Palmeiras estreia no Paulistinha como o torneio merece: sem lhe dar muita bola

Meus amigos.

Quando o Palmeiras se sagrou campeão paulista no ano passado, recebi algumas críticas por, ainda assim, continuar chamando a competição estadual pelo seu diminutivo. Minha resposta àqueles que me criticaram foi simples: só voltarei a chamar o torneio pelo seu nome correto ou, então, pelo aumentativo como é mais conhecido no dia em que a Federação Paulista de Futebol voltar a dar ao nosso clube o respeito que ele merece. Como isso ainda não aconteceu – e parece longe de acontecer –, para mim ele seguirá sendo somente “Paulistinha”.

Querem uma prova? O clássico desta noite, disputado em Itaquera sob intenso temporal durante vários minutos. Mesmo tendo a final da segunda competição mais importante do País no próximo domingo, a entidade não atendeu à solicitação da diretoria e manteve o jogo, numa claríssima evidência de que não está nem um pouco preocupada se um de seus principais filiados será ou não mais uma vez campeão em nível nacional. Com a experiência de quem está no futebol há mais de 32 anos e que conhece a FPF, eu lhes asseguro: qualquer outro clube em situação idêntica teria sido atendido. Mas o Palmeiras, porque já há alguns anos peita o órgão sobretudo no que diz respeito à arbitragem, é sempre visto com maus olhos.

Por isso, achei corretíssima a decisão de Abel Ferreira em mandar a campo uma equipe totalmente reserva e promover a estreia de garotos do Sub-20 e até do Sub-17 neste derby. Aliás, não fosse o dilúvio que caiu entre o fim do primeiro tempo e o começo da etapa final e estou certo de que teríamos ganhado de novo. Explico: mesmo sem seus principais jogadores, o Verdão não só dominava amplamente o derby – tanto que abrira 2 a 0 no placar – como também tinha jogadores que tocavam a bola. A partir do momento em que o campo daquilo que “eles” chamam de estádio passou a ter mais água do que grama, este fator equilibrou as ações e nós sofremos o empate.

Vale lembrar, porém, que não fossem dois vacilos de nossa parte, o adversário jamais teria empatado o jogo: no primeiro gol “deles”, Luan não conseguiu cortar o cruzamento e permitiu que a bola chegasse a Matheus Vital, que se aproveitou de um escorregão (olha a água aí de novo…) de Gabriel Menino; no segundo, a indecisão e a demora de Vinícius em abandonar a meta facilitaram a vida de Rodrigo Varanda.

Sei que você, torcedor palmeirense, queria mais uma vitória sobre nosso maior rival – eu também queria. Mas para um campeonato que marca seu maior clássico logo para a segunda rodada, numa indiscutível prova da mais ampla e total burrice, este treininho que fizemos na Zona Leste até que ficou de bom tamanho.

ANÁLISES INDIVIDUAIS

VINÍCIUS – 5
REGULAR

GABRIEL MENINO – 4,5
RUIM

LUAN – 5,5
SATISFATÓRIO

RENAN – 5
REGULAR

LUCAS ESTEVES – 5
REGULAR

DANILO – 6
BOM

GUSTAVO SCARPA – 5,5
SATISFATÓRIO

LUCAS LIMA – 6
BOM

BRENO LOPES – 6
BOM

GABRIEL SILVA – 6,5
MUITO BOM

WILLIAN BIGODE – 6
BOM

ABEL FERREIRA – 6
BOM

VICTOR LUÍS – 5,5
  SATISFATÓRIO

GARCIA – 5
REGULAR

PAPAGAIO – 5
REGULAR

FABINHO – 5,5
SATISFATÓRIO

GIOVANI – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO

CRÉDITO FOTOS: CÉSAR GRECO/AG. PALMEIRAS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO