No primeiro bom teste do ano, Palmeiras bate o Peixe. E já são cinco vitórias seguidas…
Todos vocês certamente se lembram de Jair Picerni, técnico que assumiu a responsabilidade de comandar o Verdão na Série B de 2003. Trabalhei sob o comando deste treinador naquela época e agora compartilho com vocês uma de suas características: a menos que algum jogador se contundisse ou então fosse expulso, ele jamais promovia uma alteração antes dos 15 minutos da etapa final, mesmo que o resultado fosse adverso à equipe.
Segundo ele, era uma questão de coerência. Se havia escolhido os 11 titulares, era porque em sua opinião estes eram os melhores e, por isso, mereciam todas as chances possíveis para que apresentassem um bom futebol. Eu nunca concordei com esta filosofia de trabalho, mas de qualquer forma foi assim que ele nos recolocou na elite do futebol brasileiro naquela temporada e, também, chegou a encantar o País pouco antes, quando dirigiu o São Caetano/SP.
Lembrei-me deste detalhe ao acompanhar o clássico desta tarde. Nosso atual treinador, Róger Machado, que indiscutivelmente começa muito bem o seu trabalho, tende a agir como Picerni – a única diferença é que a demora para mexer no time é ainda maior quando o resultado nos é positivo. Hoje, quando logo no começo do segundo tempo abrimos os 2 a 0, ele se acomodou ainda mais do que normalmente o faz. E pior: mesmo após o adversário diminuir o placar (em um lance irregular, diga-se de passagem), ele demorou mais 13 minutos para, só então, colocar Keno e um pouco de velocidade. Foi preciso que quase 38 mil palmeirenses gritassem o nome do atacante para que o nosso técnico, enfim, “acordasse”.
Borja: enfim, uma atuação elogiável. E também um belo gol.
Mas eu não faço parte da chamada “Turma do Amendoim” e, assim, não vou me limitar apenas àquilo de que não gostei após mais uma vitória do Palmeiras. É claro que se ganhamos o clássico com méritos é porque nosso time apresentou mais pontos positivos do que negativos. Ainda que levemos em conta a fragilidade santista, sobretudo do meio-campo e do ataque, nosso sistema defensivo se comportou, mais uma vez, muito bem – sobretudo por parte de Jaílson e Antônio Carlos. Hoje, aliás, nossa saída de bola esteve muito melhor do que em partidas anteriores, graças sobretudo à ótima atuação de Tchê Tchê que, desta forma, compensou a atuação apenas regular de Lucas Lima.
Outro ponto a ser destacado é o ataque. Eu sei que nenhum dos quatro jogadores que dele fizeram parte teve uma tarde brilhante, mas o que mais me chamou a atenção foi a efetiva participação de todos não só ofensivamente, mas também na marcação à entrada da área e até na recomposição. Nestes quesitos, gostaria de salientar Borja, que de novo se entregou ao máximo em campo e, pelo menos desta vez, conseguiu marcar um gol com méritos – ou seja, em um lance no qual mostrou sua qualidade como finalizador.
Como disse na linha fina desta crônica pós-jogo, o Palmeiras passou em seu primeiro teste do ano e já soma cinco vitórias seguidas. A última vez em que o Verdão conseguiu algo idêntico foi no começo de 2015, quando venceu Rio Claro/SP, São Bento/SP, Penapolense/SP, Capivariano/SP (pelo Paulistão) e Vitória da Conquista/BA (pela Copa do Brasil). Aquele ano foi o de recomeço para a nossa equipe, e algo me diz que isso de novo se avizinha.
Esperemos as próximas vitórias para saber até que ponto estou certo.
JAÍLSON – 6,5
MUITO BOM
MARCOS ROCHA – 6
BOM
ANTÔNIO CARLOS – 6,5
MUITO BOM
THIAGO MARTINS – 5,5
SATISFATÓRIO
VICTOR LUÍS – 5
REGULAR
FELIPE MELO – 6
BOM
TCHÊ TCHÊ – 7
ÓTIMO
LUCAS LIMA – 5
REGULAR
WILLIAN BIGODE – 6,5
MUITO BOM
BORJA – 6,5
MUITO BOM
DUDU – 5
REGULAR
RÓGER MACHADO – 5,5
SATISFATÓRIO
KENO – 5,5
SATISFATÓRIO
GUSTAVO SCARPA – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO
BRUNO HENRIQUE – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO
Créditos Fotos:
Capa (Manchete): César Greco/Agência Palmeiras
Capa (Destaque) e Interna: Fernando Dantas (Gazeta Press)
05/02/2018 at 16:16
BOA TARDE MARCIO … Esses jogos contra times do interior (rsss) aos poucos nos ajudam a fortalecer cada vez mais a nossa equipe. Mas, acredito que toda nação alvi-verde espera o jogo contra “eles” e se vencermos, a confiança triplica. Não sei se é bom ou ruim, mas tambem estou assim. Não vejo a hora de ver o time “titular” inteiro em campo. Quanto a suas notas, concordo com elas.
10/02/2018 at 9:18
Olá, Ildebrando.
Em primeiro lugar, peço enormes desculpas pela demora na resposta – é que tive uma semana bastante corrida.
Em 2016, ganhamos a três em cima “deles”. Espero repetir isso em 2018.
Abs.
05/02/2018 at 11:12
Bom dia!
Acredito que Roger Machado transformará Borja em um jogador ainda mais completo. É inegável que trata-se de outro jogador em comparação com aquele do ano passado. Ontem reparei que, de todas as jogadas de ataque, raras as que ele não participa. Ou ele procura a bola e os companheiros, ou os outros jogadores o procuram. E o gol que fez não foi sorte ou “c…”. Foi de quem entende do riscado! Que continue evoluindo seu futebol!
Entra ano e sai ano, e nossa preocupação continua: as arbitragens tendenciosas. Não podemos mais praticar o discurso de que os caras erram pra todo mundo. Márcio me conhece há tempos e sabe que nunca concordei em creditar nossos insucessos às arbitragens. Porém, não há mais como negar situações extremamente preocupantes em nossas apresentações. Ressalto que os dois possíveis pênaltis cometidos em nossos jogadores são passíveis de discussões, não foram tão claros, assim como o do FM sobre o Rodrigão Fenômeno. Agora, quando esses lances acontecem com o time de Itaquera, nunca há dúvidas: se contra, segue o jogo; se a favor, é direto na cal e vermelho ao adversário.
Nossa Diretoria tem de reagir a isso. Melhor agora nas vitórias do que quando formos alijados de competições pelo mau-caratismo de partes envolvidas nas pelejas e aí sofrermos deboches de todos os lados. Reparem que a mídia-oficial só deu destaque ao lance do Rodrigão Fenômeno.
Abraços!
05/02/2018 at 11:57
Manchete ridícula do ridículo…: Paulistão
Santos lamenta clássico perdido ‘nos detalhes’ para o Palmeiras
E mais essa:
André Rocha: Só os 100% de aproveitamento até agora no ano garantem a paz de Roger Machado no Palmeiras?
Alguém precisa tomar uma providência também em relação a essa imprensa
05/02/2018 at 15:01
Boa tarde Curtulo!
Por isso que, cada vez mais, eu acompanho menos a mídia-oficial; e cada vez mais a Mídia-Palestrina.
Não é a toa que a TV Palmeiras/FAM só está atrás da TV do Barcelona a nível mundial. Outra prova, com relação à TV, foi uma postagem de um ex-jornalista da R… mencionando como os seus profissionais são orientados à diminuir o Palmeiras. Começam a perceber a potência que é o Palmeiras e o seu mercado consumidor e o quanto perderão a partir do ano que vem quando teremos nossos jogos transmitidos pelo EI na TV fechada.
Precisaríamos criar um modelo de renda em que a torcida do Palmeiras pudesse proporcionar dedicação exclusiva de jornalistas como o Márcio, Beting, Cacace, a tudo que diz respeito ao Verdão. Haveria parcialidade de opiniões? Nunca, ninguém é mais crítico que palmeirense. A diferença é que estes jornalistas não distorcem os fatos e não visam colocar crises e deméritos no Palmeiras, sem ou antes que aconteçam.
Grande abraço!
07/02/2018 at 10:36
Colletti, bom dia! Infelizmente, e digo “infelizmente” porque realmente é “infelizmente”, a imprensa é um meio de manipulação do povo, e sabemos o quanto essa imprensa manipula em todos os ramos de atividade o nosso povo. No futebol, que não foge à regra, acontece exatamente isso, ou seja, não existe espírito autocrítico na imensa maioria dos amantes do futebol. Então, ludibriados por uma imprensa sem escrúpulos, gritam a plenos pulmões o que ouviram desses torcedores travestidos de jornalistas. Penso que seria importante termos no Departamento de Comunicação um setor específico para essas matérias sem fundo verídico e ou pejorativas, e a resposta, através desse pessoal, seria formalizada e oficializada pela Sociedade Esportiva Palmeiras.
10/02/2018 at 9:19
Como eu disse, Irineu, não funciona desta maneira.
A Imprensa é livre para opinar, mesmo que esta opinião seja absurda.
Faz parte do jogo democrático, amigo.
Abs.
10/02/2018 at 9:17
Obrigado pela parte que me toca, Colletti.
Abs.
10/02/2018 at 9:16
Olá, Irineu.
Em primeiro lugar, peço enormes desculpas pela demora na resposta – é que tive uma semana bastante corrida.
Não há o que fazer: no Brasil, existe a liberdade de Imprensa, e ela é livre para dizer e escrever o que quiser, desde que não cometa injúria, calúnia ou difamação.
Abs.
10/02/2018 at 9:14
Olá, Colletti.
Em primeiro lugar, peço enormes desculpas pela demora na resposta – é que tive uma semana bastante corrida.
Não à toa o time “deles” foi contra o árbitro de vídeo.
Abs.
05/02/2018 at 11:02
Saudações Márcio !
Mania que a gente tem de criticar, e sendo palmeirense ainda piora. Noto que o Roger muda sempre pelo jogador da mesma posição. Não abre o time e também não fecha. Mas estou feliz, cinco merecidas vitórias, time com esquema tático e jogando bem. O Verdão ainda não teve a prova de fogo, mas o time ainda vai render muito mais, com o tempo, tenho certeza disso.
Forte abraço.
10/02/2018 at 9:13
Olá, Paulo.
Em primeiro lugar, peço enormes desculpas pela demora na resposta – é que tive uma semana bastante corrida.
Concordo contigo: creio que o Palmeiras será testado, mesmo, quando enfrentar “eles” e “elas”. Além, é claro, dos adversários na Libertadores.
Abs.
05/02/2018 at 10:33
Bom dia muito bom, por ser o primeiro clássico do ano, poderíamos até fazer mais gols não fosse o individualismo já citado por internauta de um jogador.
Para o próximo compromisso da até para poupar alguns jogadores, pois que eu saiba já tem pendurados por cartão amarelo.
Abraço.
10/02/2018 at 9:11
Olá, Alfano.
Em primeiro lugar, peço enormes desculpas pela demora na resposta – é que tive uma semana bastante corrida.
Por ora, o Palmeiras tem apenas um jogador pendurado: Victor Luís.
Os demais advertidos têm apenas um cartão: Thiago Santos, Felipe Melo, Tchê Tchê e Lucas Lima.
Abs.
05/02/2018 at 8:20
Poderíamos ter vencido o Santos de 5, se um jogador chamado Dudu entendesse que o futebol é um esporte coletivo, e não individual.
O cidadão matou 3 contra ataques de ouro, pelo excesso de individualismo !
10/02/2018 at 9:07
Olá, Jair.
Em primeiro lugar, peço enormes desculpas pela demora na resposta – é que tive uma semana bastante corrida.
Este talvez seja o principal defeito do Dudu: às vezes, o cara é fominha, mesmo.
Abs.
04/02/2018 at 22:21
Boa noite Márcio e amigos, foi bom ver o Verdão jogar bem mais uma vez.
A única coisa que não gostei, foi a entrada do Bruno Henrique. Sendo que Tchê Tchê estava bem hoje.
Outro fato é o cara do apito, incrível como apitam tendenciosamente. Já disse aqui em outra oportunidade, até provar contario eles tem ordem para atrapalhar o Palmeiras. Prova foi a solada que Felipe Melo levou e nada foi dito ou feito, mas se fosse ao contrário. Até agora estavam mostrando.
Abraços.
05/02/2018 at 8:33
Fagner, tenho a mesma impressão que você em relação às arbitragens. Qualquer dois lances dentro da área para os outros seria colocada a bola na marca de cal. E mais, não adiantará nada a diretoria reclamar quando perdermos. O momento é agora.
10/02/2018 at 9:06
Olá, Fagner.
Em primeiro lugar, peço enormes desculpas pela demora na resposta – é que tive uma semana bastante corrida.
Vc tem razão em relação ao lance do FM: se fosse ele o autor, seria matéria em todos os os programas esportivos de rádio e TV.
Abs.
04/02/2018 at 21:57
Opa. Ó eu aqui em primeirão hem. Tô igual ao Palmeiras (rsssssss). Ei Márcio aumenta um pontinho para cada un aí, vitória em clássico!!!! Brincadeira Márcio, sei que vc vai ficar bravo. Abraços.
10/02/2018 at 9:05
Olá, Tadeu.
Em primeiro lugar, peço enormes desculpas pela demora na resposta – é que tive uma semana bastante corrida.
Não fico bravo, não, meu amigo – ao contrário: respeito muito a sua opinião.
É que se dou nota muito alta os caras se acomodam – rs…
Abração!