Eduardo Baptista conserta burrada no intervalo, Palmeiras vira e está praticamente classificado
Pode-se acusar o técnico Eduardo Baptista de muitas coisas, como por exemplo não ter, ainda, bagagem e currículo suficientes para dirigir um time da grandeza do Palmeiras, sobretudo com o elenco que possui atualmente. Mas se há uma qualidade que pode ser aplicada a este jovem treinador é que se trata de alguém humilde. Afinal, só mesmo tendo humildade para admitir o absurdo erro tático que cometeu, alterar o esquema já no intervalo e, com méritos, levar o time a uma virada que parecia impossível.
Antes que algum de vocês pense que classifico como “burrada” ou “erro absurdo” a opção pelos três zagueiros, explico: em sua essência, tal escolha foi positiva – o equívoco foi a forma como ele mandou o time jogar com ela.
O primeiro erro foi na esquematização: sei que alguns clubes europeus jogam no 3-4-3, mas esta é uma formação que precisa ser muito treinada antes de ser colocada em prática. Não é porque deu mais ou menos certo, como vimos no sábado, diante da Ponte Preta/SP (com Felipe Melo fazendo dupla função – primeiro volante e terceiro zagueiro), que dará certo todo jogo.
Além disso, quando se manda a campo três zagueiros, o esquema que costuma dar certo é o 3-5-2 (aliás, já defendido por mim anteriormente). Neste caso, você libera os dois laterais (que, neste esquema, passam a ser chamados de “alas”) e, quando o time ataca, chega com pelo menos quatro ou mesmo cinco jogadores à área adversária. E quando a equipe é atacada ela não fica tão vulnerável, pois além do primeiro volante há, claro, os três zagueiros, com dois deles podendo cobrir os lados do campo.
Para a nossa sorte, o Peñarol/URU é um time fraquinho, fraquinho. Não há em seu elenco um único jogador com o qual seja necessário se preocupar muito, e por isso a vantagem que abriu no primeiro tempo foi de apenas dois gols. Qualquer outra equipe - o Jorge Wilstermann/BOL, por exemplo, nosso próximo adversário – teria enfiado uma goleada no Verdão e garantido a vitória já nos primeiros 45 minutos.
Incompetente na etapa inicial, Eduardo Baptista foi excelente no segundo tempo. Primeiro acertou em cheio nas duas alterações que fez, pois Egídio (Deus do Céu, como esse cara marca mal!!!) era uma avenida pela esquerda e, com Michel Bastos no setor, acabou a festa uruguaia por ali. Além disso, Tchê Tchê pôde jogar como mais gosta e melhor rende, ou seja, como segundo volante, iniciando a transição das nossas jogadas ofensivas. Com isso, Guerra ganhou mais liberdade para criar e, não por acaso, cresceu muito a partir de então. Por fim, Willian Bigode vem mostrando estar em excelente fase, talvez a melhor de toda a sua carreira, e marcou mais dois gols – o primeiro deles um golaço, digno de aplausos.
Vale destacar, também, a ótima partida de Jean, que participou dos três gols do Palmeiras, e mais um ótimo jogo – e mais um gol – de Mina. A lamentar apenas a displicência de Róger Guedes, que perdeu um gol sem goleiro e quase dentro da pequena área. Em síntese: dois tempos completamente distintos e uma vitória que praticamente nos garante na próxima etapa da Libertadores (precisamos apenas de mais um dos seis pontos que ainda temos a disputar).
Para quem começou a noite bebendo um copo d’água morna e até salobra, não há sensação melhor do que terminá-la saboreando um vinho tinto suave e de primeiríssima qualidade.
ANÁLISES INDIVIDUAIS
FERNANDO PRASS – 6
BOM
EDU DRACENA – 6
BOM
MINA – 7
ÓTIMO
VÍTOR HUGO – 5
REGULAR
JEAN – 7,5
ÓTIMO
FELIPE MELO – 5,5
SATISFATÓRIO
GUERRA – 6,5
MUITO BOM
MICHEL BASTOS – 6
BOM
EGÍDIO – 3,5
PÉSSIMO
RÓGER GUEDES – 4,5
RUIM
BORJA – 6
BOM
EDUARDO BAPTISTA – 6
BOM
TCHÊ TCHÊ – 6,5
MUITO BOM
KENO – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO
WILLIAN BIGODE – 8
EXCELENTE
FOTOS: CESAR GRECO/ AG. PALMEIRAS
28/04/2017 at 22:25
Por falar em Marcos…
Ele estava sumido desde a final da Copa São Paulo de futebol Junior, quando postou nas redes sociais que estava torcendo pro goleiro do time adversário que tinha sido massacrado na semi final, mas tinha ganho a vaga no tapetão pra enfrentar o time da av. marginal sem numero.
Resultado, o time da av. marginal sem numero ganhou o 10 º titulo e isto serviu para que “o bando de loucos” nos ridicularizasse nas redes sociais.
Hoje o Marcos “saiu da toca” e num momento crucial com a Comembol dando sinais que iria aplicar punições o que faz o Marcos:-
Mandou mensagens ridicularizando os uruguaios, dizendo nas redes sociais que foi o jogador uruguaio que bateu com o rosto na mão do Felipe Melo.
Pergunta, que não sei se você vai responder Marcio:-
O Marcos que ainda é jovem, ele tem concerto ?
02/05/2017 at 14:44
Oi, Jair.
Não, não tem conserto, não.
É um cara muito gente fina, um apaixonado pelo Palmeiras, mas quando resolve falar geralmente causa problemas.
Eu – e minha careca – que o digamos.
Abs.
28/04/2017 at 20:01
Márcio não postei meus comentários aqui porque fiquei com muito medo do EB, ele é muito bravo!abraços.
02/05/2017 at 14:43
Vc é hilário, Maciel.
Abração!
28/04/2017 at 14:24
Marcio, quando o FM falou de dar tapa na cara de uruguaio, eu falei pro meu filho: PQP…que merda que esse cara falou, mesmo que ele venha se retratar não vai adiantar p. nenhuma. Daí a imprensa gambá distorceu tudo e inflamou os caras.
Pergunta: será que o Palmeiras não tem alguém ou departamento para instruir os jogadores a evitar de falar “besteiras”
..mesmo se tratando do FM. Poderia ser catastrófico somente por causa de uma frase infeliz.
28/04/2017 at 15:16
O problema, Zé, é que jogador fala o que quer e não se preocupa em ouvir conselho de ninguém.
Só eu sei o que passei com o goleiro Marcos em meus tempos de Assessoria de Imprensa do Palmeiras. Pode ter certeza de que boa parte dos cabelos que perdi foram por culpa dele.
Abs.
28/04/2017 at 7:19
MARCIO, como eu disse no outro post, depois daquela entrevista, o E.B terá meu respeito, mas não ficara livre das criticas quando escalar errado ou não demonstrar treino em esquema tatico. Ainda acho que não esta a altura do grande momento que o Palmeiras vive e essa briga toda, vai fortalecer o grupo e com certeza entraram em campo com outra “pegada” daqui por diante. Mas, esse time merece um treinador mais experiente. O E.B é um bom aprendiz e se Deus assim desejar, ainda fara sucesso. De coração, torço por ele.
28/04/2017 at 15:15
Eu também torço por ele, Ildebrando, mas p cara também precisa se ajudar, certo?
Abs.
27/04/2017 at 19:51
Márcio e amigos, boa noite!
Vitória fantástica e muito importante com competência, raça, técnica e uma boa dose de sorte.
Apesar da mediocridade do time no 1 tempo…parecia que nunca tinham jogado juntos…definitivamente Egídio já vc eh oque tinha que dar…vitor Hugo parecia uma barata tonta.
Mas sejamos sensatos…virão pedreiras mais difíceis na liberta e não teremos está “sorte” de ontem.
Precisamos rever os conceitos e estruturação e não fazer experiencias em pleno campeonato.
Marcio…esta claro que a imprensa Gambá estão querendo nos desetabilizar e entramos na deles…vide Piti do EB na coletiva…exagerado.
O clube tem obrigação de fazer um trabalho pra blindar o elenco deste câncer que está querendo contaminar todo mundo.
Marcio solicito suas ponderações.
28/04/2017 at 15:14
Olá, Zé.
Não é a Imprensa como um todo, e sim alguns de seus integrantes.
O desabafo de EB foi válido porque um jornalista – vc sabe quem é – atingiu a honra do treinador, não se limitando a criticar apenas o seu trabalho. Por isso, achei o desabafo válido, merecido e nada exagerado.
Abs.
27/04/2017 at 17:13
Caros. O jogo acabou sendo um engodo para o Peñarol. Eles achavam que estava todo bien, resultado definido, ficaram tronquilo e quando viram não dava mais para reverter. Jogamos a isca eles comeram, pararam de correr e y al final se cagaron todo.
Eu fiquei imaginando aqui Márcio se vc fizesse uma análise do primeiro tempo e uma do segundo, porque foram dois jogos distintos; ficaria muito interessante. Por exemplo, eu achei o Mina muito mal no primeiro tempo, nervoso e afobado (coisa que ele não é), dando chutões, falhou no primeiro gol dos caras tentando cavar falta, etc. E no segundo tempo voltou a ser o ótimo Mina.
E um outro comentário, o Michel Bastos era tudo o que queríamos para a lateral esquerda. Meus Deus, problema resolvido, como foi que não aconteceu antes?
28/04/2017 at 15:12
Tadeu:
1 – Mina vacilou no segundo gol, ao lado de Prass. No primeiro ele foi puxado pelo braço, deveria ter caído na hora, mas tentou alcançar a bola mesmo assim. Quando viu que não conseguiria, se jogou e levou o árbitro a cometer o erro que cometeu.
2 – O Michel Bastos começou sua carreira e foi a uma Copa do Mundo jogando na lateral-esquerda. Seria uma boa pelo menos testá-lo mais vezes na posição. Resta saber se ele vai topar.
Abs.
27/04/2017 at 14:57
Boa tarde, me desculpe, jogar com três zagueiros e tomar dois Gols, não da!!!!
Concordo contigo caro Trevisan na sua boa crônica deste jogo do segundo tempo, o Palmeiras é muito mais forte do que todo o acontecimento depois do apito final.
Concordo com o desabafo do EB, pois a imprensa está demais, agora espero que aprenda com os erros e se fortaleça junto com o Verdão.
Espero que o Felipe Melo não se prejudique, pois jogou com muita Raça.
Abraço.
28/04/2017 at 15:09
Alfano: não é a Imprensa em geral, mas sim alguns integrantes dela.
E mais: vc bem sabe que o Palmeiras gera uma inveja gigantesca e, quando está bem, leva algumas pessoas à loucura, de tanta dor de cotovelo.
Quanto ao Felipe Melo, pode apostar: pelo menos um jogo de gancho ele vai pegar devido ao soco que acertou no uruguaio.
Abs.
28/04/2017 at 15:22
Boa tarde, com certeza a inveja mata, a estrutura que o Palmeiras tem hoje, deixa muita gente revoltada,é só o começo.
Abraço.
27/04/2017 at 11:22
Bom dia a Todos!
Márcio….p mim to feliz p kct…..
Ganhamos na bola, no pau e principalmente nas zoações com os adversários que foram dormir com um tremendo…..
Chuuuuppppaaaaaaaaa!!
Desculpa
27/04/2017 at 14:28
Oi, Bergo.
É normal: o que tem de gente torcendo contra o Palmeiras por inveja do patrocínio é uma enormidade.
Abs.
27/04/2017 at 11:13
Bom dia!
EB pode tirar muitas conclusões sobre ontem. Não se faz experiências em competições como Libertadores. Esse negócio de 03 zagueiros, que eu acho interessante, deve-se testar em jogos treinos, Paulista, pré temporada, enfim, quando há tempo de recuperação. Mas, foi muito safo no segundo tempo e ousado em deslocar MB par a LE. Penso que encontramos a solução naquele setor.
Guerra vem subindo de produção jogo a jogo, me parece que estará no nível de um autêntico camisa 10 palmeirense em breve. Que tirambaço no lance no 3º gol!
Felipe Melo é a síntese do que foi o jogo de ontem: fomos acuados, cercados, prejudicados, injustiçados… mas, nocauteamos a todos!
E o desabafo de EB contra o Juquinha foi sensacional! Que ele continue batendo com seus culhões sobre a mesa, esse pseudo paladino da justiça, melhor representante da imprensa gambá, merecia há muito tempo!
Márcio, minha área não é a do jornalismo, mas, sou admirador de pesquisadores tais como você; repórteres que vão a fundo em investigações; jornalistas imparciais e humildes; mas, por favor, me diga uma coisa: é ético em sua profissão eu te dizer que algo acontece em minha empresa, no alto escalão, e você publicar sem ouvir a outra parte? Quer dizer, para também ter a versão da outra parte? No meu entendimento, isso é calúnia, no mínimo!!
Sendo direto: se um tal “diretor”, “conselheiro”, “pessoa influente” deu essa informação pra ele tomar uma “barrigada”, ele não deveria buscar ouvir o EB ou alguém de seu staff? Quem garante que não foi o próprio empresário do atleta, supostamente prejudicado, o autor de tal “desinformação”? Como pode um cara que se gaba de ter o “blog” mais lido da internet ser tão irresponsável?
Vive criticando empresários; o patrocínio da Crefisa/FAM ao Palmeiras; mas, pra sua conveniência, ele age como advogado de defesa dos interesses do suposto empresário do Roger Guedes? Fanfarrão… ordinário!
Abraço!
27/04/2017 at 14:27
Colletti: vc está corretíssimo.
Quando uma denúncia é de tamanha gravidade, é obrigação do jornalista ouvir a outra parte da história.
Mas divulgar o nome da fonte, jamais – a Constituição Brasileira permite tal sigilo a todos os jornalistas.
Abs.
27/04/2017 at 10:56
E não adianta o Eduardo Batista agora vir subir nas tamancas tentando passar imagem de técnico bravo pois não vai colar mais. Todo mundo já se ligou que ele é fraco no comando dos jogadores.
27/04/2017 at 10:10
E pensar que a empresa patrocinadora do Palmeiras gastou um dinheirão para trazer o Borja que não está tão bem assim. Também sinalizou em comprar o Pratto, que também não está jogando o que se espera dele. No fim, a solução veio de uma negociação com o Cruzeiro, meio que de contrapeso.
27/04/2017 at 14:24
Olá, Gustavo.
Creio que Borja dará certo no Palmeiras.
Mas ele precisa, antes, ter mais confiança em seu próprio futebol, não se abater quando as coisas dão errado e, principalmente, aprender a jogar mais coletivamente.
Abs.
27/04/2017 at 8:07
Eduardo Batista
Personagem enigmático, medíocre, sortudo e extraordinário !
Extremamente enigmático desde o inicio do episódio/linchamento do Roger Guedes !
Extremamente medíocre no 1º tempo !
Extremamente sortudo no 2º tempo !
Extremamente EXTRAORDINÁRIO na entrevista pós jogo quando atacou VIOLENTAMENTE o maior representante da IMPRENSA ESPORTIVA CANALHA DE SÃO PAULO, o cavaleiro da JUSTIÇA e da HONRA, o BALUARTE da MORAL, o PRÍNCIPE das denuncias nos últimos 50 anos, mas, mas, e mas….QUE FAZ DE TUDO PRA BENEFICIAR O SEU AMADO TIME DA AV. MARGINAL SEM NUMERO !
27/04/2017 at 14:23
Jair: concordo com tudo o que vc disse, menos com a qualificação de “sortudo”.
Sabe por quê? Porque se o cara erra,é burro; e se acerta não pode ser apenas por uma questão de sorte.
Houve mérito nisso, amigo.
Abs.
27/04/2017 at 8:05
Bom dia, Marcio.
No meu conceito, a função do técnico é estritamente estudar. Estudar a forma como o adversário que vai enfrentar joga e escolher as melhores peças do seus elenco para anular esse adversário. Sou totalmente a favor de que não existam 11 titulares fixos, mas jogadores que permitam a disposição tática de um time dentro de campo de acordo com a demanda do oponente. O treinador que impõe esse conceito torna seu time imprevisível e imbatível. Méritos para o EB, que tentou isso no jogo de ontem.
Agora, fazer isso sem nunca ter treinado antes e em um jogo onde o adversário está jogando a “vida” é, para respeitar a pessoa do EB, uma incoerência. Não se faz isso nunca, pois o que acontece é o que se viu ontem no primeiro tempo: um time absolutamente perdido e sem saber como jogar.
Tivemos sorte de novo. Não que eu ache isso ruim, mas ninguém vive só de sorte. Mesmo com as mudanças realizadas no segundo tempo, poderíamos ter perdido a partida.
Como diria a célebre frase, “o futebol pune” e se o Palmeiras não entender que a sorte não vai estar do nosso lado sempre seremos punidos mais cedo ou mais tarde.
Um abraço.
Valter
27/04/2017 at 14:21
Concordo, Valter.
Não considero EB um mau treinador – apenas ele dá claros sinais de que por enquanto (repito: por enquanto) ainda não está à altura do Palmeiras.
Abs.
27/04/2017 at 4:04
Vc resume tudo no 5º parágrafo de sua análise Márcio. Pra nossa sorte o Penarol é fraquinho fraquinho. Não vamos longe com esse técnico e a virada de ontem foi mais pelos jogadores que se superaram do que por qualquer alteração do treinador. A sensação que tive é que os jogadores resolveram agir por conta própria.
Abraços.
27/04/2017 at 5:43
Uma observação quanto ao William: não acho que viva grande fase e sim que ele sempre jogou assim. O cara é bom. Não é craque mas é regular e joga sempre nesse nível. Vacilou ele faz gol. O que prova que quando o cara é bom não tem essa de esquema errado, de bola que não chega.
Abraços.
27/04/2017 at 11:20
Além de bom, tem sorte e áurea de campeão. Ótima contratação que só não veio no ano passado porque o Cuca não quis. Tenho amizade com um jogador muito próximo a ele (William)
27/04/2017 at 14:20
Pode ser, Ed.
Mas não me lembro de tantos gols dele no Corinthians ou no Cruzeiro.
Abs.
27/04/2017 at 7:52
Ed
Concordo em gênero, número e grau !
27/04/2017 at 14:19
Ed: tb acho que EB não terá vida longa no Palmeiras, mas vc está errado em sua análise.
Ele alterou, sim, a maneira de a equipe jogar. Portanto, corrigiu a imbecilidade que cometera.
A menos, claro, que quem tenha mudado o esquema sejam os próprios jogadores. Mas isso não há como sabermos.
Abs.