TUDO BEM NO ANO QUE VEM

Empate na Vila mantém vivas chances do endeca. Mas título brasileiro não é mais prioridade.

Meus amigos.

Sei que o que vocês irão ler nesta crônica pós-jogo certamente os desagradará. Afinal, enquanto houver chances matemáticas para que um objetivo seja alcançado, é papel de todo torcedor que se preze acreditar em seu time. E, pelos números, é claro que o Palmeiras ainda pode ser campeão brasileiro pela 11ª vez nesta temporada.  Só que é exatamente isso: o Verdão pode faturar a taça, mas não deverá faturar a taça.

Por quê? Elementar, prezado palmeirense: se em vez de empatarmos tivéssemos vencido o Santos/SP na molhada tarde de hoje, até que o sonho do endecacampeonato nacional se manteria vivo, mas como só empatamos e o “se” não joga, a verdade é que ficou difícil. Além disso estamos, neste momento, seis pontos atrás do líder que, para piorar, aumentará esta distância para nove pontos se vencer seu compromisso neste domingo – o que, aliás, é bem provável. Isso, claro, sem que falemos das outras equipes que estão à nossa frente e que também poderão se distanciar ainda mais.

Em relação ao jogo da Vila Belmiro, não há muito o que falar. Uma situação é jogar muito desfalcado diante do Delfín/EQ ou do Atlético/PR; outra, muito diferente, é jogar muito desfalcado contra o Peixe – e no aquário dele. Como já era de se esperar, Marinho e Soteldo deram um baile em Viña e Mayke. E por onde levamos os dois gols? Ofensivamente, mais uma vez vimos Bigode perder uma ótima chance, e percebemos que quando não temos pelas pontas jogadas em velocidade e de qualidade, perdemos boa parte de nossa força. Para finalizar, o técnico interino até acertou em colocar Breno Lopes, pois assim dobrou a marcação em Marinho, mas errou ao sacar Lucas Lima, já que quem “pedia” para sair era Raphael Veiga.

De qualquer forma, o Campeonato Brasileiro já não é a prioridade para o nosso time. Nas semifinais da Copa do Brasil (e favorito para ir a mais uma decisão) e nas quartas de final da Libertadores (e igualmente com mais chances de seguir adiante), o Palmeiras não só pode como deve priorizar ambas as competições. Não estou, aqui, cravando que se assim o fizer – ou melhor: já o faz – nossa equipe será campeã de ambas ou mesmo de uma delas, mas obviamente os títulos das duas estão mais próximos, mais palpáveis, do que o do Brasileirão. Em outras palavras: a meta palmeirense na maior competição nacional, a partir de agora, será terminá-la entre os quatro ou, pelo menos, entre os seis primeiros, garantindo desta forma uma vaga na edição de 2021 da Liberta caso não vençamos neste ano tanto o torneio sul-americano quanto o tupiniquim.

Adiemos, assim, o sonho do endeca para o ano que vem. Até porque, caríssimo torcedor, 2021 é logo ali.

ANÁLISES INDIVIDUAIS

WEVERTON – 6,5
MUITO BOM

MAYKE – 5
REGULAR

LUAN – 5
REGULAR

EMPEREUR – 4,5
  RUIM

VIÑA – 4
MUITO RUIM

ÉMERSON SANTOS – 6
BOM

ZÉ RAFAEL – 5,5
SATISFATÓRIO

LUCAS LIMA – 6,5
MUITO BOM

RAPHAEL VEIGA – 6
BOM

GABRIEL VERON – 6
BOM

WILLIAN BIGODE – 5,5
SATISFATÓRIO

VÍTOR CASTANHEIRA – 5,5
SATISFATÓRIO

GABRIEL SILVA – 5
REGULAR

BRENO LOPES – 5
REGULAR

KUSCEVIC – 6
BOM

CRÉDITO FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO

08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO

8 Responses to TUDO BEM NO ANO QUE VEM

  1. Bom dia, Márcio.

    Eu diria que este foi um dos jogos mais fracos sob o comando do Abel. Me fez lembrar o Palmeiras de alguns jogos atrás.

    O baile que o Viña e o Empereur levaram do Marinho foi de dar dó. Na minha opinião, o Empereur é limitado, um zagueiro bem abaixo daquilo que temos no elenco, e o Viña assusta em determinados momentos.

    Concordamos em relação ao assunto principal da sua crônica pós jogo. O foco do Palmeiras deve ser a Libertadores e a Copa do Brasil. Mesmo porque, com a saída de Flamengo e Atlético Mineiro de ambas, da quase iminente desclassificação do Inter na Libertadores e do São Paulo jogando a Copa do Brasil, a tendência é ficar cada vez mais difícil conquistar o Brasileirão.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Esse tal de Empereur vai ter de me convencer que pode jogar no Palmeiras, pois em sua real primeira chance foi muito mal.

      Por outro lado, gostei bastante do Kuscevic que, mesmo em poucos minutos, conseguiu um certo destaque.

      Abs.

  2. Roberto Alfano

    Bom dia, valeu pois saímos perdendo ainda no primeiro tempo, bem lembrado caro Trevisan, agora é focar nas próximas competições e manter seriedade nas primeiras partidas.

    Já na Terça temos um compromisso importantíssimo, força Verdão em frente.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Alfano: em termos de Brasileirão creio que a situação ficou quase impossível.

      Para mim, nesta competição o Palmeiras tem três objetivos: terminar entre os quatro primeiros, ganhar do São Paulo/SP e, se for necessário, perder para o Atlético/MG (rs…).

      Abs.

  3. Concordo plenamente com o Trevisan, brasileirão já era, agora é focar nas copas.

  4. José Aparecido-Mogi das cruzes

    Bom dia a todos!
    Tudo bem que estávamos desfalcados, mas não podia dar tantos “milhos”.
    Vina e emperuer jamais poderão jogar juntos.
    O lado esquerdo da nossa defesa foi a mina de ouro do santos, ou a baba do boi na gíria futebolística.
    Aliás não é de agora que o vina falha tanto.
    O técnico deveria ter arrumado aquele setor logo após o primeiro gol.
    LL e RV, será que voltaram aos velhos tempos?
    Bigode: irreconhecível. Oque aconteceu com esse cara?
    Tá na hora desse muleke GS deixar de perder tantos gols.

    • Márcio Trevisan

      Zé: concordo com quase tudo que vc escreveu.

      Só discordo em relação ao Lucas Lima que, a meu ver, foi muito bem – mas não tanto quanto em outras partidas, claro.

      Em relação ao Viña, ele apoia bem e cruza razoavelmente bem, mas não é um bom marcador e passa muito, mas muito ma.

      Estranho como possa ser titular da seleção do Uruguai.

      Abs.

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