Veja as análises tática e técnica de todos os profissionais do Palmeiras que, contando com a ajuda do Santos/SP, deram sono em todos os que assistiram ao clássico. 

EM SÍNTESE - Quando a TV determina que o principal jogo da rodada seja antecipado para o sábado, em razão do pay-per-view, muita gente torce o nariz. Afinal, um clássico entre o atual campeão paulista e o atual campeão do Brasil deveria ser, por si só, motivo mais do que suficiente para ocupar o horário nobre na tarde do domingo. E se estes campeões forem Santos/SP e Palmeiras aí então é que a antecipação parece desprovida de qualquer lógica. Mas não é que, desta vez, a Rede Globo acabou acertando? Palmeirenses e santistas fizeram um jogo bocejante, daqueles que fizeram cair em sono profundo todos os torcedores que dormiram pouco na noite anterior. Pior para o nosos time, que perdeu mais dois pontos em casa, chegou à 5ª partida seguida sem vitória, continua jogando um futebol mediocre e, pior, só não perdeu porque Gabigol, mais uma vez, foi mal demais contra a gente.

FERNANDO PRASS – 6,5
MUITO BOM 

Depois da má partida no Uruguai e de um primeiro tempo em que poderia nem ter entrado em campo, teve de trabalha na etapa final. E graças a duas ótimas defesas, impediu que conhecêssemos mais uma derrota.  

LUCAS – 4,5
RUIM 

Vive má fase neste começo de 2016. Seus cruzamentos lembram os de Egídio e sua marcação me faz ter saudade de Ayrton. Hoje, só não leva nota e avaliação ainda piores porque cortou uma bola que chegaria limpa aos pés de Ricardo Oliveira. 

VÍTOR HUGO – 6
BOM 

Atou na sobra, já que o Santos/SP sempre joga com apenas um jogador no comando do ataque e os meias não costumam penetrar na grande área. Mas esteve bem nas coberturas e, principalmente, nas antecipações, além de ajudar na marcação a Lucas Lima.

RÓGER CARVALHO – 6,5
MUITO BOM 

Mais uma atuação elogiável deste rapaz. Hoje, anulou Ricardo Oliveira a ponto de fazer o centroavante santista se irritar e até ser advertido com o cartão amarelo. Porém, mais importante do que não dar espaços ao atacante do Santos/SP, foi não ter se intimidado com sua presença e nem ter caído em suas provocações. 

ZÉ ROBERTO – 6,5
MUITO BOM 

Nosso mais experiente jogador, ao contrário do seu colega de lateral, começou 2016 muito bem. É verdade que na etapa final diminuiu sua presença ofensiva, mas ainda assim foi o responsável por faltas perigosas e que resultaram em advertências a jogadores adversários. Defensivamente, não deu espaços a Victor Ferraz. 

THIAGO SANTOS – 5
REGULAR 

Devido à formação tática do Peixe, que joga sempre com apenas um homem na armação, acabou ficando meio que sem função em campo e por isso aparecendo pouco no jogo. Após a saída de Matheus Sales, passou a ser o principal marcador de Lucas Lima e aí começou a se complicar, abusando das faltas. Foi corretamente substituído. 

MATHEUS SALES – 6
BOM 

Todo jogador entra em campo com, pelo menos, duas funções – a principal e a secundária. E o jovem aí de cima cumpriu à risca seu primeiro dever: marcar Lucas Lima. Talvez devido a tanta dedicação acabou não sendo tão útil em sua segunda missão, promover a saída de bola, embora não tenha, jamais, se furtado a tentar. Só deixou o campo porque recebeu o cartão amarelo.

JEAN – 4
MUITO RUIM 

De longe, o pior do Verdão. Esperava-se sua presença na intermediária ofensiva, assim como vimos em Maldonado/URU, mas ele se limitou a defender – e o fez mal. Além disso, pareceu perdido taticamente, já que Robinho estava em campo e ocupava a mesma faixa de gramado. Não entendi por que não foi substituído.

ROBINHO – 6
BOM

Até porque não tinha, hoje, tanta obrigação de ajudar a marcar, foi em seus pés que começaram as raríssimas jogadas ofensivas de qualidade que o Palmeiras mostrou, sobretudo na etapa inicial do clássico.  No segundo tempo, mais uma vez “pregou”, sumiu do jogo e só fez número até ser substituído.

 DUDU – 5
REGULAR

Quando vi a escalação inicial do time, me enchi de esperança. Afinal, ao que tudo indicava ele voltara a atuar aberto por uma das pontas. Mas, que nada: a única alteração tática em relação às suas mais recentes atuações foi que ele passou a ocupar uma faixa mais à frente do gramado, como se fosse um segundo centroavante. Resultado: seu futebol, que neste ano ainda não encantou ninguém, caiu ainda mais, e nem mesmo o fato de nossa única chance de gol no segundo tempo ter sido fruto de uma jogada individual sua serve para melhorar, um pouquinho que seja, sua nota e sua avaliação. 

 ALECSANDRO – 5
REGULAR 

Neste esquema tático montado por Marcelo Oliveira o centroavante é, sempre, o maior prejudicado, pois a única forma de a bola lhe chegar em condições de ser finalizada é quando os laterais acertam cruzamentos. Daí merecer destaque a entrega que sempre mostra em campo. Pelo menos isso.

MARCELO OLIVEIRA – 5
REGULAR

Nosso treinador não consegue, de jeito nenhum, fazer este time jogar um bom futebol. Hoje, até começou bem, promovendo a volta de Matheus Sales (para marcar Lucas Lima e, ao mesmo tempo, dar uma melhor qualidade na saída de bola) e, principalmente, optando pela saída de Arouca (que não vem jogando nada…) e a volta de Robinho. Com isso, manteve a marcação em nosso meio-campo, já que também corretamente escalou Thiago Santos na cabeça-de-área, e ganhou na armação, dando mais liberdade a Robinho. Mas… Mas paramos por aí. Se abriu mão de um atacante pelos lados do campo, pois que não escalou nem Erik e nem Gabriel Jesus, devera ter colocado Dudu de volta a este setor, e não apenas o escalar como se fosse um segundo e falso centroavante, aliás mais falso do que segundo. Nas substituições, errou feio ao o escolher Matheus Sales para dar lugar a Jesus pois, mesmo já “amarelado”, o jovem meio-campista estava melhor, muito melhor do que Jean, e se tivesse permanecido em campo não teria obrigado Thiago Santos a ser o marcador individual de Lucas Lima – e por isso ter sido substituído. Ou seja: uma substituição equivocada de Marcelo Oliveira o obrigou a promover outra, apenas nove minutos mais tarde.. Já as entradas de Arouca e Régis foram as famosas “seis por meia dúzia”, daquelas que e nada alteram o time taticamente – apenas tecnicamente, mas nem sempre para melhor. Contudo, o que mais me preocupa não é a demora em enxergar o jogo, as alterações mais do que óbvias ou mesmo o relacionamento com alguns jogadores que, dizem alguns, não é á dos melhores depois do episódio Leandro Almeida. O que me deixa preocupado é que Marcelo Oliveira comanda o Palmeiras há exatos 8 meses e nosso time ainda parece longe de nascer. 

GABRIEL JESUS – 4,5
RUIM

Vá entender: no Uruguai, saiu do banco e se tornou o melhor em campo. Hoje, de novo começou no banco e, quando entrou, só fez lambança – errou passes, não conseguiu uma única jogada individual e ainda recebeu um cartão amarelo de forma infantil. 

AROUCA – 5,5
SATISFATÓRIO 

Entrou em campo para corrigir um erro que o próprio treinador cometera ao sacar Matheus Sales, mas acabou sendo útil porque, a partir de então Lucas Lima não teve mais os espaços que encontrou quando passou a ser marcado por Thiago Santos. Mas precisa melhorar muito se quiser continuar como titular do time, até porque Gabriel está voltando.

RÉGIS – 4,5
RUIM

Está apenas começando sua passagem pelo clube e, por isso mesmo, merece mais algumas chances. Mas até agora não vi nada que explique sua contratação pelo Palmeiras, já que me parece ser apenas um jogador para compor o grupo. E olhe lá.  

FOTOS DA CAPA: ARQUIVO PESSOAL 

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
09 – PERFEITO
08 – EXCELENTE
7,5 – ÓTIMO
07 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
3,5 – PÉSSIMO
03 – PÉSSIMO
2,5 – VERGONHOSO
02 – VERGONHOSO
1,5 – MEDONHO
1,0 – MEDONHO
0,5 – ENOJANTE
00 – ENOJANTE