Perfeito, Bruno Henrique é o destaque maior da goleada do Palmeiras sobre o CSA/AL

Um dos grandes dilemas do futebol envolve as partidas entre um time muito mais forte e outro muito mais fraco. Sempre que isso acontece, aquele que é superior fica numa difícil situação: se tropeça, torna-se vítima de “bulling” dos torcedores, sejam estes seus ou de outros, já que cometeu o imperdoável pecado de não dar ao adversário, por mais frágil que ele fosse, a devida atenção. E se se atua como se espera e vence com facilidade, nada mais fez do que a obrigação – afinal, seus jogadores são mais famosos, ganham infinitamente mais, vestem a camisa de um clube “n” vezes campeão. Ou seja: empurraram bêbados ladeira abaixo.

Obviamente, é mais ou menos isso o que estão falando do Palmeiras neste momento. Ao golear por 6 a 2 o CSA/AL dentro de casa, nosso time simplesmente tornou clara sua imensa superioridade técnica. E é verdade: por mais que estejam em seu elenco profissionais conhecidos, alguns deles inclusive já tendo vestido a camisa verde e branca, o fato é que a equipe de Alagoas nem em sonho pode se equiparar ao maior campeão do Brasil.

Ocorre, porém, que é exatamente de jogos assim que alguns jogadores se aproveitam, fato que se deu hoje com Bruno Henrique. Com uma atuação perfeita, o volante não só marcou dois gols como foi o responsável direto por outro deles, com uma talentosa e inusitada assistência com o peito. Além disso, inteligentemente soube se aproveitar da quase inexistência adversário no meio-campo ofensivo e não uma ou duas, mas inúmeras vezes, apareceu na frente e se tornou, de forma brilhante, aquilo que, muito antigamente, era chamado de “elemento-surpresa”.

Apesar da atuação de gala de seu meio-campista, o Verdão não chegou à goleada apenas graças a ele. Aliás, nossa equipe como um todo foi a responsável pelo show de gols, que não acontecia em jogos oficiais desde 11.03.2012, quando aplicamos o mesmo placar sobre o Botafogo/SP, em Ribeirão Preto/SP (dado curioso: um daqueles foi de Ricardo Bueno, o mesmo horrendo centroavante que hoje nos enfrentou).

Nossa posse de bola foi ampla e, ao mesmo tempo, profícua, pois sempre buscou o ataque; finalizamos durante todo o jogo, mesmo quando o ritmo, de forma natural, caiu na primeira metade do segundo tempo; nosso setor de armação tomou as rédeas da partida, tanto com Scarpa quanto depois, e ainda melhor, com Lucas Lima; e nossos atacantes poderiam, inclusive, ter levado o time a uma vitória ainda mais elástica.

Mas, embora obviamente sempre prefira falar de flores, é meu dever também lembrar os espinhos: tomamos dois gols que poderiam ter sido evitados, já que no primeiro Apodi teve todo o tempo do mundo para decidir de que forma chutaria e no segundo Gustavo Gómez cometeu um erro primário, cabeceando para trás, e não para frente. E estas falhas devem, claro, ser corrigidas imediatamente, pois o Brasileirão é um torneio que não permite vacilos sequenciais.

Até porque, meus amigos, nem todo adversário é um CSA/AL da vida.

 

ANÁLISES INDIVIDUAIS

WEVERTON – 6
BOM

JEAN – 5
REGULAR

GUSTAVO GÓMEZ – 5,5
SATISFATÓRIO

VÍTOR HUGO – 5
  REGULAR

DIOGO BARBOSA – 5
  REGULAR

FELIPE MELO – 6,5
  MUITO BOM

BRUNO HENRIQUE – 9,5
  PERFEITO

GUSTAVO SCARPA – 6,5
MUITO BOM

DUDU – 7
  ÓTIMO

LUIZ ADRIANO – 8
EXCELENTE

WILLIAN BIGODE – 5,5
  SATISFATÓRIO

MANO MENEZES – 7
ÓTIMO

HYORAN – 5
REGULAR

LUCAS LIMA – 7
ÓTIMO

MATHEUS FERNANDES – 5
REGULAR

Créditos Fotos: César Greco/Ag. Palmeiras

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO