Meia se destaca em amistosos e volta da América Central mais confiante. E mais titular.

Se a miniexcursão do Palmeiras ao Panamá e à Costa Rica serviu para algo de fato positivo este algo foi Hyoran. O jogador, que chegou tímido demais no começo de 2017, ficou de fora de algumas listas iniciais em campeonatos e teve seu nome várias vezes envolvido em possíveis negociações, vem tendo um 2018 completamente diferente, ocupando cada vez mais seu espaço no grupo e, hoje, sobretudo após a saída de Keno e a contusão de Borja, pode ser considerado titular da equipe.

Gustavo Scarpa: muito mais qualidade ao time do Palmeiras

Neste domingo, em que mais uma vez o Verdão enfrentou um adversário infinitamente mais fraco, o meia-atacante foi o grande destaque. Autor de três gols e com ativa participação em todo o jogo, Hyoran não só manteve o nosso time com mais posse de bola como também municiou o ataque com passes e lançamentos. Além disso, foi um tormento constante para a frágil e até mesmo ingênua defesa do Alajualense/CR que, quando percebeu, já havia levado seis gols – três deles do ex-jogador da Chapecoense/SC, que aliás só não entrou naquele avião porque estava contundido.

Hyoran foi o grande nome destes três jogos, mas é fato que outros jogadores também souberam aproveitar a chance que tiveram. O primeiro foi Weverton, ao que tudo indica titular no jogo da volta do Brasileirão, contra o Santos/SP, no próximo dia 19. O goleiro não foi, por motivos mais do que óbvios, testado em nenhum dos três amistosos, mas pelo menos ganhou ritmo de jogo – e ainda mostrou ter sorte, vide as duas bolas nas traves que levou na partida deste domingo.

Outro que merece ser citado é Bruno Henrique, menos pelos dois gols que marcou e mais pela personalidade que mostrou nas partidas. Aos poucos, e mesmo sem ser brilhante tecnicamente, o volante começa a se tornar um líder dentro de campo, função da qual nenhuma equipe que almeje voos mais altos pode abrir mão. Por fim, gostei também de Gustavo Scarpa que, além de provar ser um jogador de caráter (tinha propostas infinitamente melhores do mundo árabe mas preferiu cumprir sua palavra e assinou um novo contrato com o Palmeiras), certamente dará ao nosso meio-campo, ou até mesmo ao nosso lado direito do ataque, uma qualidade muito grande.

Por fim, meus amigos, ainda que tecnicamente nada tenha significado esta miniexcursão à América Central, não podemos dizer que tais jogos também não serviram para nada. Que o Verdão aproveite da melhor forma o que de positivo trouxer de lá e que, a partir de agora, tenha em mente que só virão decisões, e que nelas a força do grupo terá de prevalecer.