Veja as análises tática e técnica de todos os profissionais do Palmeiras, apesar de mais uma vitória convincente neste Brasileirão, continua apresentando problemas defensivos.

EM SÍNTESE - Já disse aqui, mais de uma vez, que o palmeirense é o torcedor mais chato que existe pois, mesmo quando as qualidades se sobressaem, tem a mania de encontrar defeitos no time. Mas o que posso fazer se a obrigação profissional me impede de ser passional? Hoje, por exemplo, como não ficar feliz com mais uma grande vitória e, principalmente, com mais uma merecida vitória? Porém, como fechar os olhos para os problemas que nosso sistema defensivo novamente apresentou? E eu não falo, apenas, do gol – IMPEDIDO!!! DE NOVO???!!! – que sofremos, mas sim também de outras jogadas em que nossos marcadores foram envolvidos pelos adversários. Não fosse a reconhecida qualidade do amigo aí de baixo e também a uma boa dose de sorte, talvez não estivéssemos, agora, a comemorar mais três pontos. Claro que, especificamente na partida de hoje, jogamos mais abertos, sem um volante de marcação, mas este fator pode, no máximo, explicar os problemas que tivemos -jamais justificá-los. O bom disso tudo é que o nosso treinador, assim como eu e você, também já percebeu isso e prometeu corrigir o problema. Se isso acontecer, os próximos títulos se limitarão apenas à primeira frase deste que você leu acima.

FERNANDO PRASS – 7
ÓTIMO

Foi pouco exigido, mas quando isso aconteceu esteve pronto para ajudar o time – seja com um milagre, seja com uma boa dose de sorte. Pena que Rogério Micale já percebeu seu talento e provavelmente nos privará do seu talento durante as Olimpíadas.

JEAN – 6,5
MUITO BOM 

Se não pôde apoiar muito, já que Keno a toda hora apareceu em seu setor, destacou-se na marcação e, claro, por mais um belo gol, desta vez de falta.  

EDU DRACENA – 6,5
MUITO BOM

Grudou em Grafite durante todo o jogo – daí o ainda ótimo centroavante não ter tido uma atuação tão boa quanto as que costuma ter. Por sinal, o único lance em que não estava colado ao atacante, ele marcou o gol. Seguindo a linha de coerência que Cuca sempre mostra, infelizmente deverá sair do time na próxima partida. Mas que é melhor e muito mais confiável do que Thiago Martins, isso é.

VÍTOR HUGO – 4,5
RUIM

O gol do Santa Cruz/PE foi irregular? Foi, mas isso não ameniza o erro de marcação que cometeu no lance. Assim como já fizera no primeiro gol do Coritiba/PR, na quarta-feira, de novo bobeou em lance de bola parada e, por isso, levamos mais um gol. Espero que rapidamente resolva este problema, pois é nosso melhor zagueiro.

EGÍDIO – 5,5
SATISFATÓRIO

Como o time pernambucano pouco atacou em seu setor, poderia ter se soltado um pouco mais. Porém, voltando à equipe titular após cinco jogos, visivelmente sentiu a falta de ritmo. Valeu por ter participado diretamente da jogada ensaiada que originou o nosso segundo gol.

TCHÊ TCHÊ – 5,5
SATISFATÓRIO 

Com o esquema ofensivo montado por Cuca neste jogo, acabou sendo o jogador mais sacrificado, pois teve de se postar à frente da zaga, marcar em cima o bom João Paulo e, por estas razões, poucas vezes ter a liberdade de que tanto gosta para sair jogando. Não se destacou, é fato, mas também esteve longe de complicar a equipe, ajudando-a da melhor forma que pôde.  

MOISÉS – 6,5
MUITO BOM

Mais uma atuação elogiável deste jogador aplicado, que joga em prol do time e não mede esforços para se doar ao grupo. Hoje, teve dupla função: ajudar Tchê Tchê na marcação e Cleiton Xavier na armação, e cumpriu ambas com competência. No fim, cometeu alguns erros devido ao cansaço, responsável por sua correta substituição.  

CLEITON XAVIER – 6,5
MUITO BOM

Gostei do cara aí de cima nesta tarde. Além de conduzir quase todas as nossas jogadas ofensivas, ainda ajudou na marcação em lances dentro da área e trabalhou até como centroavante, vez ou outra. Vale ressaltar que foi dele o passe final para o primeiro gol de Dudu.

RÓGER GUEDES – 6
BOM 

Este rapaz teve tudo para ser o melhor jogador da partida. Buscou o jogo o tempo todo, foi veloz na saída de jogo pelo lado direito, hábil na condução da bola e contundente nas finalizações. O problema é que se empolgou demais e em dois lances prejudicou o Palmeiras, pois em vez de cruzar a bola para Gabriel Jesus e Cristaldo preferiu, em ambas, tentar a jogada individual, perdendo-a de forma infantil. Ou seja: foi individualista, o popular “fominha”, e desta forma acabou não sendo produtivo. Mas é muito jovem – tem apenas 19 anos – e, com certeza, aprenderá com tais erros.

GABRIEL JESUS – 6,5
MUITO BOM

Vinha tendo uma atuação bem simplória até ser repreendido por Cuca, no meio do segundo tempo. Aí acordou, começou a fazer lindas jogadas individuais e deu o passe, perfeito, para o terceiro gol do time, marcado por Dudu.

DUDU – 8
EXCELENTE

Muito embora já tenha apresentado um futebol superior ao que vimos hoje em algumas partidas, a nota e a avaliação acima se justificam pelo fato de sua atuação neste sábado ter sido eficaz exatamente nos momentos em que o time mais precisou. Afinal, era ele quem estava como centroavante tanto no primeiro gol, quando enfim o Verdão conseguiu furar a retranca do Santa Cruz/PE, quanto no terceiro gol, quando a equipe “matou” quase que por completo qualquer chance de reação do adversário. Além disso, esteve sempre presente em todas as nossas jogadas ofensivas.

CUCA – 6
BOM

Nosso treinador de novo fez um bom trabalho. Confesso que quando vi a escalação inicial me surpreendi, pois ela foi muito ofensiva: três atacantes, sendo dois deles abertos pelos lados e, no meio-campo, dois armadores e nenhum volante de marcação. Mas rapidamente entendi que ele estava certo: o Santa Cruz/PE, claro, veio fechado ao extremo, e somente com um time quase todo no ataque seria possível furar a tal retranca. E foi exatamente o que aconteceu: atacamos pelo meio, pelos lados, por todos os setores até que, enfim, abrimos a porteira. Então, por que a nota e a avaliação acima não lhe são superiores? Por uma simples razão, amigo palmeirense: hoje, Cuca demorou um pouco além da conta para perceber que o adversário começou a dominar o meio-campo e a criar um certo incômodo à nossa defesa. Logo após Grafite marcar, já aos 5 minutos, o time pernambucano passou a jogar mais ofensivamente e, com isso, a ter chances claras de gol – milagre de Prass, bola na trave, etc. Nosso técnico deveria, então, ter promovido imediatamente a entrada de Thiago Santos, mas só o fez aos 32 minutos, quando o 3 a 1 já estava no placar mas, ainda assim, éramos pressionados em quase todos os lances. Cuca se defendeu disso explicando que seu estilo é, de fato, ofensivo, e que ele não se preocupa em levar gols, desde que o Palmeiras marque mais do que leve. Ok: é uma filosofia de jogo e merece ser respeitada, mas que nem por isso deixa de ser perigosa. Outra alteração que poderia ter acontecido antes foi a entrada de Cristaldo no lugar de Cleiton Xavier, que sumiu por volta dos 20 da etapa final. De qualquer forma, é inegável que ele vem fazendo um ótimo trabalho à frente do Verdão, e não afirmo isso apenas baseado nas vitórias, mas sim na forma como elas vêm sendo obtidas. Além disso, Cuca merece elogios por, de fato, treinar a equipe e trabalhar jogadas ensaiadas, como a que originou o nosso segundo gol.  

CRISTALDO – 5
REGULAR

Entrou depois do que deveria e, talvez por isso, não tenha se destacado como normalmente acontece. Participou pouco das nossas jogadas ofensivas.

THIAGO SANTOS – 6,5
MUITO BOM

A partir do momento em que entrou, acabou a festa do Santa Cruz/PE em nossa intermediária defensiva e, consequentemente, também os nossos sustos. Marcou em cima os jogadores de armação e “colou” no tal de Keno, o melhor jogador adversário neste sábado.

FABRÍCIO – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO

Jogou apenas 10 minutos, sem tempo para ser analisado.

FOTOS DA CAPA: César Greco/Ag. Palmeiras

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
8,5 – EXCELENTE
08 – EXCELENTE
7,5 – ÓTIMO
07 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
3,5 – PÉSSIMO
03 – PÉSSIMO
2,5 – VERGONHOSO
02 – VERGONHOSO
1,5 – MEDONHO
1,0 – MEDONHO
0,5 – ENOJANTE
00 – ENOJANTE