Palmeiras tem segundo tempo perfeito e estreia com uma vitória do tamanho de Itu/SP
Meus amigos.
Por mais que alguns de meus colegas (e aqui se enquadram não só os “nutellas”, mas infelizmente também os “raízes” como eu) insistam em inventar novos nomes para jogadas, posições, esquemas táticos e tudo o mais que se refira ao tema, a verdade é que o futebol continua sendo tão simples – e por isso mesmo tão maravilhoso – como sempre foi. Na prática, basta escolher as melhores formações tática e técnica, atuar com determinação e sempre em busca do gol que as vitórias, salvo vez ou outra em que os deuses da bola resolvem agir, chegam com naturalidade.
A estreia do Palmeiras no Paulistinha de 2020 foi um bom exemplo disso. No primeiro tempo, Wanderley Luxemburgo escalou mal a nossa equipe em ambos os aspectos – taticamente, optou pelo 4-4-2 com aquele que seria o segundo meia, Raphael Veiga, deslocado para a esquerda e sendo muito mais um auxiliar de Victor Luís na marcação do que um companheiro de Lucas Lima na armação; tecnicamente, permitiu que o nosso time, justamente por se ver privado de jogadas mais agudas pelo lado esquerdo, não criasse uma única chance de gol durante toda a etapa inicial. Resultado: um futebol em tom pastel.
Se a teimosia do treinador em começar o jogo desta forma pode ser criticada, sua decisão em mudar tudo já no intervalo merece ser elogiada. E ele nem precisou pensar muito para conseguir isso: bastou única e tão somente sacar Veiga e colocar em campo a promessa Gabriel Veron. O garoto não fez uma grande partida – longe disso, por sinal –, mas apenas a sua presença em campo permitiu que Dudu, antes preso à ponta, pudesse muitas vezes aparecer também pelo meio, como se um ponta-de-lança fosse, e que Lucas Lima se aproximasse mais da linha de frente, então já formada por Veron, Dudu e Luiz Adriano.
Aliás, ao centroavante palmeirense um parágrafo à parte deve ser concedido. De fato, tem ele sido vítima de um ostracismo involuntário, já que com o esquema inicial a bola poucas vezes lhe chega. Então, o que faz ele? Corre em busca dela e, graças a isso, acaba se tornando não apenas um finalizador, mas também um criador de jogadas semelhantes à que deu início ao primeiro dos quatro gols alviverdes, todos eles marcados no segundo tempo. E, neste quesito, fica aqui um destaque a mais para o que fez Zé Rafael (de calcanhar).
Em síntese, prezado internauta: o futebol é algo até certo ponto simples. Alguns que nele vivem é que gostam de complicá-lo.
WEVERTON – 5,5
SATISFATÓRIO
MARCOS ROCHA – 7
ÓTIMO
FELIPE MELO – 6
BOM
GUSTAVO GOMEZ – 6
BOM
VICTOR LUÍS – 6
BOM
GABRIEL MENINO – 5,5
SATISFATÓRIO
RAMIRES – 5
REGULAR
LUCAS LIMA – 6,5
MUITO BOM
RAPHAEL VEIGA – 4
MUITO RUIM
DUDU – 5,5
SATISFATÓRIO
LUIZ ADRIANO – 6,5
MUITO BOM
WANDERLEY LUXEMBURGO – 6,5
MUITO BOM
GABRIEL VERON – 5
REGULAR
WILLIAN BIGODE – 6
BOM
ZÉ RAFAEL – 7
ÓTIMO
CRÉDITO FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO
23/01/2020 at 13:55
Taí um treinador que eu confio e não questiono, as vezes não entendo o que ele quer fazer mas sei que ele conhece muito e sabe o que está fazendo. Deixa ele trabalhar que vai dar certo.
24/01/2020 at 2:32
Ed: posso garantir que ele tem lá os seus defeitos, e não são poucos.
Mas, como treinador – repito: como treinador – foi o melhor com quem trabalhei e conheci.
Abs.
23/01/2020 at 13:38
Boa tarde, caro Trevisan, quando tem um Técnico que conheça esquema tático como o Luxemburgo, jogamos o segundo tempo da água para o vinho!!!
Valeu Verdão.
Abraço.
24/01/2020 at 2:31
Alfano, salve.
Permita-me corrigi-lo: jogamos o 2º tempo da água para o… verde! Rs…
Abs.
23/01/2020 at 12:09
Tivemos ontem uma amostra do grande Luxemburgo que muda o jogo no intervalo. Já estava fazendo falta um técnico assim.
24/01/2020 at 2:31
Fábio: ele sempre teve, sim, esta característica.
Mas em minha opinião continuará tendo que mexer no time se insistir em iniciar o jogo com RV.
Abs.
23/01/2020 at 9:18
MARCIO… Bom dia. Sera que vou queimar minha lingua com o Lucas Lima? Espero que não seja fogo de palha e que não trema quando for jogar com “eles”. Não gostei do Veiga,do Ramires e do Vitor Luiz. Quanto ao Luiz Adriano, ele precisa ser “municiado”, caso contrário não fara os gols que tanto esperamos. Domingo a pegada sera outra e vamos analisar melhor nossos atletas. Meu time ideal até agora é: Weverton, Marcos Rocha, Felipe Mello (até o V.H se recuperar), Gomes, Vitor Luiz (até contratar outro), Zé Rafael, Lucas Lima (fazer o que?), Menino, Dudu, Luiz Adriano e Veron.
23/01/2020 at 11:37
Ildebrando: às vezes, um jogador entende que, mesmo ganhando um super salário, é melhor se esforçar e jogar bem do que fazer corpo mole e ser criticado a toda hora.
Tomara que LL tenha aprendido a primeira opção. Por estes três primeiros jogos do ano, é o que parece.
Abs.
23/01/2020 at 9:13
Assisti o jogo e vi um time de boa qualidade técnica e física, mas muito aquém do ideal. Acredito que dentro de uns 30 dias, o Palmeiras poderá apresentar um bom futebol, com qualidade técnica e física.
23/01/2020 at 11:36
Manara: começo de temporada é assim mesmo.
E justamente por isso acredito que, domingo, o resultado mais provável será um empate.
Abs.
23/01/2020 at 8:15
Bom dia, Márcio.
Estrear com vitória – ainda mais com goleada fora de casa – é sempre bom. Como dissemos antes, o elenco continua a ser avaliado por Luxa, mas acredito que uma situação já ficou clara, pelo menos para mim: Gabriel Veron não pode ser reserva de Raphael Veiga. Esse último não vem jogando bem faz tempo e não merece a posição de titular.
Por outro lado, sinto que Bigode começa a criar asas de novo. Foi bem na Florida Cup e entrou relativamente bem ontem também. Trata-se de um problema bom para o Luxa resolver.
Por fim, acho muito interessante a ideia do Luxa em insistir com Felipe Melo na zaga e, principalmente, dar a ele a braçadeira de capitão. Só espero que o FM não se torne uma máquina de fazer pênaltis,já que a partir de agora estará rondando a nossa área com mais frequência e possui o histórico de não ser tão amigável em certos lances do jogo.
Um abraço.
Valter
23/01/2020 at 11:35
Olá, Valter.
Creio que RV já teve todas as chances do mundo com vários treinadores, e nunca convenceu. Mas a verdade é que Luxa o está escalando fora de sua posição e de suas características, o que evidentemente o complica ainda mais. Até acredito que, contra “elas”, ele será mantido, mas certamente não ficará no time por muito tempo.
Em relação ao Bigode, nada como uma pré-temporada, certo? O cara tem entrado muito bem e, por ora, é uma boa opção para qualquer posição do ataque.
Por fim, FM na zaga foi, ao meu modo de ver, uma estratégia inteligente do treinador. Se der certo, o cara encontrou uma nova posição para o atleta. Se der errado, ele poderá tirá-lo do time (algo que era a sua verdadeira intenção) sem criar um clima ruim.
Abs.