Palmeiras prova que final de Copa do Brasil não é lugar para time de Série B
Meus amigos.
Faço questão de começar este bate papo com vocês salientando ter ciência de que o título e a linha fina desta crônica pós-jogo podem parecer ofensivos ao América/MG, mas sinceramente não é esta a minha intenção. Quando os escrevi, apenas quis deixar bem claro e reavivar na memória de muitos torcedores e também de inúmeros colegas de profissão uma máxima antiquíssima que afirma, sem rodeios, o seguinte: no futebol, grande é grande, e pequeno é pequeno.
Por falar no adversário desta noite, também não poderia deixar de elogiar o excelente trabalho realizado por Lisca. O Coelho acabou sendo bem mais complicado para o Palmeiras do que todos poderíamos imaginar, e se isso aconteceu foi, também, devido ao talento do seu treinador, que aliás já atingiu (senão matematicamente, pelo menos certamente) o principal objetivo da temporada: recolocar a equipe mineira, hoje na Série B, na elite do futebol brasileiro em 2021.
Mas nós estamos aqui para falar do Verdão, e sobre o nosso time é preciso que façamos justiça. Como disse algumas vezes em encontros passados que tivemos nesta página, não é apenas o cansaço físico que vem nos causando uma visível queda de qualidade. O fator psicológico também pesa, e muito, nas costas dos jogadores palmeirenses, que (assim como se deu na Libertadores, quando enfrentaram minúsculas equipes como Delfín/EQ e Libertad/PAR) sabiam da obrigatoriedade de classificação na Copa do Brasil após terem tido pela frente, apenas times menores em história, orçamento e torcida – Bragantino/SP, Ceará/CE e América/MG. Tais desgastes – o corporal e o mental – acabam por influenciar negativamente qualquer grupo, e por isso esta classificação – assim como a que nos levou às semifinais da Copa Libertadores – devem ser muito comemoradas por todos nós.
Sobre o jogo, após o terrível primeiro tempo (em que não jogamos nada mas, pelo menos, também não permitimos que o adversário jogasse) e o começo da etapa final com o Coelho tentando virar pássaro e criar asas, entraram em campo dois detalhes preponderantes: a rápida e precisa intervenção de Abel Ferreira, que logo aos 16 minutos mexeu três vezes no time, e a qualidade do nosso elenco, pois não é qualquer equipe que, em seu banco, pode se dar ao luxo de ter nomes como Patrick de Paula, Lucas Lima e Gustavo Scarpa.
Com PP, o Verdão melhorou demais a saída de bola e, ao mesmo tempo, acabou com a festinha que o América/MG começava a fazer em nossa intermediária defensiva, algo que Gabriel Menino, visivelmente extenuado, não conseguia realizar e nem impedir. Já com LL, ganhamos demais na criação de jogadas e nas bolas paradas, funções as quais, mais uma vez, Raphael Veiga não desempenhou. Por fim, com GS o fraco Viña ganhou um auxílio na marcação pelo lado esquerdo, setor no qual o ótimo Ademir, cansado de perder bolas para Danilo no meio e percebendo a fragilidade defensiva do uruguaio, já tentava se instalar.
Estas três alterações foram fundamentais para que a vitória por 2 a 0 acontecesse. Graças a tais mudanças, enfim encaixamos um contra-ataque e abrimos o placar com uma finalização exata de Luiz Adriano e, pouco depois, chegamos ao segundo gol devido a uma falta sofrida e concluída pelo limitadíssimo, porém incansável, Rony. Ou seja: bastou ao Palmeiras jogar um pouquinho, mas só um pouquinho, para rapidamente garantir a classificação à sua quinta decisão de Copa do Brasil.
Agora, prezado palmeirense, a história muda completamente de figura. Tanto no torneio nacional quanto na competição continental, nossos adversários são tão grandes quanto nós e possuem história e torcida que se ombreiam à nossa. Portanto, se quisermos ir ainda mais adiante em ambos os campeonatos, teremos de encarar os dois olhando diretamente em seus olhos e lhes mostrando que a disputa nos será dificílima sim, mas também estará longe de lhes ser fácil.
Afinal, em nossa mais do que centenária trajetória conquistamos inúmeras taças, e quase sempre nossos oponentes eram equipes muito maiores do que um Ceará, um Bragantino, um América, um Delfín ou um Libertad da vida.
ANÁLISES INDIVIDUAIS
WEVERTON – 6
BOM
MARCOS ROCHA – 6,5
MUITO BOM
LUAN – 5,5
SATISFATÓRIO
GUSTAVO GÓMEZ – 6
BOM
GUSTAVO SCARPA – 5
REGULAR
DANILO – 6,5
MUITO BOM
GABRIEL MENINO – 5,5
SATISFATÓRIO
RAPHAEL VEIGA – 4,5
RUIM
WILLIAN BIGODE – 4,5
RUIM
LUIZ ADRIANO – 7
ÓTIMO
RONY – 6
BOM
ABEL FERREIRA – 7
ÓTIMO
PATRICK DE PAULA – 6
BOM
GUSTAVO SCARPA – 5,5
SATISFATÓRIO
LUCAS LIMA – 6
BOM
MAYKE – 5,5
SATISFATÓRIO
CRÉDITO FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO
02/01/2021 at 15:25
Boa tarde a todos!!
Acabamos com receio de ser eliminado por uma equipe de segunda, mas sem esquecer que essa mesma equipe eliminou 2 que se acham grandes.
Agora acabou mesmo a moleza.
Sou teremos pedreiras pela frente.
Muito confiante de sermos campeões da CB, Libertadores e Mundial.
Os Deuses do futebol estão de verde branco.
Vamos PALMEIRAS!!!!
03/01/2021 at 1:24
Zé: para ganharmos tudo o que você falou, os deuses do futebol terão de estar não vestidos, mas pintados – e dos pés às cabeças – de verde e branco.
Abs.
31/12/2020 at 18:26
Grêmio é freguês. A tradição deve prevalecer.
31/12/2020 at 15:01
Boa tarde, Márcio.
Não vou me estender nos comentários de hoje, até porque você mandou bem em sua crônica pós jogo.
Então vai aí uma pergunta e você precisa responder honestamente, deixando a paixão de lado: quem leva o título? Grêmio ou Palmeiras?
Um abraço.
Valter
31/12/2020 at 15:34
Valter: apesar de o Grêmio/RS ter chegado à final com mais méritos, pois eliminou uma grande equipe, o confronto é mesmo muito igual.
Dependerá muito do resultado do primeiro jogo que, aliás, só acontecerá dentro de um mês (isso se acontecer, pois se formos campeões da Libertadores na oportunidade já estaremos disputando o Mndial)..
Torço, claro, pelo Palmeiras, mas se tivesse de apostar 100 paus, colocaria neste momento 50 paus em cada um.
Abs.
31/12/2020 at 14:01
Olá Márcio e amigos! Gostei do sistema defensivo, mesmo um time extenuado pouco sofreu. Do Danilo para trás, foram bem. De lá para frente, o Abel corrigiu. Parabéns ao Verdão. Feliz ano novo, de muitas conquistas!
31/12/2020 at 15:31
Paulo: respeito sua opinião, mas o Viña, de novo, não passou confiança em minha opinião.
Que tudo lhe seja verde e branco e 2021.
Abs.
31/12/2020 at 8:03
Bom dia caro Trevisan, primeiro queria parabenizar o Palmeiras por estar na Final da Copa Brasil, pois esse é o seu lugar, disputar finais.
Agora temos que melhorar e sei que o cansaço físico e mental já está no limite, porém temos elenco para mesclar.
Não podemos esquecer que o Grêmio nos eliminou da Libertadores, e vamos ter que provar mais.
Temos pedreira na próxima semana, sabemos que não vai ser fácil, é só jogar sério.
Abraço caro Trevisan e Feliz 2021.
31/12/2020 at 15:31
Alfano: retribuo os votos.
Quanto a sermos finalistas da Libertadores e campeões da Copa do Brasil, é possível. Mas teremos de jogar o que não jogamos até agora.
Abs.
31/12/2020 at 7:16
Opa. Ó eu aqui ó, o primeiro a comentar de novo. “Grande é grande, pequeno é pequeno” hehehe, aí vc acabou de enterrar os caras, com certeza até ontem eles deviam estar se achando grandes. E Márcio, o Bigode não ganha uma jogada, não ganha uma sequer, tá mal hem. Bóra Verdão, passar pelo River e fazer a final da libertadores também.
31/12/2020 at 15:29
Tadeu: desta vez vc perdeu para o Jair (olha aí embaixo).
Mas o que importa é que de novo apareceu por aqui.
Quanto a ganhar do River, é possível. Mas precisaremos jogar tudo o que não jogamos até agora.
E digo mais: é menos difícil passar por eles do que vencer a Libertadores em jogo único.
Abs.
31/12/2020 at 7:11
Chegamos na final
Parabéns.
Mas…O empresário do bibelo Rafael Veiga tem que ser muito elogiado.
Empresário competentissimo !
Abçs
31/12/2020 at 15:28
Jair: não sei o que acontece com RV.
O cara vivia a melhor fase da carreira e, de repente, voltou ao que sempre foi – ou seja, quase nada.
Abs.