de jogar nas semifinais e, se chegarmos, também a final ainda melhor do que jogamos ontem.
Quem sabe, não é?
Abs.
18/08/2021 at 8:43
Bom dia, Márcio.
Sua crônica foi muito bem desenvolvida e expõe bem o que foi o jogo.
Nosso próximo adversário vai ser fácil? Nem um pouco. Na verdade, será o adversário mais difícil da competição, uma vez que o Palmeiras foi favorito contra todos os que jogou até agora. Seja ele quem for, o Palmeiras será o azarão.
Temos condições de chegar a mais uma final? Totais condições. Basta jogar com a mesma inteligência e determinação que jogou contra o São Paulo.
O caminho para o tri é difícil, mas não será um caminho difícil só para nós. Agora virou briga de cachorro grande.
Um abraço.
Valter
18/08/2021 at 15:01
Valter, salve!
Agradeço o elogio.
Vc tem razão quanto à dificuldade na próxima fase. Se der River Plate/ARG, eles virão com sangue nos olhos e faca nos dentes após a eliminação que sofreram no ano passado. Se der Atlético/MG, decidiremos no Mineirão (e com torcida, já que a BH passou a autorizar a presença de público nos estádios).
Mas, se tudo der certo e irmos a mais uma final, muito provavelmente teremos o Flamengo/RJ pela frente. E aí, meu amigo, acho que o cachorro deles é bem maior do que o nosso.
Abs.
18/08/2021 at 6:38
Marcio, bom dia!
Esse ano, pra mim foi a segunda melhor partida que vi o Palmeiras jogar. A primeira foi contra o Flamengo na disputa da Supercopa do Brasil quando empatamos e perdemos nos penaltes. Ontem jogou como nos gostamos que jogue: com inteligência!
18/08/2021 at 14:59
Farani: jogamos com inteligência, mas também jogamos ofensivamente.
Confesso que esperava um Palmeiras recuado e esperando apenas os contra-ataques. Ainda bem que isso não aconteceu.
Abs.
18/08/2021 at 4:45
Caros Sangue VERDE. Como é bom ganhar do time delas. Pensa num time nojento, mau perdedor. Que desculpa vão dar agora Chupaulo ? Olha, eu gostaria de dizer que agora o que vier é lucro, ontem foi um campeonato a parte. E olha o nosso tutor Trevisan dando nota alta para todo mundo, boa Trevisan.
18/08/2021 at 14:58
Olá, Tadeu.
Concordo contigo: talvez não passemos das semifinais, porque seja qual for nosso adversário será muito complicado vencê-lo. Mas cumprimos com a nossa obrigação ao eliminarmos um time mais fraco.
Em relação às notas, também me surpreendi. Com exceção do lance em que Raphael Veiga tentou driblar o goleiro e se atrapalhou com a bola, todos os jogadores foram avaliados positivamente em suas ações – daí as notas mais altas.
Abs.