Pensando em títulos, Palmeiras traz técnico que faturou Libertadores. E que o rebaixou também.
Todo mundo sabe o que penso a respeito do novo/velho treinador do Palmeiras, tanto como profissional quanto como homem. Por isso, nem vou me ater a este detalhe – primeiro porque seria chover no molhado e segundo porque, na verdade, minha opinião a seu respeito não tem a menor importância neste momento.
Por isso, neste texto vou explicar os cinco motivos que levaram a diretoria a trazer de volta o maior responsável pela queda do Verdão à Série B, sofrida há seis anos. Vamos a eles:
1 – Abel Braga não aceitou sequer conversar. Com problemas pessoais desde a morte de seu filho, que completará um ano depois de amanhã, o técnico não deseja voltar a trabalhar até o fim deste ano. Além disso, não aceita assumir projetos já iniciados. Aliás, esta foi a segunda negativa de Abelão, que já nos dissera “não” no fim do ano passado.
2 – A história do novo/velho treinador no clube. Pesaram positivamente todos os títulos e vice-campeonatos que ele faturou pela nossa equipe (Torneio Naranja/1997, Torneio Maria Quitéria/1997, Brasileiro/1997, Taça Governador de Goiás/1997, Copa do Brasil/1998, Copa Mercosul/1998, Libertadores/1999, Paulista/1999, Rio-São Paulo/2000 e Copa do Brasil/2012).
3 – Nosso elenco é formado por várias estrelas. Aliás, mesmo que todos nós saibamos que eles não são, assim, tão estrelas, eles pensam que são. E como as recentes experiências não deram certo, optou-se por alguém que os jogadores tivessem de olhar de baixo para cima, caso específico do novo/velho treinador do Palmeiras, e não de igual para igual (Cuca) e muito menos de cima para baixo (Eduardo Baptista e Róger Machado).
4 – O novo/velho treinador do Palmeiras é simplesmente adorado por todos os jogadores que comanda. Ao contrário do seu relacionamento com a Imprensa, sempre muito difícil e por vezes até mesmo insuportável (eu que o diga…), com seus atletas ele é completamente diferente. A tal família, que dizem sempre se formar nos grupos que comanda, de fato é real. Por isso, podem ter certeza de que o ambiente nos vestiários alviverdes melhorará muito a partir de agora. Isso não acontece, por exemplo, com o terceiro nome da lista, Wanderley Luxemburgo que, embora infinitamente superior como técnico, nunca consegue ter um ambiente 100% favorável. E quem afirma isso é alguém que trabalhou sob o comando de Luxa quando de minha passagem pela Assessoria de Imprensa do Verdão.
5 – Os títulos que ele ganhou em torneios cuja forma de disputa é o popular “mata-mata”. Dos quatro campeonato que ainda disputamos ou – tomara! – disputaremos neste ano, três são nesta forma (Copa do Brasil, Copa Libertadores da América e, se Deus quiser, Mundial Interclubes). Talvez tenha sido este detalhe o que mais pesou na decisão da diretoria em recontratar o novo/velho treinador do Palmeiras.
Dito isso, fica claro que o fato de ter sido o principal responsável pelo rebaixamento do Verdão à Série B em 2012, de ter protagonizado o maior vexame da história da Seleção Brasileira em 2014, de absolutamente nada de significativo ter feito nos últimos seis anos (sua última conquista relevante foi justamente o nosso tri da Copa do Brasil) e de ter exigido um longo contrato (assinou até 31.12.2020) e uma gigantesca multa rescisória pouco ou quase nada lhe pesaram nas costas. Historicamente, o Palmeiras é um clube saudosista, que aposta sempre em velhos ídolos para reviver hoje as alegrias que viveu ontem.
Se vou torcer para que ganhemos tudo neste e nos outros anos que virão? Claro que sim. Minha paixão pelo Palmeiras é infinitamente maior do que o desprezo que sinto pelo novo/velho treinador do Palmeiras. E espero, sinceramente, que ele milagrosamente seja aquele que nos levou a importantes conquistas, e não aquele que nos rebaixou em 2012.
29/07/2018 at 9:23
bom dia, marcio falando em treinadore , voce lembrou oswaldo brandao, este sim, quando comecei a a companhar o palmeiras no inicio da decada de 60 ja tinha nome no palmeiras se consolidando na decad de 70, era um expert, naceu aqui no sul em taquara, ciddae vizinha de grama do abraços
29/07/2018 at 14:33
Canuso: Oswaldo Brandão foi o melhor treinador do futebol brasileiro em todos os tempos.
Abs.
28/07/2018 at 12:29
Eu que acompanho seu site há tanto tempo Márcio, desde o começo, se vc puxar nos arquivos minhas opiniões sobre o Felipão em sua última passagem pelo Palmeiras, verá que são bem parecidas com a sua, eu simplesmente não queria mais ele no Palmeiras. Pois agora, estranhamente, ao ser confirmado seu retorno fiquei feliz, não sei porque, mas fiquei feliz. Como eu nunca tive problemas com ele, pois sou apenas um humilde torcedor que acompanha das arquibancadas, puxei na memória as felicidades que ele nos proporcionou na primeira passagem mas não foi só por isso que fiquei feliz, e sim porque no atual momento, com os treinadores que estavam disponível no mercado eu vejo que ele foi a melhor escolha que se podia ter diante da pasmaceira e vagabundice que se entranhou em alguns jogadores. Tinha que ser um técnico que chegasse chutando a porta do vestiário e não vejo ninguém melhor do que ele pra fazer isso. Quero ver agora o mimizento Dudu fazer biquinho ou o Felipe Melo querer escalar o time. Espero que dê certo pois a grande imprensa está torcendo muito pelo nosso fracasso, fica cada vez mais evidente isso. Abraços.
29/07/2018 at 14:32
Ed: esta talvez seja a mais forte razão do retorno do cara.
Tomara que dê certo.
Abs.
27/07/2018 at 16:26
Quando o Felipão foi anunciado, a primeira pessoa em quem pensei foi em nosso querido tutor Márcio Trevisan. Como eu o acompanho há muitos anos, eu sei das tretas que houve no passado mas sei também o quanto o Trevisan sabe tirar isso de letra colocando o Palmeiras acima de tudo. É mais um desafio para você meu querido Trevisan e tenho certeza que vc se sairá bem novamente. Abraços.
27/07/2018 at 23:37
Pensei o mesmo…
28/07/2018 at 11:51
Fabio, fica aqui a promessa: se ele for bem (e tomara que vá) serei o primeiro a elogiá-lo.
Abs.
28/07/2018 at 11:50
Obrigado, Tadeu.
Simplesmente não consigo torcer contra o Palmeiras. Pode ser até o Capeta no comando que ainda assim torcerei.
E mais: prometo ser imparcial na análise do trabalho deste senhor.
Abs.
27/07/2018 at 14:12
Boa tarde Márcio,
Não sei qual o motivo pelo qual tenha desprezo pelo novo/velho treinador, mas também nem preciso. O que importa é exatamente o que disse: torcerá para que ganhe tudo, não por ele, mas pelo PALMEIRAS. Sinceramente, não sei se foi a melhor escolha, mas também não tem tantas opções assim no mercado. Espero que ele possa fazer um bom trabalho, em especial fazer nosso time jogar com vontade. O time da marginal, que é infinitamente inferior ao nosso, consegue na base da força e superação (além de ajuda das forças ocultas, é claro), pelo menos levar alento ao seus torcedores. Com ele, creio que este ocorrerá também. Nosso time tem qualidade, só precisa de alguém que mande de verdade fazer jogar. Que tenhamos sucesso. Torcida não vai faltar. Abraços
28/07/2018 at 11:49
Olá, Valter.
São dois os motivos principais de minha opinião sobre este senhor.
1 – O primeiro é a falta de respeito com que sempre tratou os jornalistas, chegando certa vez a classificar a todos nós como “palhaços”.
2 – O segundo foram duas ásperas discussões que tivemos, uma ainda nos tempos do Grêmio/RS e outra às vésperas da final da Copa do Brasil de 1998.
Ele é um cara rancoroso, pois muitos anos depois, na sala de embarque do Aeroporto de Cumbica, casualmente nos encontramos e o clima ficou um tanto quanto tenso devido à falta de elegância da parte dele.
Agradeço bastante seu post e, agora que por aqui estreou, espero que por aqui permaneça.
Seja bem-vindo e escreva sempre.
Abs.
27/07/2018 at 12:37
Gostaria demais que o Felipão tivesse o mesmo desempenho que teve na 1ª passagem pelo Palmeiras.
Mas com esse elenco atual do Palmeiras é IMPOSSÍVEL !
Conforme escrevi no post anterior esse elenco É DESPREZÍVEL !
2018 = ZERO titulos
28/07/2018 at 11:45
Jair: não existe comparação entre os elencos que o Palmeiras teve entre 1997 e 2000 e o que tem agora.
Chega até mesmo ser covardia, já que os caras do passado eram infinitamente melhores do que os do presente.
Por outro lado, o time de hoje também é infinitamente melhor do que o de 2012, inclusive aquele que faturou, numa sorte incrível, a Copa do Brasil.
É para pensar, certo?
Abs.