O título do Campeonato Paulista de 1974, relembrado em nosso último encontro, foi o último da chamada Segunda Academia. Nos mais recentes capítulos de “Nossa História”, pudemos viajar no tempo e relembrar um dos mais vitoriosos períodos de toda a existência do Palmeiras.
Mas, como se sabe, não há bem que nunca se acabe. Por isso, a partir de agora começaremos a navegar por mares tão turbulentos que, mesmo com alguns breves e raros períodos de calmaria, marcariam para sempre a vida do nosso clube. Portanto, estejam todos preparados.
Após a conquista do Paulistão/74 e das festas de final de ano, a diretoria do Palmeiras se reuniu logo nos primeiros dias de 1975. E apesar do momento maravilhoso pelo qual havia passado o time, todos tinham certeza de que era chegada a hora de agir, e por um motivo muito simples: naquele ano, vários dos ídolos da Segunda Academia já começavam a se preparar para a aposentadoria.
Além disso, o sucesso que o time fizera tanto internamente (com a conquista do bicampeonato brasileiro) quanto externamente (fora a base da Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo da Alemanha) certamente chamaria a atenção de clubes do Exterior, desde sempre sedentos pelos craques brasileiros.
De fato, no decorrer daquele ano sete inesquecíveis ídolos deixaram o Verdão: César Maluco (cuja última partida fora ainda em 1974), Leivinha, Luís Pereira, Alfredo Mostarda, Fedato, Ronaldo e Eurico. Além disso, sabia-se que a mágica dupla Dudu/Ademir estava por um fio, já que o cabeça-de-área, vítima de seguidas contusões nos joelhos, muito provavelmente viveria em 1975 seu último ano como atleta profissional. E até mesmo o técnico Oswaldo Brandão deixou o comando do time, já que aceitou o convite para comandar o selecionado nacional (Dino Sani o substituiu).
O problema é que poucas vezes na história palmeirense a diretoria errou tanto no momento das substituições. Evidentemente, não havia no mercado nomes que pudessem suprir à altura a ausência dos craques citados acima, mas isso não justifica a quantidade de erros que nossos dirigentes cometeram. Entre atletas contratados e promovidos das categorias de base, tivemos que conviver com “pérolas” tipo Didi (volante), Donizetti e Jorge Tabajara (laterais-esquerdos), Erb (meia-direita), Itamar (centroavante) e Zuza (ponta-direita). Para que não digam que não salientamos, também, os raros que se salvaram, ei-los: Valdir (lateral-direito), Bernardino (goleiro) e Zé Mário (meia-esquerda).
Com alguns ou até mesmo quase todos estes jogadores sendo titulares, o Verdão não tinha muitas chances de obter grandes resultados naquele ano. No Torneio Laudo Natel, competição que abriu aquele ano, ficamos com o vice-campeonato. No Paulistão, chegamos ao hexagonal decisivo, mas o terminamos na 6ª e última colocação, e no Campeonato Brasileiro não fomos além de um 9º lugar.
Então, o ano de 1975 não reservaria nenhuma alegria aos palmeirenses? Ora, não seria bem assim. No fim do mês de agosto, mais uma vez a delegação alviverde embarcou para Cadiz/ESP, onde disputaria o tradicional Troféu Ramón de Carranza.
E será exatamente a conquista do tricampeonato deste torneio o principal assunto do próximo capítulo de “Nossa História”. Até lá!
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30/09/2017 at 22:46
Finalmente vamos ter a ótima oportunidade de ler o próximo capitulo, onde estes jogadores maravilhosos da 2ª academia enfrentaram os gigantes europeus, recheados de craques, e conquistaram títulos inesquecíveis.
Tempos em que no mesmo torneio que conquistava-mos estes títulos, o Santos com Pelé e tudo, levava surra do Barcelona de Cruyff !
02/10/2017 at 14:42
Olá, Jair.
Fico feliz que você acompanhe esta seção.
Abração.