Eles nem disfarçam mais: arbitragem tenta, mas não consegue impedir outra vitória do Palmeiras.

Todas as vezes em que acontece um lance polêmico, contra ou a favor do Palmeiras, ocupo este espaço dizendo que não existe aquela história de que o árbitro entra em campo sabendo que deve fazer este ou aquele time ganhar ou perder – o que existe, sempre saliento, é uma profunda incompetência dos juízes e auxiliares, que erram lances capitais em quase todas as partidas.

Ocorre, porém, que há erros e erros. Existe o lance duvidoso (a bola entrou ou não? O atacante estava impedido ou não? Foi pênalti ou não?) e existe o lance que não deixa a menor sombra de dúvida. O da partida desta manhã de Domingo, contra o Cruzeiro/MG, se enquadra neste segundo caso. Até entendo que o árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva/PA, que sabe-se lá como chegou ao quadro da FIFA, estava muito longe para saber, ao certo, se Gustavo Gómez colocou a mão na bola fora ou já dentro da área, mas tal desconto não pode ser dado ao auxiliar Hélcio Araújo Neves/PA, que estava na mesma linha e poucos metros e não poderia ter errado da forma como errou, já que o toque ocorreu muito à frente da linha da grande área e já dentro da meia-lua. Da mesma forma, o apitador central deveria ter ao menos consultado seu colega a fim de saber se ele tinha ou não uma opinião a respeito da jogada.

Não encontro outra explicação para um erro como este a não ser uma profunda manifestação contrária à campanha que o Verdão vem cumprindo neste Campeonato Brasileiro. Assim que terminou a partida (portanto, minutos antes de eu escrever esta crônica pós-jogo), nossa equipe liderava a competição com dois pontos de vantagem sobre o vice-líder. Tal situação, claro, poderia se alterar até o fim da rodada, mas isso pouco importa: o que vale, mesmo, é o fato de estarmos muito vivos na briga pelo decacampeonato nacional, algo que a cada rodada fica mais evidente não agradar à CBF e, sobretudo, ao chefe da arbitragem brasileira, Marcos Marinho, que já odiava o Palmeiras quando respondia pelo cargo na FPF e, agora, não esconde de ninguém que seu ódio aumentou ainda mais.

Um outro ponto que quero salientar é que, quando o lance é favorável ao nosso time, rapidamente alguém avisa a arbitragem que as imagens da TV mostraram ter havido irregularidade (não se lembram da finalíssima do Paulistão, contra “eles”?). Mas quando o Verdão é prejudicado, como aconteceu hoje, ninguém avisa ninguém. Curioso, não? Isso, meus amigos, é coisa de safado, de canalha, de quem quer impedir uma possível nova conquista palmeirense. Exatamente como teria acontecido em 2016 não fosse o murro na mesa dado pelo então presidente, Paulo Nobre. Mas esperar que o nosso atual presidente, Maurício Galiotte, aja da mesma forma é pedir demais. A ele falta personalidade suficiente para tanto.

De qualquer forma, desta vez não adiantou. Nem agindo como agiram Dewson e Hélcio impediram a soma de mais três pontos. E isso se deu, claro, pela superioridade técnica de nossa equipe mista (que começou o jogo com apenas quatro titulares) sobre o time quase todo reserva da Raposa (apenas dois jogadores principais iniciaram a partida). Melhor durante quase todo o tempo, nosso time só perdeu a calma e permitiu que a instabilidade psicológica lhe dominasse durante 11 minutos, exatamente entre o absurdo gol cruzeirense e o cruzamento de Dudu que terminou com Hyoran colocando a bola pro fundo das redes.

Nesta vitória, alguns jogadores merecem destaque especial: Gustavo Gómez, pela personalidade ao pedir para cobrar o pênalti mesmo após ter cometido o erro no gol dos mineiros; Lucas Lima, pelo golaço que marcou; Dudu, por não ter se poupado mesmo sabendo que estará em campo na próxima quarta-feira; nosso velho/novo treinador, por ter escalado e alterado corretamente a equipe; e, sobretudo, Deyverson, que compensa a indiscutível falta de talento com uma entrega em campo que chega a emocionar.

Sábado que vem, no Morumbi, teremos um jogo decisivo contra “elas”. E é bom, desde já, que nossa diretoria fique de olho no apito e nas bandeiras. Afinal, Marcos Marinho não deve ter ficado nem um pouco feliz com o que aconteceu hoje, no Pacaembu.

FERNANDO PRASS – 5
REGULAR

MARCOS ROCHA – 6,5
  MUITO BOM

LUAN – 6
BOM

GUSTAVO GÓMEZ – 6
BOM

VICTOR LUÍS – 5
REGULAR

FELIPE MELO – 6
BOM

BRUNO HENRIQUE – 6,5
SATISFATÓRIO

LUCAS LIMA – 6,5
MUITO BOREGULAR

HYORAN – 6,5
  MUITO BOM

DEYVERSON – 7,5
ÓTIMO

DUDU – 6,5
  MUITO BOM

LUIZ FELIPE SCOLARI – 6,5
MUITO BOM

WILLIAN BIGODE – 6,5
MUITO BOM

MOISÉS – 5
REGULAR

Créditos Fotos: César Greco/AG. Palmeiras

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
8,5 – EXCELENTE
08 – EXCELENTE
7,5 – ÓTIMO
07 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
3,5 – PÉSSIMO
03 – PÉSSIMO
2,5 – VERGONHOSO
02 – VERGONHOSO
1,5 – MEDONHO
1,0 – MEDONHO
0,5 – ENOJANTE
00 – REPUGNANTE