Palmeiras é o campeão da Florida Cup/2020. E “eles” não ficaram nem com o vice…

Willian Bigode fez o gol de mais um título internacional conquistado pelo Palmeiras

Meus amigos.

Apesar do título e da linha fina acima, não serei ingênuo a ponto de comemorar a conquista da Florida Cup obtida neste sábado pelo Palmeiras após vencer o New York Citiy/EUA, de virada, por 2 a 1 – e nem mesmo o fato de o time “deles” ter sido apenas o penúltimo colocado no torneio. Da mesma forma, se não a tivéssemos ganhado também não seria estúpido a ponto de criticar a equipe. A competição nada mais foi do que um treinamento de luxo, e as duas partidas que disputamos serviram infinitamente mais para que Wanderley Luxemburgo pudesse começar a decidir como montará a equipe nestes primeiros meses de 2020.

Sendo assim, compartilho com cada um de vocês minha opinião sobre o que vi do Verdão nos Estados Unidos, dividindo nosso time por posições. Sendo assim, ei-la:

Goleiros – A dispensa de Fernando Prass, embora tenha aborrecido grande parte da torcida, se explica não apenas pela avançada idade do agora camisa 1 do Ceará/CE mas também à qualidade técnica de Weverton e Jaílson.
Conclusão: ambos estão no mesmo nível e não teremos com o que nos preocupar nesta posição.

Laterais – Aqui a conversa muda de figura. Marcos Rocha e Diego Barbosa são razoáveis no apoio, mas limitados na marcação. Mayke é apenas mediano em ambas as funções, enquanto Victor Luís só sabe marcar – e olhe lá. Por isso gostaria muito de ter visto em campo Lucas Esteves, mas infelizmente ele acabou não jogando um único minuto no torneio.
Conclusão: a vinda de um novo lateral-direito seria uma boa, assim como um novo lateral-esquerdo caso Esteves não esteja, mesmo, preparado.

Zagueiros – A decisão de Luxa em recuar Felipe Melo para este setor pode dar certo, mas creio que levará um certo tempo. No primeiro jogo, ele nem sempre guardou posição e, na partida de hoje, errou feio no lance do gol dos americanos. Gustavo Gómez, enquanto estiver conosco, será titular absoluto. Já Luan, Pedrão e Émerson Santos não comprometeram e podem compor o banco.
Conclusão: Felipe Melo poderá perder a posição para Vítor Hugo e, se isso acontecer, pode ter certeza de que irá chiar e criar um clima ruim. Talvez a decisão de sua improvisação na zaga deva ser repensada.

Volantes – Se teve um jogador que aproveitou por completo esta Florida Cup foi Gabriel Menino. Destaque no primeiro jogo, foi quase tão bem também na segunda partida. Ainda precisa amadurecer, claro, mas é nome para ser, até mesmo, titular. Patrick de Paula também tem futuro, mas sentiu demais o peso de jogar no time de cima e necessitará de mais um tempo até se acostumar. Bruno Henrique manteve a média, porém talvez desfalque o time por alguns jogos devido à contusão que sofreu agora há pouco.
Conclusão – Ramires não, pelo amor de Deus!!! Não é nem 5% do jogador que foi no Cruzeiro/MG, no Chlesea/ING e na Seleção Brasileira. Está completamente fora de sintonia e parece longe, muito longe de poder ajudar.

Meias – Wanderley está apostando todas as suas fichas em Lucas Lima, e pelo menos nestes dois primeiros jogos o cara parece ter entendido que, no Palmeiras, esta será sua última oportunidade. Está brigando pela posse de bola, marcando a saída adversária e criando jogadas. Zé Rafael foi mais do mesmo: ora bem, com bons lances, ora dispersivo e lento. Alanzinho merece ser melhor avaliado e ter mais chances, pois pareceu ter um ótimo passe e jogar de cabeça erguida.
Conclusão: Raphael Veiga não dá. Ele não é mau jogador, mas não rende no meio, não rende pelo lado esquerdo, não cria, não conclui. Em síntese: é um jogador, mas não para um time do gigantismo do Palmeiras. Também por isso não abriria mão de Gustavo Scarpa neste momento.

Atacantes – Creio não ser preciso falar de Dudu, certo? Segue – e seguirá – sendo nosso principal jogador e o cara que terá a bola nos pés em todos os nossos ataques. Nestes dois jogos, porém, perdeu duas chances claras, uma no começo de cada partida, e precisa melhorar neste ponto. Luiz Adriano já mostrou ser um bom finalizador, mas precisa ser municiado. Se a bola não lhe chegar, será um peso morto. Willian Bigode, se em forma, é uma ótima opção tanto para o comando do ataque como para os lados do campo. Gabriel Veron é diferenciado, sim, e tem de fazer parte do grupo. Só não sei se a titularidade lhe faria bem neste momento, já que ainda é um adolescente.
Conclusão – Gostei demais de Wesley. Pode não ser tão habilidoso quanto Keno, por exemplo, mas mostrou personalidade em jogadas individuais, assistências e conclusões. Em minha opinião, deveria começar o ano como titular. Mas o maior reforço para este setor foi, sem dúvida, a saída de Deyverson. Muito obrigado, Getafe!

Para finalizar, vale lembrar que a fase de testes continua. A partir da próxima quarta, começaremos a disputar mais um Paulistinha.