UMA BELA VIRADA. E DAÍ?

Palmeiras vence Guarani/SP fora de casa. Mas situação no Paulistinha segue a mesma.

Meus amigos.

Desta vez, ao contrário do que aconteceu em nossos mais recentes encontros, não tomarei muito o tempo de vocês com uma longa e, por mais cuidado que tenha ao escrevê-la, por vezes admito que também cansativa crônica pós-jogo. Até porque, cá entre nós, nem há muito o que dizer sobre esta vitória por 2 a 1 sobre o Guarani/SP, no Brinco de Ouro da Princesa.

O que me ficou claro é que, para Abel Ferreira, este Paulistinha não passa do que de fato ele é: um laboratório. Assim como prometera antes de seu início, ele segue promovendo estreias de jovens valores da nossa base, até para que no caso de uma eventualidade no futuro já estejam mais experientes. Nem sempre dá certo, claro – como nesta noite, na qual Henri fez sua primeira e péssima partida pelo time principal. Outro teste que o técnico palmeirense fez foi ver como se sairia Wesley no comando do ataque – e, tenho certeza, viu o que todos vimos: saiu-se muito mal o atacante, que rende mesmo somente na ponta-esquerda.

Além disso, mais uma vez o time começou no 3-5-2, porém agora com dois alas, Mayke e Viña, e não dois laterais. É verdade que o primeiro bateu cabeça com Danilo Barbosa, já que este se transformava de zagueiro em lateral quando o time atacava, mas aquele não mudava de lateral para ponta quando isso acontecia. De qualquer forma, até isso valeu como teste.  

Por falar no esquema tático, algo positivo se deu: diferentemente de como agira na estreia da Libertadores, nosso treinador viu que não vinha dando certo e, mesmo com o imerecido gol de empate obtido no fim do primeiro tempo, o trocou pelo 4-4-2. Com tal mudança e, sobretudo, com a entrada de um meia de armação – Zé Rafael –, o Verdão subiu de produção e, ao contrário do que acontecera nos 45 minutos iniciais, passou a dominar a ações e com méritos chegou à virada com o gol de Willian Bigode.

Em termos de classificação, porém, esta vitória pouco ajudou nosso time. Seguimos em 3º lugar na chave, dois pontos atrás do Novorizontino/SP (que tem uma partida a mais) e quase inalcançáveis oito do Bragantino/SP (que já entrou em campo 9 vezes, contra apenas 7 do Palmeiras). Dá para chegar, nem que seja em segundo lugar? Dá, claro que dá. Mas com o calendário que já enfrentamos e com mais uma competição, a Copa do Brasil, começando no próximo mês (e pela qual teremos de jogar em Maceió/AL), a pergunta que fica é a seguinte:

Será que vale a pena?

ANÁLISES INDIVIDUAIS

VINÍCIUS – 6,5
MUITO BOM

DANILO BARBOSA – 5
REGULAR

HENRI – 3,5
PÉSSIMO

RENAN – 4,5
RUIM

MAYKE – 4,5
RUIM

FELIPE MELO – 5,5
SATISFATÓRIO

GABRIEL MENINO – 6
BOM

GUSTAVO SCARPA – 5,5
SATISFATÓRIO

VIÑA – 5
REGULAR

WILLIAN BIGODE – 7
ÓTIMO

WESLEY – 4,5
RUIM

ABEL FERREIRA – 6
BOM

PAPAGAIO – 5,5
SATISFATÓRIO

GARCIA – 6
BOM

ZÉ RAFAEL – 6,5
MUITO BOM

LUCAS ESTEVES – 5
REGULAR

GIOVANI – 5,5
SATISFATÓRIO

CRÉDITO FOTOS: AGÊNCIA REUTERS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO

08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO

11 Responses to UMA BELA VIRADA. E DAÍ?

  1. José Aparecido-Mogi das cruzes

    Bom dia a todos!

    Que show de horrores.
    O jogador emprestado dos gambás estava deitando na defesa do Palmeiras.
    Não ganhamos por competência.
    Esse time do Guarani é simplesmente horrível.
    Tá osso ver alguns jogadores da base atuando:
    Wesley (se fosse tudo que rotularam, era pra se destacar num jogo desse), LE(já deu), Papagaio (piada…de mal gosto), Renan(sem coordenação motora), Henri (vamos aguardar, mas deixou uma péssima impressão).
    Os demais vamos dar um tempo.
    Henry

  2. roberto alfano

    Boa tarde, após um péssimo primeiro tempo como já informado nesta crônica e sorte, vimos a mudança do Abel funcionar.

    Agora com esta calendário apertado, aja pernas para aguentar tantos jogos.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Alfano: é por isso que a cada jogo o time precisa ser diferente.

      E é também por isso que, em minha humilde opinião, o melhor seria não nos classificarmos à próxima fase do Paulistinha.

      Abs.

  3. Bom dia, Márcio.

    Eu acho que ficar fora do mata-mata do Paulista seria muito vergonhoso para um time que tem a estrutura que o Palmeiras tem.

    Deveríamos continuar encarando o campeonato como você bem mencionou- um laboratório – mas jamais permitir que a classificação para a etapa final fosse prejudicada.

    Como sabemos, além do título, tem a premiação e em épocas de vacas magras qualquer dinheiro ajuda.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Vc tem razão no que escreveu. Só que tem um detalhe: caso obtenha a vaga, teremos de jogar com o Bragantino/SP (mais uma data entre o segundo turno da Libertadores e o começo da Copa do Brasil) e, aí, não pode perder classificação para time pequeno, certo? Pois, se perder, vc já sabe o tamanho da pressão.

      Mas imaginemos que eliminemos os caras. Já estaremos nas semifinais (mais uma data) e, então, não dá para abrir mão da vaga na final, certo? E se formos à decisão, serão mais duas datas e teremos de jogar pra ganhar, claro.

      Em minha opinião, é data demais, é pressão demais para campeonato de menos.

      Abs.

      • Márcio,

        Mas é para isso que temos elenco, certo?

        Daqui a pouco, vamos abrir mão de outros campeonatos para focar naqueles que julgamos mais importantes.

        E lembremos de uma coisa: só ganhamos Paulista, Copa do Brasil e Libertadores em 2020 porque não abrimos mão de nenhum deles. Se disputarmos o maior número de finais possível, maiores as nossas probabilidades de sermos vencedores em algumas delas.

        Um abraço.

        Valter

        • Márcio Trevisan

          Valter, salve!

          O problema é que existe a pressão psicológica, que no caso do Palmeiras é imensa – veja a postura do time nos jogos da Recopa e da Libertadores.

          Por outro lado, vc tem razão: sempre que se perde é crise que chega. E se ficarmos fora do Paulistinha, como acredito ser melhor, também haverá críticas.

          Na verdade, o campeonato estadual precisa ser revisto. Caso contrário, os quatro grandes, ou pelo menos alguns deles, o disputarão sem muito interesse.

          Abs.

        • Fábio P. R.

          Mas é justamente esse o problema, não temos elenco suficiente. Se tivéssemos, não estaríamos jogando com tantos moleques inexperientes de uma vez. Isso é um problema para a omissa diretoria resolver.

  4. Opa. Ó nós aqui ó. Falou pouco mas falou tudo Trevisan. Fiquei com dó ontem do Henry. Mas do Esteves eu já não tenho mais dó, na verdade já está dando raiva.

    • Márcio Trevisan

      Tadeu, obrigado.

      Lucas Esteves parece ser o que estamos vendo que é. Ou seja: muito pouco.

      Já o Henri foi péssimo ontem, mas foi apenas seu primeiro jogo. Além do mais, é muito jovem ainda. Vamos dar mais um tempo para ele.

      Abs.

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