Veja as análises tática e técnica de todos os profissionais do Palmeiras que, mesmo com visíveis deficiências técnicas e físicas, conseguiu vencer uma das mais fortes equipes do Interior.
EM SÍNTESE - Há jogos em que o futebol apresentado por um time é mais importante do que o resultado que ele obteve. Há outros, porém, que é justamente o contrário: o que mais importa é o placar final obtido, ainda que a bola com a qual se obteve a vitória não tenha sido, assim, tão cheia. E é exatamente este o caso desta noite: vencer o Botafogo/SP é um resultado que deve ser muito comemorado, não só pela equipe de Ribeirão Preto/SP ser uma das mais fortes do nosso Interior mas também porque o jogo foi fora de casa e logo na primeira rodada do Campeonato Paulista. Como se sabe, a soma de pontos é essencial não só à classificação à etapa seguinte do torneio, mas também para garantir vantagens até o fim do Paulistão. É claro que ainda há pontos que precisam ser corrigidos, como uma maior posse de bola no meio-campo, mas pelo menos dois pontos falhos há muito tempo hoje não se repetiram: o número de jogadas diretas entre defesa e ataque caiu consideravelmente e nossa defesa não foi vazada pela terceira vez consecutiva, algo que não acontecia desde julho do ano passado.
FERNANDO PRASS – 6,5
MUITO BOM
Teve apenas uma falha em todo o jogo – saiu mal do gol, furando um soco na bola. No mais, fez duas grandes defesas, uma em cada tempo, sendo que a segunda mostrou elasticidade elogiável.
LUCAS – 6,5
MUITO BOM
Hoje teve uma atação bem melhor do que as duas primeiras do ano. Além de marcar bem, impedindo qualquer maior presença ofensiva em seu setor, também apareceu várias vezes no apoio. E, claro, foi dele o cruzamento perfeito para Alecsandro marcar o primeiro gol.
VÍTOR HUGO – 5
REGULAR
Como a marcação sobre Nunes ficou a cargo do amigo aí de baixo, acabou tendo uma atuação bastante tranquila e, por isso mesmo, sem grande destaque. Errou um lance perigoso, ainda no primeiro tempo, furando de cabeça, mas se recuperou com uma ótima recuperação também na primeira etapa do jogo.
LEANDRO ALMEIDA – 6
BOM
Sua missão era marcar o único atacante realmente perigoso do Botafogo/SP, Nunes, e ele o fez muito bem. Aliás, não permitiu nem que o experiente atacante, que já imitou um porco duas vezes em jogos contra o Verdão, se impusesse na malandragem, como normalmente faz.
ZÉ ROBERTO – 5
REGULAR
Apesar de sua sempre elogiável condição física, não parece muito bem neste sentido neste começo de temporada. Hoje, talvez devido ao forte calor, foi figura quase ausente no apoio, e quando por lá apareceu nada fez de mais interessante. Defensivamente, precisou muito da ajuda de Gabriel Jesus para não complicar a equipe. Destacou-se apenas em um desarme, já na etapa final. Foi corretamente substituído.
THIAGO SANTOS – 6,5
MUITO BOM
Gostei bastante da atuação deste rapaz, cuja presença no time titular surpreendeu a todos. Com ele, os meias botafoguenses não conseguiram armar nenhuma grande jogada durante todo o jogo e, melhor ainda, Arouca teve mais liberdade para jogar. Não bastasse isso, ainda deu uma força a Leandro Almeida na marcação a Nunes.
AROUCA – 6,5
MUITO BOM
Acabou sendo o mais beneficiado com a decisão de Marcelo Oliveira de sacar Matheus Sales e colocar Thiago Santos. Sem ter tanta necessidade em marcar, pôde sair para o jogo, cair pelos lados do campo e se tornar um jogador muito mais importante.
ROBINHO – 6,5
MUITO BOM
Esteve longe de ter uma atuação de destaque, mas acaba levando a nota e a avaliação acima porque é preciso em um dos mais difíceis fundamentos do futebol: o lançamento. Nesta noite, fez três deles com perfeição, com o último – e mais bonito – resultado n o gol de Dudu.
DUDU – 7,5
ÓTIMO
Se comparado ao que jogou diante do Nacional/SP, melhorou demais. Hoje, tanto pelo meio, função que desempenhou até a entrada de Erik, aos 28 da etapa final, como pelos lados, foi um jogador incisivo, perigoso e essencial às nossas jogadas ofensivas. Com dribles desconcertantes e lindas jogadas individuais, foi premiado com o gol que garantiu a nossa vitória e que o tornou o maior artilheiro do atual elenco ao lado de Cleiton Xavier, com 17 gols.
ALECSANDRO – 7
ÓTIMO
A melhor atuação desde que chegou ao Palmeiras. Além de brigar muito, o jogo todo, pela posse da bola, ainda deu ótimo passes e também ajudou na marcação na saída de bola. O gol que fez teve uma dose de sorte, é verdade, mas também de competência pela boa cabeçada que conseguiu.
GABRIEL JESUS – 4,5
RUIM
Lamentavelmente, este ótimo jogador teve mais uma atuação bem abaixo das que dele se espera. Já havia perdido o pênalti que nos levou à perda da Taça Antel, e hoje perdeu, cara a cara com o goleiro, aquele que seria o primeiro gol do jogo, e logo a 1 minuto e meio. Graças a Deus não nos fez falta, mas poderia nos ter sido fatal. Só valeu, mesmo, pela ajuda que deu a Zé Roberto na marcação. Demorou demais para ser substituído, e só o foi porque sentiu cãibras.
MARCELO OLIVEIRA – 5,5
SATISFATÓRIO
Nosso treinador que me perdoe, mas não gostei muito de sua atuação neste domingo. Apesar da vitória, acho que demorou demais para mexer no time, sobretudo para sacar o hoje muito mal Gabriel Jesus e colocar Erik. Se o tivesse feito já durante o intervalo, teria em campo um novo atacante cheio de vontade e com muito tempo para mostrar serviço, mas como só o fez aos 28 da etapa final não deu ao importante reforço vindo do Goiás/GO tempo e confiança suficientes para tanto. É bem verdade, porém, que nas duas outras alterações que procedeu ele acertou: Zé Roberto não suportaria nem um minuto a mais em campo e a entrada de Róger Carvalho fez com que a equipe passasse a atuar com três zagueiros, algo que poderá vir a ser útil sobretudo nos jogos da Libertadores. Marcelo Oliveira também acertou ao optar por Thiago Santos e não Matheus Sales, pois a presença do cabeça-de-área deu maior poder de marcação ao nosso meio-campo e, de quebra, liberou Arouca para aparecer mais em todos os setores do gramado. Se nos próximos jogos a tal da ligação direta continuar a sumir, poderá enfim dar jeito neste time.
EGÍDIO – 6,5
MUITO BOM
A partir do momento em que entrou, melhorou a marcação e deu mais força ao ataque. Além disso, fez duas jogadas individuais elogiáveis e, em seu caso, até mesmo surpreendente.
ERIK – 5
REGULAR
Se tivesse entrado antes, principalmente no intervalo, certamente teria tido tempo e moral para render bem mais. De qualquer forma, ajudou para prender um pouco mais a bola no campo de ataque.
RÓGER CARVALHO – 5
REGULAR
Estreou fazendo o time jogar com três zagueiros, o que por si só já foi algo positivo. Como atuou por apenas 18 minutos, não teve muito tempo para ser exigido.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
10 – DIVINO
09 – PERFEITO
08 – EXCELENTE
7,5 – ÓTIMO
07 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
3,5 – PÉSSIMO
03 – PÉSSIMO
2,5 – VERGONHOSO
02 – VERGONHOSO
1,5 – MEDONHO
1,0 – MEDONHO
0,5 – ENOJANTE
00 – ENOJANTE
01/02/2016 at 19:35
Só de começar o ano 3 jogos em tomar gols( com Leandro Almeida na zaga)e com Alecsandro fazendo gol. ja da pra se animar
02/02/2016 at 2:08
Rs…
De fato, Odair.
Acho que 2016 promete – Rs…
Abração.
01/02/2016 at 12:50
Belo começo de campeonato olhando pelo lado da vitória, mas pela atuação do time sinto que temos um elenco muito bom nas mãos comandado por um técnico fraco. Vamos ver no decorrer dos jogos mas não sinto mais confiança nesse treinador. O time parece acorrentado nas mãos dele.
Abçs.
01/02/2016 at 15:31
Só mais uma observação. Que futebolzinho fraco desse Gabriel Jesus. Osvaldo Oliveira estava certo. Não era nada demais.
01/02/2016 at 17:09
Ed: nem tanto ao Céu, nem tanto à Terra.
Oswaldo de Oliveira nunca disse que Jesus não era nada demais – disse que não sentia que el estava preparado para jogar no time de cima (e acho que neste ponto ele errou feio, certo? Afinal, o cara foi um dos destaques na Copa do Brasil, da qual foi campeão).
Abs.
01/02/2016 at 22:58
Não falou diretamente mas quando ele zombou da insistência da torcida para que colocasse o Gabriel eu entendi justamente isso, que estavam fazendo muito barulho por um jogador que não era nada demais.
Abçs.
02/02/2016 at 2:08
Ed: sobre Jesus, leia matéria que já está no ar.
Abs.
01/02/2016 at 17:10
Pois é, Ed, também vejo um pouco desta forma.
Mas talvez o próprio treinador tenha percebido isso e comece, agora, a mudar um pouco sua forma de montar e de definir o esquema tático da equipe.
Torçamos, pois.
Abs.
02/02/2016 at 8:04
O time não sabe o que fazer nesse esquema tático – muito bem colocado por você quando se refere ao acorrentamento. Pegue as estatísticas e observe que o Palmeiras marca pouquíssimos gols na primeira etapa. Coincidência? Não creio.
01/02/2016 at 11:22
Bom dia! Três jogos se passaram e ainda não conseguimos marcar gols na primeira etapa. Dos quatro gols marcados na segunda etapa, quantos saíram de jogadas ensaiadas? É cedo para qualquer avaliação ou análise, mas o time, que é praticamente o mesmo do ano passado, não consegue jogar. E o que todos viram como mudança tática a entrada do Roger, vi como falta total de coerência do treinador, visto que não treinamos minuto sequer essa formação. Vejo que somos treinados por alguém que não acredita em variações táticas. Todos os times que enfrentamos e que enfrentaremos adiantaram e adiantarão a marcação já que somos reféns da falta de alguém que coordene a nossa saída de bola. Será que temos esse elemento no elenco?
01/02/2016 at 17:07
Olá, Irineu.
Não podemos assegurar que o time não treinou com três zagueiros, pois muitos dos trabalhos são fechados à Imprensa e, desta forma, não temos como informar ao torcedores tudo o que de fato acontece em um time de futebol.
Quanto ao jogador para comandar o nosso meio-campo, ele existe, sim. Só que não joga pois se apaixonou pelo DM.
Abs.
01/02/2016 at 10:51
Ótima vitoria. 3 pontos importantíssimos!
Luz verde pro Dudu (ótimo)
Luz amarela apagando e piscando a vermelha pro Gabriel Jesus(ontem errou tudo, está pessimo)
01/02/2016 at 9:04
Bom dia, muito boa sua avaliação, por ser o primeiro jogo e fora de casa no geral foi bom.
Temos elenco para melhorar gradativamente pois a Libertadores está chegando e é pauleira.
O menino Gabriel Jesus precisa aprimorar as finalizações só treinando vai conseguir melhorar, tem potencial.
Abraço.
01/02/2016 at 17:06
Obrigado, Alfano.
Acho que, além de aprimorar as finalizações, ele precisar ganhar uma folga na obrigatoriedade da marcação.
Abs.
01/02/2016 at 8:43
Márcio, bom dia.
As avaliações foram muito bem feitas, contudo, deixando claro que não se trata de uma crítica, e sim um ponto de vista diferente, discordo em apenas duas avaliações realizadas, que são os seguintes:
Primeiro, na minha opinião o Dudu merecia uma avaliação maior, ele foi de longe o jogador mais perigoso do nosso time, as jogadas sempre progrediram quando passaram por ele, Deus queira que se mantenha assim, pois sem um jogador diferencial é difícil conseguir ganhar a libertadores.
Segundo e para o qual gostaria de sua opinião e dos demais leitores, não sei se somente eu notei, mas no fim do jogo o MO formou uma espécie de 3-4-3, que é um esquema que acho muito interessante, sendo é inclusive o preferido do Guardiola, e por isso eu daria uma avaliação maior a ele, uma vez que treinadores adeptos à modernidade no Brasil são raríssimos, inclusive acho que apenas o Tite e o Roger do Grêmio são assim, logo, se o MO estiver seguindo este caminho, muito esperançoso eu fico para 2016.
Abraços.
01/02/2016 at 17:05
Olá, Diego.
Agradeço o elogio e reitero: esteja sempre à vontade para concordar ou discordar do que escrevo. Neste site, o espaço é sempre democrático e sua opinião tem peso.
De fato, MO escalou o Palmeiras, na fase final do jogo, no 3-4-3, o que provou sua visão de jogo nesta partida. Mantenho, porém, minha análise e minha avaliação pois um treinador não pode ter “preferidos”, e creio que ontem ele assim tratou Gabriel Jesus.
Em relação a Dudu, em minha avaliação ele foi o melhor do time. Portanto, concordamos.
Abraços.
01/02/2016 at 8:42
Marcio, Concordo com sua análise, mas olhando de uma forma mais crítica, a deficiência na saída de bola e os chutões continuarão, embora da para perceber uma preocupação em acertar estas falhas que nos prejudicaram em 2015.
Os chutões começam co o Prass que percebe-se nitidamente que assim que pega a bola seu primeiro reflexo é lançar ao invés de sai jogando. Dos volantes que encostam para receber somente o Arouca se apresenta, mas ta sempre bem marcado, ai que o Gabriel faz falta, ou quem sabe o Jean também arrume isso. Uma opção é o Robinho vir receber, nestas horas ele fica escondido na intermediaria de ataque. No jogo todo ele veio receber para sair jogando apenas 2 vezes e quando recebeu lançou bola longa ao ataque (chutão), em resumo. não adiantou nada.
Outra coisa, para voces repararem é o posicionamento do Vitor Hugo dentro da área, se ele em tese é nosso melhor cabeceador, porque não ganha uma por cima na defesa? Pelo posicionamento errado e estar preocupado em ir no corpo do adversário (legalmente), porem não sobe. Neste jogo por incrível que pareça o l.Almeida tirou mais bola que ele mesmo sendo o Vitor Hugo o zagueiro da sobra.
E no esquema, o segundo tempo foi melhor que o primeiro no momento que o Robinho centralizou e o Dudu ficou como um segundo atacante caindo pelas pontas e fazendo a diagonal para encostar no centro avante.
01/02/2016 at 17:02
Olá, Marcos.
Concordo com quase tudo o que vc disse.
1 – Prass ainda não se livrou do vício de ser o armador das jogadas do time
2 – Gabriel faz uma falta absurda, mas creio que Jean poderá compensá-la muito em breve.
3 – Vítor Hugo é muito bom, mas ainda precisa aprender alguns fundamentos de sua posição. E as bolas aéreas deixarão de ser um problema maior quando Dracena voltar
4 – O time melhorou quando Dudu passou a atuar pelos lados do campo pois, quando isso aconteceu, já vencíamos por 1 a 0 e o Botafogo/SP teve de nos dar mais espaço.
Mas discordo parcialmente de algo que você disse:
5 – Robinho perde espaço e cai de rendimento quando precisa recuar para buscar a bola, é fato, mas não é verdade que ele não resolve nada quando assim age – afinal, de quem foi o preciso lançamento para Dudu marcar o segundo gol?
Abração.
01/02/2016 at 19:11
Concordo Marcio, mas é só isso que ele tenta fazer. Se perceber no lance do segundo gol, o Robinho estava marcando na lateral, a bola sobrou e ele lançou muito bem o Dudu. Porém é só isso que ele tanta fazer, falta por exemplo tocar a bola fazer rodar até abrir o meio para armar. Isso o C. Xavier faz bem, o Valdivia sabia fazer, talvez o Moisés se jogasse ali poderia fazer, me parece que tem esta característica. Sei tambem que o C.Xavie e Moises não podem jogar.Não conheço as características do Regis.
02/02/2016 at 2:07
Marcos: o Régis tem as mesmas características em termos de armação, mas leva uma vantagem sobre Moisés, Robinho e até mesmo Cleiton Xavier: chuta mais a gol.
Abs.
01/02/2016 at 8:15
Marcio, bom dia.
O Gabriel precisa melhorar suas finalizações, pois é péssimo neste fundamento, daqui a pouco, estará parecendo o Kelvin.
Gostei muito da mudança tática do time, nem tanto pelo futebol, mas pelo fato de alterar nosso sistema no meio do jogo. Isto pode tornar-se um ótima virtude neste ano, o Marcelo deveria insistir muito neste expediente, pois poderá desamarrar jogos complicados.
Abs
01/02/2016 at 16:57
Olá, Rodrigo.
Ok: só que nas categorias de base GJ transformava em gols sete de cada 10 oportunidades.
Se isso não acontece mais, creio que seja por duas razões: a primeira é que o nível profissional é mais alto, claro, e a segunda é que ele precisa voltar muito para ajudar na marcação.
Em relação à alteração tática, tomara nosso treinador abra a cabeça e volte a adotá-la neste Paulistão, até para que sirva de treinamento para a Libertadores.
Abs.