Ramires se machuca, é substituído por Patrick de Paula e Palmeiras vence a Macaca
Meus amigos.
Sei que o título desta crônica pós-jogo pode parecer um tanto quanto sarcástico, mas sinceramente não foi este o meu objetivo no momento em que por ele optei. Na verdade, de fato entendo que foi exatamente no momento em que Ramires não suportou as dores devido à falta que recebeu ainda nos primeiros momentos do jogo e obrigou Wanderley Luxemburgo a substituí-lo que o Palmeiras começou a criar os caminhos que o levaram à vitória por 1 a 0 sobre a Ponte Preta/SP.
A entrada do jovem Patrick de Paula melhorou muito o nosso time por duas razões: a primeira é que, mais marcador do que o veterano atleta, deu mais liberdade para Zé Rafael para iniciar as jogadas ofensivas e, também, para chegar mais perto da área adversária – aliás, tivesse tido Lucas Lima uma apresentação apenas um pouquinho melhor, certamente o jogo ter-nos-ia sido bem mais tranquilo. O segundo motivo é que a atuação do jovem palmeirense foi a melhor dentre todos os que tiveram em campo, tanto em desarmes e roubadas de bola quanto em lances capitais, como naquele já nos acréscimos da etapa final em que, exclusivamente graças à sua intervenção, não levamos o gol de empate.
Mas se o “Imponderável futebol clube”, como dizia Nélson Rodrigues, nos ajudou – e muito – na reabilitação no Paulistinha, também é verdade que nossa equipe mostrou alguns pontos positivos que, na derrota para o Bragantino/SP, ficaram ausentes. O principal deles, a meu ver, foi a personalidade. Desde o começo da partida o Verdão deixou bem claro quem iria tomar as rédeas da partida, quem procuraria a vitória e, por consequência, quem estaria sempre mais próximo dela. À Macaca, como se previa dado o limitado time e ao ainda mais limitado técnico que possui, cabia apenas se defender e, vez ou outra, tentar um contra-ataque.
Tais qualidades foram méritos sobretudo do nosso treinador, que já havia deixado claro em suas entrevistas na semana passada que “o Palmeiras teria de jogar como Palmeiras”. Aliás, ao contrário do que acontecera em Bragança Paulista/SP, em Campinas/SP também ele viveu uma tarde bem mais feliz. Mesmo sendo obrigado a realizar duas substituições ainda no primeiro tempo, fato que por razões óbvias diminuiu drasticamente qualquer chance de mudanças táticas e técnicas, Luxa manteve a calma e o comando da equipe em campo. Além disso, quando percebeu que a Ponte Preta/SP começava a ganhar as ações no meio-campo, já na metade na etapa final, não teve vergonha de sacar o centroavante do time (por sinal, um dos melhores da equipe neste jogo) e colocar em seu lugar um segundo volante. A entrada de Bruno Henrique no lugar de Luiz Adriano acabou de vez com as já pequenas chances adversárias de alterar o placar do jogo.
Por fim, prezado internauta, não poderia terminar este texto sem citar Dudu. Se, como sempre acontece, ele está abaixo do que pode neste começo de temporada, desta vez parece-me que o problema é bem mais embaixo. Temo, sinceramente, que os problemas pessoais por que passa o atleta, e que se tornaram públicos no fim de 2019, estejam influenciando suas atuações e seu comportamento, pois só isso pode explicar os incríveis erros que vem cometendo neste início de 2020 e a absurda e merecida expulsão que teve no jogo deste sábado.
O Palmeiras precisa demais de Dudu. Se com ele são nossos objetivos neste ano não estão garantidos, com ele insano eles serão inatingíveis.
WEVERTON – 6
BOM
MARCOS ROCHA – 4,5
RUIM
FELIPE MELO – 5
REGULAR
GUSTAVO GOMEZ – 5,5
SATISFATÓRIO
VICTOR LUÍS – 5
REGULAR
RAMIRES – 5
REGULAR
ZÉ RAFAEL – 6
BOM
LUCAS LIMA – 5
REGULAR
WILLIAN BIGODE – 7
ÓTIMO
DUDU – 4,5
RUIM
LUIZ ADRIANO – 6,5
MUITO BOM
WANDERLEY LUXEMBURGO – 6,5
MUITO BOM
PATRICK DE PAULA – 8
EXCELENTE
MAYKE – 5,5
SATISFATÓRIO
BRUNO HENRIQUE – 5
REGULAR
CRÉDITO FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO
10/02/2020 at 14:19
Boa tarde, valeu por ser um jogo complicado lá em Campinas, e olha que eles bateram!!!!!
Concordo contigo caro Trevisan, no tocante ao Dudu, agora imagina sem ele!!!!
Abraço.
11/02/2020 at 1:48
Sem o Dudu, Alfano, costuma ser mais difícil.
Vamos ver como o time se sai sem ele diante do Mirassol/SP.
Abs.
10/02/2020 at 7:16
MARCIO … bom dia … Achei nossa apresentação “mais ou menos”. O Ramires tem que ficar fora do time titular e precisamos dar um choque eletrico no Lucas Lesma. Quanto ao Dudu, um psicologo lhe fara bem. sera que a diretoria ainda não pensou nisso? Pra mim o teste de fogo sera contra “eles”. Vou dizer mais: precisamos de contratações tais como: um centroavante, um meia que pense e jogue rapido e um lateral direito com urgência.
11/02/2020 at 1:47
Ildebrando: concordo em relação às três contratações. Mas elas precisam ser de jogadores que cheguem para ser titulares absolutos.
Em relação ao Dudu, sempre é difícil para o clube se envolver na questão pessoal do atleta. Para isso, ele teria de topar, o que nem sempre é fácil.
Por fim, creio que não teremos um teste de fogo contra “eles”, mas sim três – estou certo de que os enfrentaremos na Libertadores.
Abs.
09/02/2020 at 23:25
Não consegui assistir o jogo, só vi o gol. Vencer é sempre bom. Abraços.
10/02/2020 at 1:07
Ed: jogamos melhor, sobretudo no primeiro tempo, mas não conseguimos concluir com competência.
Também, quem mandou mandar embora o Borja e o Deyverson, não é mesmo?
Abs.
09/02/2020 at 13:16
Márcio. Concordo com vc e acho que o Luxemburgo pecou feio ao manter o Ramires como titular, porém teve a infelicidade de ter que alterar o time no do primeiro tempo e acertou nas substituicoes. Patrick de Paula veio pra ficar e um garoto sem ser preparado na base, mostrou o nosso verdadeiro futebol raiz, da varzea ao profissional. Quanto ao Dudu ainda está devendo futebol, mas ontem mostrou vontade e determinação, mas sem ser o jogador que conhecemos. Não gostei do Gustavo Gomes, achei desnecessário os avanços dele a área adversária e com essa atitude enfraquecer nossa defesa. Patrick de Paula e Zé Rafael, na minha opinião foram os dois melhores em campo.
10/02/2020 at 1:05
Manara: também estranhei os sucessivos avanços do GG.
Espero que ele não repita isso nos próximos jogos.
Abs.