Palmeiras volta a um passado recente e perde título para inexpressiva equipe argentina
Meus amigos.
Copa Sul-Americana, 24 de novembro de 201o. O Palmeiras, que jogava pelo empate, perde de virada por 2 a 1 para o Goiás/GO, no Pacaembu, e fica fora das finais.
Campeonato Brasileiro, 21 de setembro de 2014. O Palmeiras é humilhantemente goleado pelo Goiás/GO por 6 a 0.
Campeonato Brasileiro, 04 de outubro de 2015. O Palmeiras é vergonhosamente goleado pela Chapecoense/SC por 5 a 1.
Campeonato Paulista, 27 de março de 2016. O Palmeiras é vexatoriamente goleado pelo Água Santa/SP por 4 a 1.
Copa Libertadores, 09 de agosto de 2017. O Palmeiras consegue ser eliminado nos penais, e em casa, para o Barcelona/EQ por 5 a 3.
Campeonato Paulista, 08 de abril de 2018. O Palmeiras leva um gol do Corinthians/SP a 1 minuto do primeiro tempo e, mesmo tendo um time infinitamente superior, não consegue o empate que lhe garantiria o título.
Viram? Com exceção de 2019 e 2020, em que derrotas e eliminações aconteceram mas nenhuma delas pode ser considerada uma marca que envergonhe a história do clube, já faz muito tempo que o Verdão nos faz ser motivo de piada por parte de todos os adversários e de grande parte da mídia esportiva (e olha que eu nem citei XV de Jaú/SP em 1985, Inter de Limeira/SP em 1986, Bragantino/SP em 1989, Ferroviária/SP em 1990, ASA de Arapiraca/AL em 2002, Vitória/BA em 2003, e por aí vai). Hoje, em Brasília/DF, a derrota para o ridículo time de Defensa y Justicia/ARG no tempo; normal, ainda que com um jogador a menos, foi mais uma humilhante página que seremos obrigados a eternamente ler.
Ok: a arbitragem nos prejudicou? Muito, mas muito, mesmo. Vamos aos erros capitais cometidos pelo péssimo árbitro Leodan González/URU:
1 – Cotovelada no rosto de Patrick de Paula logo nos primeiros minutos, que resultaria no cartão vermelho ao agressor;
2 – Pênalti claríssimo em Rony, empurrado no começo do segundo tempo;
3 – No lance da merecida expulsão de Viña, antes de infantilmente chutar o adversário ele sofreu uma falta claríssima que resultaria, com certeza, em um cartão amarelo para o seu marcador. Além disso, o árbitro inverteu a infração e impediu que o lateral palmeirense entrasse livre dentro da área;
4 – Após Gustavo Gómez perder o pênalti na etapa inicial de prorrogação, ele foi novamente derrubado ao se dirigir à bola. O apitador nada marcou;
5 – Vale lembrar que nem mesmo os dois pênaltis marcados para o Palmeiras ele marcou. Quem o fez foram os responsáveis pelo VAR.
Então, perdemos este inédito título por causa do infeliz apitador? Claro que não. Perdemos porque permitimos que uma equipe inexpressiva, uma espécie de América/Mineiro da Argentina, dominasse grande parte do primeiro tempo. Vale lembrar que até os 15 minutos de jogo os caras perderam duas grandes chances, uma delas após ridícula falha de Weverton. Mesmo atuando no Brasil, o Verdão se viu dominado e nem mesmo quando saiu na frente do placar conseguiu ser superior.
A pergunta que fica é a seguinte: como um time enfrenta um adversário muito superior, como o Flamengo/RJ, e não só joga de igual pra igual mas por muito pouco não consegue vencer e ser campeão e, quando tem pela frente uma equipe ridícula como esta, apresenta um futebol tão pífio? Talvez a resposta seja mais simples do que pensamos e se divida em três pontos: abalo psicológico, excesso de confiança e erros do comando técnico.
No que diz respeito à parte psicológica, decisão em cima de decisão acaba atrapalhando qualquer equipe. Seja ganhando, seja perdendo, a pressão sempre existe e afeta mais diretamente jogadores mais jovens, quase a maioria do nosso time. Querem uma prova? Das últimas três disputas de pênaltis que tivemos, perdemos todas. Ao todo, foram 9 cobranças desperdiçadas em 19 batidas – ou seja, mais da metade.
O popularmente conhecido “salto alto” também costuma atingir equipes que ganham títulos em sequência. Quase todos os times que têm conquistas seguidas caem de rendimento pouco depois. Querem uma prova? Basta olhar nossa campanha após levantarmos as taças da Libertadores e da Copa do Brasil.
Por fim, as falhas técnicas e táticas adotadas por Abel Ferreira. Por exemplo: hoje, por mais que tenha ido não muito bem no domingo, jamais Felipe Melo deveria ter sido sacado do time titular. Querem uma prova? Após sua entrada, o Palmeiras melhorou substancialmente e foi dele o perfeito lançamento que resultou no segundo pênalti sofrido por Rony.
Creio que você, prezado palmeirense, já notou que, ao contrário das derrotas que sofremos no Mundial de Clubes e na Supercopa do Brasil, esta não só me irritou como me envergonhou. A perda de um título internacional para um time fraquíssimo e inexpressivo me remete aos tempos em que o nosso time nos causava mais raiva e vergonha do que alegria e orgulho. E é justamente por isso que, desta vez, nem me darei ao trabalho de analisar os jogadores e o treinador individualmente – É ZERO PARA TODO MUNDO!
De qualquer forma, perdemos e isso não tem volta. Só espero que, a partir de agora, a parte psicológica, a soberba e o nosso treinador parem de influenciar o rendimento do Palmeiras dentro de campo.
Tomara que os deuses do futebol, que tanto nos ajudaram ultimamente, não tenham nos abandonado.
P.S. – ATENÇÃO, DIRETORIA INERTE E INCOMPETENTE: UM CENTROAVANTE, PELO AMOR DE DEUS!!!
15/04/2021 at 12:55
Boa tarde caro Trevisan, estou sem dormir em ouvir este jogo, me desculpe mais o Titulo da sua boa crônica diz que VERGONHA com a vantagem na mão não soube aproveitar.
Ridículo tais jogadores na cobrança dos penais, não treinam!!!!
Abraço.
16/04/2021 at 11:24
Olá, Alfano.
Também perdi o sono.
Há derrotas que não consigo aceitar. Esta foi uma delas.
Abs.
15/04/2021 at 11:08
Márcio, bom dia.
Concordo que fomos terrivelmente prejudicados por uma arbitragem tendenciosa e incompetente, porém vamos disputar novamente a Libertadores e sabemos que isso é algo corriqueiro nesse torneio (não deveria ser, mas é a realidade). O Brasil (e aqui incluo todos os times) não tem força na Conmebol para evitar isso.
Agora, que essa vergonhosa derrota sirva de lição aos jogadores, comissão técnica e principalmente a diretoria. Temos uma excelente safra de crias da academia, mas não podemos jogar nesses jovens a responsabilidade de defender o título da Copa Libertadores e da Copa do Brasil. O Paulistão ainda dá, mas não competições importantes.
Não adianta o Abel reclamar da sequencia de jogos. Isso será igual a 2020.
Portanto, precisamos de um centroavante que saiba bater penaltis e de pelo menos um atacante de lado experiente (se o Dudu não voltar).
Abraços, Vicente
16/04/2021 at 11:23
Olá, Vicente.
Faço das suas as minhas palavras.
A questão é que mesmo com muito dinheiro a diretoria não consegue contratar ninguém.
Espero que esta vergonhosa derrota possa, enfim, provar aos dirigentes que precisamos de dois ou três reforços de peso.
Muito obrigado pelo seu post e, como este foi o primeiro, seja bem-vindo ao nosso site!
Abs.
15/04/2021 at 10:18
Bom dia Márcio. É a famosa Parmerada né? Esperamos agora que, como ela já ocorreu, o resto da temporada seja melhor. Como todo mundo está p* da vida, eu também, nem vou entrar no mérito. Só espero que essas duas eliminações sirvam pra diretoria ver que precisamos qualificar esse time, que não dá sempre pra ser campeão da base da superação. Abraços.
16/04/2021 at 11:20
Leo: este é o problema.
A gente não consegue contratar nem o Ademir, como vamos contratar jogadores de peso?
Abs.
15/04/2021 at 10:02
Bom dia a todos!
VER-GO-NHA!!!
Nenhum adjetivo qualifica melhor o que eu e, acredito, a maioria dos palestrinos estamos sentindo. Inadmissível a perda da Recopa e concordo em todos os aspectos com a análise.
Duas taças que estavam nas mãos e tivemos a incompetência de desperdiçar ambas!
VER-GO-NHA!!!
16/04/2021 at 11:20
Tiago: é o que eu sinto neste momento.
Abs.
15/04/2021 at 8:37
Bom dia, Márcio.
Excelente crônica e me permita adicionar alguns outros comentários.
Considerando o que foi o futebol apresentado pelo Palmeiras, eu daria nota para apenas um jogador e seria um 10: Rony. Esse cara pode ter todas as limitações possíveis e imagináveis que um jogador pode ter, mas foi o único em campo que demonstrou respeito pela camisa que vestia e seriedade para encarar uma final como ela precisa ser encarada.
Em se tratando da questão psicológica, me permita discordar da sua análise. Para mim, quanto mais inserido em ambientes de decisão, mais forte o atleta fica. A pressão começa a fazer parte da sua rotina e ele vai aprendendo a dominá-la. Basta ver o exemplo de atletas multicampeões em esportes individuais. Inteligência emocional é fundamental para esportistas de alto desempenho.
Soberba? Talvez. A sensação do “já ganhou” pode, sim, ter colaborado para a displicência que assistimos.
Porém, se me perguntarem quem foi o grande vilão dessa vexatória derrota, eu não pestanejo em dizer um nome: Abel. Ele foi muito infeliz na escalação inicial e nas substituições que fez e deixou o Palmeiras sem a menor criação no meio campo e poder ofensivo. Breno Lopes foi um zero à esquerda, Danilo, PP, Viña, Marcos Rocha e Wesley não jogaram absolutamente nada e as substituições em nada ajudaram.
Uma semana infeliz, que poderia ter coroado uma temporada excepcional.
Um abraço.
Valter
16/04/2021 at 11:19
Valter, salve!
Sua análise em relação a atletas de esportes individuais está correta, mas não se aplica a atletas de esportes coletivos.
E a razão é simples: existe sempre a chance real de contaminação.
Em relação a Rony, seu problema é a gigantesca dificuldade que ele tem em finalizar – de cada 10 chances claras, ele perde 7.
Mas no que diz respeito à entrega, nota 10 por cara.
Abs.
15/04/2021 at 8:30
Ontem aconteceu o “cúmulo da incompetência”. Jogavam pelo empate, saíram na frente e levaram a virada no final do jogo. Na prorrogação tiveram um pênalti a favor e perderam. Na disputa de pênaltis perderam a Taça. O que mais esperar desses incompetentes? Só esse ano já perderam 3 disputas nos pênaltis. Chega! Acho que eles tem até de agradecer por não ter publico nos estádios pois do contrario a chapa já estaria esquentando para eles.
15/04/2021 at 14:44
Um centro avante só não vai resolver, precisamos também de um meia armador, um lateral direito e um zagueiro central também. O negocio é que o Kojak quer comprar jogador como “bolacha quebrada”, e aí eu digo: valeu a pena gastar tanto dinheiro com um monte de “pé duro”. Se não tem dinheiro, traz o Deyvinson de volta pelo menos vai arruaçar a vida dos zagueiros adversários.
16/04/2021 at 11:25
Farani: o Deyverson é ruim de doer, todos sabemos.
É uma espécie de Rony.
E de Rony já estamos “bem” servidos.
Abs.
16/04/2021 at 11:17
Verdade, Farani.
Se tivesse torcida, não seria apenas a cabeça do Luan que estaria a prêmio.
Abs.
15/04/2021 at 7:59
Penso no Palmeiras como um gigante a nível mundial.
…e tem que ter uma Diretoria a nível Mundial !
Essa Diretoria tem que fazer uma análise sobre erros crassos, por exemplo, a cotovelada do Luan sem sentido nenhum que estourou a cara do Diego Souza, e o lance do Vina.
Lances com o Var, equipamento extremamente detalhista !
Essa Diretoria tem que fazer uma análise profunda no elenco, contratações pontuais, jogadores não confiáveis nem pra reserva, etc…
Eu que sou um eterno critico, agora estou pensando com o copo meio cheio !
Feliz pela conquista dos títulos da Libertadores e Copa do Brasil, mas aguardando as providencias da Diretoria do Palmeiras.
Abcs.
16/04/2021 at 11:16
Jair: este é o problema.
Além de estar com a mão fechada (nem o Ademir os caras conseguem trazer!) e ser muito lenta, nossa diretoria é muito passiva.
Por que jogar a Supercopa entre as partidas da Recopa? Será que não perceberam que isso era uma forma de a CBF atrapalhar a gente em dois torneios? Cara: bate com o pau (se não tiver, vai com a mão, mesmo) na mesa e diz: “Não jogar neste domingo e que se dane o mundo”.
Mas, cadê culhões para tanto?
Abs.
15/04/2021 at 5:45
Bom dia a todos!
Faltou vc mencionar a roubada de bola do Wesley no primeiro tempo,em que a arbitragem deu falta. Ia ficar cara a cara com o goleiro.
Na minha opinião foi ridículo o teatro do GG no rebote do pênalti.
A incompetência (do técnico também) e falta de raça de alguns jogadores superaram a má intenção e ruindade da arbitragem.
Vina: esse cara até que joga com vontade, nas é burro demais.
GG: falhou no gol de empate e que cobranças ridículas. Zagueiro que se prese não pode bater pênaltis daquele jeito.
Emperuer: se acha o Bekembauer, dá uma bica na bola c…
Danilo: parecia uma barata tonta no meio e muito fraco fisicamente.
RV: joga uma boa e dez ruim.
Luiz Adriano: parece que ele veio de uma balada. Comprometimento zero. Ele entrou descansado e não deu um combate, aliás nem pegou na bola e ainda perdeu o pênalti de novo.
Wesley:tá se achando demais. Perde bolas fáceis e passes muito ruim.
Mike: até quando? O cara não inspira nenhuma confiança e doido pra fazer cagada.
Veron:muleke com 18!anos e tá podre. Perdeu um gol inacreditável e se machucou sozinho.
O restante até que não comprometeram.
O único que merece um parabéns é o Roni.
A entrega e vontade desse jogador são de tirar o chapéu.
Nos dois jogos ele foi muito bem. incansável.
16/04/2021 at 11:14
Zé: o problema do Rony é a gigantesca dificuldade que ele tem em finalizar – de cada 10 chances claras, ele perde 7.
Mas no que diz respeito à entrega, nota 10 por cara.
Abs.
16/04/2021 at 14:30
Sim, concordo com a deficiências técnica do Roni.
Mas tem jogos, e principalmente contra argentinos, como por exemplo esse contra o Defensa, mesmo com todas as adversidades (arbitragem, expulsão, cansaço, etc), a RAÇA tem que prevalecer a técnica, coisa que não não aconteceu neste jogo com a maioria dos jogadores.