Fazia praticamente 10 anos que o Verdão não tinha em seu comando um treinador palmeirense.
Florianópolis, 22 de abril de 2006. O Palmeiras acaba de ser humilhantemente goleado pelo Figueirense/SC por 6 a 1, resultado que ocasionou a demissão do técnico Émerson Leão ainda nos vestiários do Estádio Orlando Scarpelli. Naquela trágica noite, ninguém imaginava que quase 10 anos se passariam até que a diretoria anunciasse novamente um treinador que tivesse em suas veias sangue verde, ou seja, que torcesse pelo time desde sua infância.
De lá para cá, comandaram nossa equipe, interina ou efetivamente, nada menos do que 18 profissionais, a saber: Marcelo Vilar, Tite, Jair Picerni, Caio Jr. Wanderley Luxemburgo, Jorginho, Muricy Ramalho, Antônio Carlos Zago, Jorge Parraga, Flávio “Murtosa” Teixeira, Luiz Felipe Scolari, Narciso, Gílson Kleina, Alberto Valentim, Ricardo Gareca, Dorival Júnior, Oswaldo de Oliveira e Marcelo Oliveira. Alguns muito bons, outros nem tanto – mas nenhum palmeirense de coração. Esse carinho pelo verde e pelo branco Cuca deixou claro em sua rápida passagem pelo clube, em 1992. A cada gol que marcava, fazia com as mãos o sinal da faixa de campeão que, acertadamente, previa estar chegando (o que acabou acontecendo, porém, apenas no ano seguinte, após a sua saída).
Cuca recebe a camisa 8 que vestiu em alguns dos jogos que fez pelo Palmeiras
Na época repórter do saudoso jornal A Gazeta Esportiva, recordo-me de um fato que prova o quanto Cuca gosta do Palmeiras. No fim de um treino, enquanto o entrevistava, recebo um recado do também repórter Osmar Garraffa, da TV Gazeta. Segundo ele, a Parmalat convocava toda a Imprensa para anunciar a proposta feita a Diego Maradona. Cuca se espantou com a informação e me perguntou: “O Maradona está vindo pra cá? . Maravilha!”, no que foi contestado por mim: “Mais ou menos, né, Cuca. Ele joga na sua posição…”, disse-lhe. E o então meia me respondeu: “Não tem problema, Trevisan. Eu arrumo um lugarzinho pra jogar do lado dele. O que importa é que o nosso time vai ficar muito forte e a gente vai ser campeão”.
Mas, como bem salientou o próprio treinador, este detalhe de nada serviria se ele não fosse o profissional competente que já provou ser. Cuca chega ao Palmeiras não por dele ser torcedor, mas pelos ótimos trabalhos que realizou em várias equipes. E não falo apenas do Atlético/MG, pelo qual faturou o título da Libertadores de 2014, mas também do Fluminense/RJ, do Botafogo/RJ, do Goiás/GO e até mesmo do São Paulo/SP.E embora seu currículo talvez não seja superior ao de seu antecessor, ele desde já leva uma vantagem: tem um estilo de trabalho que se aproxima daquele que a torcida alviverde gosta. Seus times têm sempre um bom toque de bola, jogadas ensaiadas à exaustão e a ofensividade como marca registrada.
E é também por isso, e não apenas pelo fato de ser o Palmeiras seu time do coração, que acredito no sucesso de Cuca no comando do nosso time. Assim, seja bem-vindo ao maior campeão do Brasil, sr. Alexi Stival.
16/03/2016 at 8:45
Bom…se vai dar certou ou não, não sabemos, como ele mesmo disse, a vida do treinador na equipe é feita de resultados, mas pelo menos já mostrou algumas mudanças, no treino, o time titular que ele escalou foi com o Jean na lateral e o Gabriel de volta ao lado do Arouca, um time bem diferente do que o MO tanto insistia, não sei se vai com esse time para o jogo contra o Nacional, mas já vemos tentativas bem positivas, vamos lá verdão !!!
18/03/2016 at 0:24
Pois é, Silas: é sempre melhor errar por ação do que por omissão.
Abs.
15/03/2016 at 19:06
1992 foi meu primeiro ano como torcedor de fato, embora acompanhasse o time desde 89, até então era uma coisa mais por osmose, assistia jogos importantes e sabia dos outros resultados pelo meu tio, responsável maior por minha Palestrinidade!!!
Enfim, a partir de 1992 me “emancipei” e passei a acompanhar o clube integralmente, por conta própria, aos 11 anos, respirava Palmeiras, desenhava o símbolo do clube nos cadernos, acabei reprovando a quinta série pois ao invés de estudar no final de 1992, ficava acordado até tarde da noite, acompanhando o Palmeiras nas finais do Paulista e da Copa do Brasil, faltei aula e perdi prova após os 5 x 2 para o Guarani lá em Campinas…Nada me importava além do Palestra!!!
Ressalto esse fato para mencionar o quão satisfeito estou pela vinda do Cuca, como foi dito no texto, um técnico de sangue verde! Cuca foi um dos meus ídolos naquele time que quase saiu da fila contra o SPFC!!! Ao lado de César Sampaio, Evair, Zinho e Mazinho, poderia ter nos tirado da fila, mas quis o destino que esperássemos mais 6 meses para comemorarmos o fim do jejum!!!
Bem vindo e boa sorte Cuca!!!
15/03/2016 at 19:56
Marcelo: não cheguei a perder o ano por causa do Palmeiras, mas o que perdi de aula e de namorada…
Abs.
15/03/2016 at 18:00
Só o fato de o Cuca admitir ser – ou ter sido – palmeirense, já cria uma empatia com a torcida.
No atual momento, em que a questão tática vai ser deixada em segundo plano, é um detalhe que pode fazer a diferença.
Boa sorte ao nosso Cuca!
15/03/2016 at 19:55
Concordo, Mauro.
Mas ele mesmo salientou: os resultados têm de acontecer. Senão…
Abs.
15/03/2016 at 15:54
Boa tarde, Marcio.
Escrevi de manhã mas pelo celular e não gravou. Primeiro que estou muito feliz com a vinda do Cuca. Não aguentava mais o Palmeiras na mesmice do MO. Segundo que o Dorival também é palmeirense.
Abção
15/03/2016 at 19:54
Oi, Bergo.
De fato, corre esta história, a de que Dorival Júnior seria palmeirense em razão do Dudu.
Mas ele nunca admitiu publicamente isso, como já o fizera o Cuca.
Por isso não o incluí na relação.
Abs.
15/03/2016 at 12:21
Boa tarde, com muita confiança boa vinda ao Cuca, pela sua competência nos Times que já trabalhou.
Benvindo a grande nação alviverde, pois já temos uma batalha na próxima quinta-feira.
Força Verdão, para cima deles.
Abraço.
15/03/2016 at 10:47
Bom dia, Márcio! Desejo muito boa vinda ao Cuca.É muito bom trabalhar no Palmeiras, a pessoa que tem ligação com o clube. Já foi jogador e torcedor na infância. Parece mais Palmeiras. Pra cima do Nacional, Verdão!
15/03/2016 at 19:53
Olá, Paulo.
Vou ser bem sincero com você: para quem torce pelo clube, realmente é muito bom trabalhar no Palmeiras.
Mas garanto: não é nem um pouco fácil, mesmo para os palmeirenses.
Abs.