Centroavante vive noite célebre e mantém Palmeiras na briga pelo endecacampeonato

O Palmeiras disputou nesta noite a partida número 5.998 de toda a sua história, e em apenas 309 destas (ou seja: em somente 5.15%) um único jogador conseguiu marcar pelo menos três gols (neste ponto, aliás, destaque para o inesquecível Heitor, que conseguiu o que se chama hoje de “hat-trick” nada menos do que 19 vezes – isso sem que falemos que fez quatro em oito jogos, cinco em três partidas e inacreditáveis seis gols em uma oportunidade).

Até certo ponto comum no futebol de antigamente, hoje tal feito é raro, ainda que no atual elenco do Verdão dois jogadores tenham, recentemente, obtido tal façanha: Hyoran, que marcou três vezes na goleada amistosa sobre o Alajuelense/CR, em 8 de julho do ano passado, e Borja, autor de todos na vitória por 3 a 1 sobre o Junior Barranquilla/COL, em 16 de maio de 2018).  

Os dois parágrafos acima já deixam bem claro o tamanho do feito conseguido por Luiz Adriano nesta terça-feira. Os 3 a 0 que o Palmeiras impôs ao fraquíssimo Fluminense/RJ na Arena Palestra Itália, mais até do justos, foram importantes, pois mantiveram a equipe não só na briga pela conquista daquele que será seu 11º título do Campeonato Brasileiro como também bem próxima dos atuais líder e vice-líder, que estão apenas três e um ponto à nossa frente.

O mais interessante é que para conseguir marcar três vezes o centroavante palmeirense não precisou ser nenhum mágico ou super-homem. Na verdade, ele apenas soube estar no lugar certo na hora certa que, nos seu caso, significou estar dentro da área quando bolas a ele foram tocadas ou a ele sobraram. Ou seja: Luiz Adriano não fez nada além do que qualquer centroavante de boa qualidade tem que fazer e, apenas por isso, terminou a partida como o dono da bola (a qual, aliás, ganhou de presente ao final do jogo).

É claro que, para tanto, nosso novo camisa 10 precisou da ajuda de todo o time e, também, do treinador. Foi nosso “Fratello” quem montou o time mais ofensivo, com Dudu mais aberto pelo lado direito e Scarpa atuando no meio, aliás sua posição original. Além disso, a volta de Felipe Melo proporcionou a Marcos Rocha e Diogo Barbosa a possibilidade de apoiarem com maior frequência, já que o “Pitbull” sempre esteve pronto a cobrir os avanços de ambos os laterais.

Também tivemos, é fato, alguns momentos de queda de rendimento, como quando Scarpa perdeu um gol feito após toque de Luiz Adriano ou quando o ainda adolescente, mas já ótimo atacante, João Pedro chutou para fora a única chance real de gol que o horroroso time carioca conseguiu em toda a partida. Só que tais turbulências são comuns e acontecem em quase todos os jogos, e o mais importante é que, mais uma vez, o Verdão conseguiu passar por elas sem nenhum arranhão.

Por fim, e falando novamente do nosso centroavante, fica aqui a dica: basta mudar uma única letra de seu nome e todo mundo entenderá o tamanho de sua qualidade.   

ANÁLISES INDIVIDUAIS

FERNANDO PRASS – 6
BOM

MARCOS ROCHA – 7
ÓTIMO

LUAN – 5
REGULAR

VÍTOR HUGO – 5
  REGULAR

DIOGO BARBOSA – 6,5
  MUITO BOM

FELIPE MELO – 6,5
  MUITO BOM

BRUNO HENRIQUE – 5
  REGULAR

GUSTAVO SCARPA – 5,5
SATISFATÓRIO

DUDU – 5,5
  SATISFATÓRIO

LUÍS ADRIANO – 9
QUASE PERFEITO

WILLIAN BIGODE – 5
  REGULAR

MANO MENEZES – 6,5
MUITO BOM

THIAGO SANTOS – 5,5
SATISFATÓRIO

RAPHAEL VEIGA – 5
REGULAR

BORJA – 5
REGULAR

Créditos Fotos: César Greco/Ag. Palmeiras

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO