Palmeiras joga o suficiente para vencer de novo e se classificar na Copa do Brasil

Meus amigos.

Assim como todos vocês, eu também esperava uma grande atuação do Palmeiras nesta noite. Afinal, motivos para isso não faltavam: estreia do novo treinador, adversário fraquinho, classificação praticamente garantida antes mesmo de o jogo começar, partida disputada em casa, etc. Então, por que isso não aconteceu?

Por duas razões muito claras. A primeira é que, justamente por já saber que a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil já havia sido sacramentada na semana passada, nossos jogadores visivelmente se pouparam em campo visando não somente à partida do próximo domingo, pelo Brasileirão, diante do Vasco da Gama/RJ (e fora de casa), mas também ao primeiro jogo da etapa seguinte do torneio nacional, que acontecerá já no meio da próxima semana contra um adversário que se conhecerá no fim da manhã desta sexta-feira.

Já o segundo foi uma fatalidade: a contusão de Wesley. Aquele que vinha sendo nosso melhor jogador nos últimos compromissos se machucou sozinho nos primeiros minutos da partida e teve de ser substituído. Sem ele, o Verdão perdeu muito de sua velocidade e quase todo o seu poder de improvisação. O jovem ponta-esquerda é daqueles jogadores que não se importam se o placar do jogo nos é ou não positivo, pois atua sempre em direção ao gol. Além disso, tem uma conscientização tática e um senso de apoio à marcação que Gabriel Veron, seu substituto, ainda não possui devido à pouca idade.

Por falar no caçula do elenco, o garoto não jogou mal – ao contrário: até iniciou a jogada que ele próprio transformou no único gol da noite após ótimo cruzamento de Viña. Mas embora muito talentoso e com um promissor futuro pela frente, Veron ainda não está pronto para ser o titular do time. Isso acontecerá em breve, é certo, mas não agora.

Por fim, gostaria de comentar rapidamente a respeito do nosso novo técnico. Abel Ferreira, pelo menos nesta sua primeira partida, mostrou ser um treinador calmo, que grita pouco e incentiva muito. Pode até ser que, em condições adversas, mude um pouco sua forma de agir à beira do gramado, mas não creio que seja adepto de berros e chiliques, tão comuns a muitos treinadores brasileiros. Outro ponto positivo foi testar durante uma partida (já que não tem tempo para treinar) uma nova formação tática, com Felipe Melo retornando ao meio da zaga – e montado desta forma nosso time com três zagueiros – e Gustavo Scarpa substituindo Viña na lateral esquerda, algo que deverá acontecer pelo menos no primeiro jogo da Copa do Brasil, já que o uruguaio (assim como Gustavo Gómez, Weverton e Gabriel Menino) desfalcarão o Palmeiras devido às Eliminatórias.

Em síntese, prezado palmeirense, foi uma estreia em que fizemos o mínimo para que alcançássemos o máximo.  Só que a partir de agora, a realidade dos três campeonatos que disputamos não nos permitirá tal luxo: se quisermos atingir o máximo, teremos sempre de fazer o máximo.

ANÁLISES INDIVIDUAIS

WEVERTON – 5,5
SATISFATÓRIO

GABRIEL MENINO – 5
REGULAR

LUAN – 5,5
SATISFATÓRIO

GISTAVO GÓMEZ – 5,5
SATISFATÓRIO

VIÑA – 6
BOM

FELIPE MELO – 6
BOM

ZÉ RAFAEL – 6
BOM

RAPHAEL VEIGA – 5
REGULAR

RONY – 5,5
SATISFATÓRIO

LUIZ ADRIANO – 5,5
SATISFATÓRIO

WESLEY – 5
REGULAR

ABEL FERREIRA – 6
BOM

WILLIAN BIGODE – 5,5
SATISFATÓRIO

GABRIEL VERON – 6,5
MUITO BOM

DANILO – 5
REGULAR

RAMIRES – 5
REGULAR

CRÉDITO FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO