Possibilidade de título no Brasileirão ainda é pequena. Mas não custa nada sonhar.
Meus amigos.
Dentre os vários juramentos que um jornalista faz ao receber seu diploma universitário se destaca um que diz: “Juro, no exercício das funções de meu grau, assumir meu compromisso com a verdade e com a informação”. Ok: sei bem que nem todos os colegas assim agem durante todo o tempo, mas este periodista aqui, garanto a vocês, age. E é em nome deste posicionamento que me vejo obrigado a dizer, agora, o que no fundo talvez todos saibamos, mas que lutamos para não assumir: o Palmeiras ainda está longe de ser um dos favoritos ao título do Campeonato Brasileiro deste ano.
Muitos de vocês, agora, podem estranhar esta opinião. Afinal, o Verdão venceu mais uma – a sexta seguida e a terceira consecutiva no Brasileirão –, se aproximou do líder momentâneo da competição e, claro, tem elenco que o qualifica, sim, a ser um dos postulantes a fazer a festa em fevereiro do ano que vem. Ocorre, meus amigos, que devido a tudo o que estamos enfrentando, a classificação geral não aponta a verdade cristalina dos fatos.
Estamos, é fato, a apenas 5 pontos do Internacional/RS, e temos uma partida a menos do que o clube gaúcho. Mas o que deve ser levado em consideração neste momento não é a distância entre as equipes, e sim a porcentagem de aproveitamento de cada time. E é aí que o bicho ainda pega, e muito, para a gente. Dos cinco clubes que por ora estão à nossa frente em pontos, quatro têm um desempenho superior ao palmeirense. Aliás, por este critério, o melhor de todos, até agora, é o São Paulo/SP, com 64.7%). Em seguida aparecem, pela ordem, Atlético/MG (61.4%), Inter/RS (60.0%) e Flamengo/RJ (58.3%). Já o Palmeiras tem apenas 54.4% de aproveitamento.
Então, a vitória por 1 a 0 sobre o Vasco da Gama/RJ, no horrendo gramado (?) de São Januário, hoje à tarde, não vale para nada? Claro que vale: vencemos mais uma, somamos mais três pontos, seguramos o resultado por 15 minutos com um jogador a menos em campo (o que fortalece a equipe), o time ganha um pouco mais de confiança, o novo treinador ganha um pouco mais de tranquilidade para trabalhar, etc. Tudo isso é muito bom, mas também ainda é muito pouco. Por enquanto, a verdade é que o sonho de mais um título do Brasileirão ainda mora longe.
Que os nossos sonhos – e os nossos jogadores – sejam capazes de buscá-lo.
ANÁLISES INDIVIDUAIS
WEVERTON – 6,5
MUITO BOM
GABRIEL MENINO – 4,5
RUIM
LUAN – 5
REGULAR
GUSTAVO GÓMEZ – 6
BOM
VIÑA – 4,5
RUIM
FELIPE MELO – 6,5
MUITO BOM
ZÉ RAFAEL – 5,5
SATISFATÓRIO
RAPHAEL VEIGA – 5,5
SATISFATÓRIO
RONY – 4
MUITO RUIM
LUIZ ADRIANO – 6,5
MUITO BOM
GABRIEL VERON – 5,5
SATISFATÓRIO
ABEL FERREIRA – 6,5
MUITO BOM
WILLIAN BIGODE – 5
REGULAR
MARCOS ROCHA – 6
BOM
DANILO – 5
REGULAR
LUCAS LIMA – 6
BOM
GUSTAVO SCARPA – 5
REGULAR
CRÉDITO FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO
09/11/2020 at 16:53
Existe outro fator a ser considerado: devido a um catastrófico planejamento (se podemos dizer que houve um), estamos com um elenco extremamente enxuto. Um monte de jogadores no DM, um monte servindo suas seleções, parece que o gajo só vai ter 17 jogadores à disposição contra o Ceará.
Parece que contrataram 2 jogadores esses dias, mas obviamente não estarão à disposição por enquanto. E será um fator de peso no restante dos campeonatos a disputar.
10/11/2020 at 1:01
Pois é, Fábio.
Os dois caras que chegaram são zagueiros (se bem que um deles também atua na lateral esquerda).
Diante desta situação, creio que precisaríamos de um atacante pelos lados.
Mas com a lentidão do nosso diretor, fica difícil.
Abs.
09/11/2020 at 14:21
Boa tarde caro Trevisan, muito bom seu comentário, acabamos de perder mais um jogador o Felipe Melo, muitos dizem que ele só bate, vai fazer muita falta no nosso meio campo.
Nesta semana temos um bom teste para a temporada, força Verdão vamos em frente.
Abraço.
10/11/2020 at 1:00
Alfano, obrigado.
A sorte que demos no sorteio da Libertadores perdemos com as contusões de Wesley e Felipe Melo.
Agora, o que já não era fácil ficou ainda mais difícil.
Mas vamos em frente.
Abs.
09/11/2020 at 8:32
Bom dia, Márcio.
A vitória realmente foi muito importante, pelos motivos que você já citou acima. Discordo, porém, das críticas que o Abel fez ao gramado e me surpreende um técnico com tal jovialidade comentar sobre isso. Ou será que por ser jovem ele incorre neste comentário infeliz? O gramado é uma variável comum para ambos os lados e não venham me dizer que o time mais técnico sofre com o gramado ruim porque o futebol que o Palmeiras está apresentando nem é tão técnico assim.
Aliás, vi no futebol de ontem o mesmo futebol apresentado a algumas partidas atrás. Parece que Abel está herdando aquilo que realmente é o Palmeiras.
Concordo plenamente com seu comentário sobre quanto o Vasco/RJ é defensivo. Meu Deus do Céu, os caras estavam jogando em casa e abdicaram do ataque, postando os 11 jogadores atrás da linha do meio campo. É muita pequenez!
Por fim, mesmo sendo um sonho, Brasileirão tá difícil. Coloquemos nossos esforços para beliscar a Copa do Brasil e – quem sabe – a Libertadores. Além do título, a Copa do Brasil garante uma excelente premiação e a vaga assegurada para a próxima Libertadores, então, deixemos os clubes da parte de cima da tabela se matarem pelo título do Brasileiro. Sejamos pragmáticos.
Um abraço.
Valter
09/11/2020 at 12:04
Valter, salve!
Eu entendo a postura do Abel. O cara está acostumado com gramados nível Europa, e por aqui tem alguns que realmente não merecem nem comentários.
Quanto a quem perde mais, de fato o gramado é ruim para ambos os times. Mas se um deles está acostumado a jogar e a treinar nele, acaba, sim, levando alguma vantagem.
Por fim, concordo contigo: Libertadores e Copa do Brasil têm de ser nossas prioridades. Não será fácil ganhar nenhuma delas, mas será menos difícil do que ganhar o Brasileirão.
Abs.
08/11/2020 at 21:59
Jogo feio mas o que valeu foi os pontos.
09/11/2020 at 0:44
Concordo, Tadeu.
Não quero justificar o mau futebol, sobretudo o do primeiro tempo, mas ogar contra uma equipe que se posta com três zagueiros, dois volantes e dois laterais que pouco apoiam (ou seja: com sete jogadores defensivos) fica, mesmo, muito difícil.