Vitória sobre o Inter/RS por apenas 1 a 0 obrigará Palmeiras a jogar muito no Sul para ir às semifinais

Aqueles que, como você, acompanham meu trabalho neste site sabem que, muitas vezes, rasgo elogios ao Verdão quando a equipe vence por um placar apertado. Noutras, mesmo quando a vitória se dá com certa folga, ressalto pontos que, ao meu ver, foram negativos, até para que não sejam repetidos posteriormente. Sei que isso, de certa forma, escancara uma enorme incoerência, mas é assim que sempre vi e sigo vendo o futebol – não me limito apenas ao resultado, mas principalmente à forma como ele foi obtido e, sobretudo, o que dele decorrerá.

E é exatamente este o ponto que tenho de ressalta em relação à vitória por 1 a 0 sobre o Inter/RS, nesta noite, na Arena Palestra Itália. É óbvio que o resultado nos dá a vantagem de poder empatar o jogo de volta, na próxima semana, e ainda assim garantirmos nossa presença nas semifinais da Copa do Brasil. O problema, meus amigos, é que voltar do Beira Rio com um resultado positivo nunca foi, nem nos tempos das duas Academias, algo simples para o Palmeiras. Só para se ter uma ideia, das 18 últimas partidas que disputamos na casa dos caras só ganhamos duas – uma em 1997 e outra em 2016. Além destas, empatamos outras cinco e perdemos…11! Daí a importância que teria apenas um golzinho a mais de diferença nesta noite.

É claro que o Verdão, mesmo diante de tais números, poderá voltar de Porto Alegre/RS classificado. Afinal, nossa equipe é bastante superior, tem pelo menos cinco ou seis jogadores hoje suplentes que seriam titulares absolutos no Inter/RS, conta com um sistema defensivo extremamente competente (sofreu somente 11 gols em 35 partidas, já incluídos aqui os dois que levamos no amistoso com o Guarani/SP). Além disso, ter jogado mal, errado uma inacreditável quantidade de passes, se equivocado sempre no último toque ou na conclusão, não significam que tudo isso se repetirá na próxima quarta-feira. Lá, de repente, Dudu poderá voltar a jogar bem, nosso meio-campo poderá voltar a criar mais chances e nosso centroavante poderá não atrapalhar tantas jogadas ofensivas.

Mas, desde já, os aviso: nossa classificação, se vier, será obtida a sangue. Por isso, meus amigos, espero que o doce sabor que ora sentimos não se transforme em um amargo sem fim.

FOTOS: MARCOS RIBOLLI

ANÁLISES INDIVIDUAIS

WEVERTON – 5
REGULAR

MARCOS ROCHA – 5
REGULAR

LUAN – 6
BOM

GUSTAVO GÓMEZ – 5,5
  SATISFATÓRIO

DIOGO BARBOSA – 5,5
  SATISFATÓRIO

FELIPE MELO – 6
  BOM

BRUNO HENRIQUE – 5
  REGULAR

LUCAS LIMA – 4,5
RUIM

ZÉ RAFAEL – 6
  BOM

DEYVERSON – 5
REGULAR

DUDU – 5
  REGULAR

LUIZ FELIPE SCOLARI – 5
REGULAR

RAPHAEL VEIGA – 4,5
RUIM

WILLIAN BIGODE – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO

THIAGO SANTOS – 5,5
SATISFATÓRIO

Créditos Fotos: César Greco/Palmeiras/Divulgação

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO