Confira as análises tática e técnica de todos os profissionais do Palmeiras, que nesta noite viram seu mais caro reforço em 2015 voltar a brilhar.
EM SÍNTESE - Existem algumas verdades no futebol, e uma delas diz que quando a fase muda para pior de nada adianta fazer o certo, porque no fim tudo dá errado; e quando a fase muda para melhor pode-se errar o quanto quiser, que no fim tudo dá certo. O atual momento do Palmeiras, graças a Deus, se encaixa na segunda afirmativa. Hoje, deveríamos ter enfrentado o bom time de Ponte Preta/SP em seu estádio e contando com seus principais jogadores – mas, como a fase é ótima, atuamos em campo neutro, com 99% dos torcedores a nosso favor e a Macaca não pôde contar com seus três melhores atletas – Fernando Bob, Renato Cajá e Biro Biro. Tais detalhes, somados a uma equipe que a cada rodada mostra um futebol mais convincente (apesar dos evidentes ajustes que ainda precisam ser feitos) e, desta vez, a um Dudu pra lá de inspirado, garantiram mais uma vitória e a aproximação cada vez maior do G4.
FERNANDO PRASS – 5
REGULAR
Fez uma única boa defesa em todo o jogo, e já no segundo tempo, porque o ponto fraco da Ponte são as finalizações. Mas pareceu disperso durante toda a partida e, em duas oportunidades, precipitou-se ao abandonar a meta sem a menor necessidade, colocando em sério risco o nosso time.
LUCAS – 5,5
SATISFATÓRIO
Com Cesinha e Gílson sempre a preocupá-lo, fixou-se mais em nossa intermediária defensiva. Mas nem por isso deixou de contribuir com o time, sendo importante na marcação e nos desarmes.
VICTOR RAMOS – 6
BOM
Outra boa atuação deste seguro zagueiro, que não se assusta em lances perigosos, sendo frio e preciso em todas as suas participações. Foi, também, corajoso em mais de um lance, impedindo com seu corpo finalizações adversárias.
VÍTOR HUGO – 6,5
MUITO BOM
Vou confessar algo que me preocupa bastante em relação a este rapaz: se o Palmeiras não exercer urgentemente o direito que tem sobre sua contratação em definitivo, correrá o seríssimo risco de perdê-lo no fim do ano – não para o América/MG, clube dono de seus diretos econômicos, mas para o futebol europeu. A cada partida que faz, soma mais pontos e se aproxima do que se pode chamar de zagueiro moderno: perfeito pelo alto, eficiente com a bola nos pés, essencial nas antecipações e, não raro, mortal no ataque. E, com exceção do último caso, foi – de novo – tudo isso nesta noite.
EGÍDIO – 5,5
SATISFATÓRIO
Ninguém esperava que seria, pela terceira vez seguida, o grande destaque do time e da partida. Daí que sua atuação, digamos, apenas simplória em Cuiabá/MT era meio que prevista. Cometeu alguns erros defensivos, mas os compensou com outros bons lances na marcação e, principalmente, no apoio.
GABRIEL – 5,5
SATISFATÓRIO
Como a Ponte Preta/SP não pôde contar com Renato Cajá, ficou também sem o seu homem de armação. Daí que nosso “carregador de piano” teve a vida facilitada nesta noite e, assim, também uma atuação bem tranquila.
AROUCA – 6
BOM
Voltou a ter uma boa atuação, também pelas mesmas razões que facilitaram a vida de Gabriel. Sem precisar se preocupar tanto em ajudar seu companheiro de marcação, foi presença constante em nossa intermediária ofensiva, sendo sempre o primeiro a marcar a saída de bola adversária.
ROBINHO – 4,5
RUIM
Talvez porque tenha levando uma pancada logo no começo da partida (que, por sinal, foi responsável pela sua substituição), talvez porque não tenha encontrado um lugar para jogar em campo, talvez porque, enfim, esteja em má fase, o fato é que sua atuação, hoje, deixou a desejar – não armou jogadas ofensivas, errou passes fáceis e nem perto passou da marcação.
RAFAEL MARQUES – 7
ÓTIMO
Muito embora não seja craque, também está longe daquele pereba que defendeu o Palmeiras em 2004 após se destacar na equipe que hoje ajudou a derrotar. Nesta noite, foi perfeito nos dois passes que deu a Dudu que, de tão milimétricos, não poderiam, mesmo, terminar de forma diferente que não em dois gols. Taticamente inteligente, rodou pelos três setores do ataque, confundindo a marcação.
LEANDRO PEREIRA – 6
BOM
Mais uma vez gostei da atuação deste centroavante, muito embora ele não tenha sido tão efetivo nas definições de nossas jogadas. E o motivo é muitos simples: buscou o jogo, saiu da área, ajudou na marcação na saída de bola ponte-pretana e ainda roubou a bola e a tocou para Rafael Marques cruzar para o segundo gol de Dudu. Sua substituição era esperada, mas aconteceu um pouco antes do que merecia.
DUDU – 8
EXCELENTE
Muitos vão dizer que de nada adianta marcar dois gols na Ponte Preta/SP se, na primeira final do Paulistão, perdeu o pênalti que, no fim das contas, acabou impedindo a conquista de mais um título. Porém, já era visível a melhora do futebol deste rapaz nos últimos jogos, e hoje ela se consolidou com os dois gols que marcou, com o ótimo futebol que apresentou, com os passes que deu (um deles perfeito, que Cristaldo desperdiçou) e, por mais paradoxal que possa parecer, também pela ajuda que deu à marcação. Tomara tenha sido este o primeiro passo para a superação de seus problemas de dentro e de fora do campo e que volte a jogar o futebol pelo qual o Palmeiras pagou R$ 19 milhões em janeiro último.
MARCELO OLIVEIRA – 6,5
MUITO BOM
Como disse neste espaço após o jogo contra a Chapecoense/SC, nosso treinador está apenas no começo de seu trabalho e, por isso, levará algum tempo para impor totalmente seu estilo de jogo ao Palmeiras. Isso não significa, porém, que esteja mal ou que venha decepcionando. Ao contrário, até: hoje, por exemplo, foi muito bem, tanto por decidir manter a escalação inicial (mandar a capo a mesma equipe em três jogos seguidos é algo quase impossível no futebol brasileiro) quanto no momento de realizar as substituições e quem escolheu para entrar em campo. Zé Roberto era, sim, a melhor opção para o lugar de Robinho, e se a saída de Valdivia de fato se concretizar, tem tudo para se tornar o dono da posição, principalmente se o ex-meia do Coritiba/PR não recuperar o ótimo futebol que apresentou no Campeonato Paulista, de cuja seleção final fez parte merecidamente. Cristaldo tem feito por merecer as chances recebidas, e se hoje não foi bem isso acabou sendo uma exceção (acredito que poderia ter entrado um pouco mais tarde, mas entendo porque foi a campo logo aos 13 da etapa final – Marcelo Oliveira já via a melhora da Macaca e acreditou que com o argentino nossa presença no campo de ataque seria mais intensa, prendendo mais a marcação). Por fim, Cleiton Xavier precisa recuperar seu futebol, e só o fará jogando. Aliás, quando entrou no lugar de Rafael Marques, nosso técnico pôde ver como fica o Palmeiras no esquema 4-4-2. Tomara que tenha gostado.
CRISTALDO – 4,5
RUIM
Desta vez, teve muito mais tempo para mostrar se futebol, mas por ironia isso acabou lhe sendo negativo. Além de não conseguir jogar um bom futebol, ainda perdeu uma ótima chance já nos últimos minutos de jogo, desperdiçando duas finalizações em um mesmo lance após receber perfeito passe de Dudu.
ZÉ ROBERTO – 6
BOM
Começou apagado o segundo tempo, o que contribuiu em muito para o domínio adversário que vimos. Mas, aos poucos, foi se aclimatando com o jogo e, na segunda metade da etapa final, voltou a ser o principal responsável por nossas johadas de meio-campo.
CLEITON XAVIER – 5
REGULAR
Está tão longe, mas tão longe do CX10 que conhecemos que mais parece ser outro jogador – este é o resultado de se jogar anos em um futebol cujo nível é muito inferior ao praticado nos grandes centro do mundo. Hoje, de novo deixou a desejar, mas pelo menos não foi tao mal quanto em outras partidas. Meu medo é de que só volte a jogar o que pode e sabe após realizar uma intertemporada, o que evidentemente só irá acontecer em janeiro de 2016.
FOTOS DA CAPA – CÉSAR GRECCO
08/07/2015 at 19:25
AOS otimistas de plantão, nenhum time ganha campeonato sem meias de criação. só com volantes, não iremos muito longe!!!
09/07/2015 at 0:30
Maranga: temos três meias de armação – Robinho, Cleiton Xavier e Fellype Gabriel. Nenhum deles joga 20% do que joga Valdivia, mas também não são jogadores ruins.
Até acredito que não seremos campeões brasileiros, mas não será por este motivo.
Abs.
07/07/2015 at 22:11
Tive o prazer de acompanhar o jogo na Arena Pantanal. Como é bom ver o Verdão jogando bem e de novo em Cuiabá!
Aliás, impossível não me lembrar da primeira vez em que tive o prazer de ver o Palmeiras jogando na capital de Mato Grosso, oportunidade em que tive o prazer de conhecer o grande palmeirense e fantástico jornalista Márcio Trevisan.
Parabéns pela continuidade do trabalho grande Márcio! Aguardo seu retorno ao Mato Grosso!
Grande abraço.
09/07/2015 at 0:28
Olá, Mundin.
Agradeço demais o seu carinho e as suas palavras.
Saudações alviverdes!
06/07/2015 at 21:59
Marcio, sobre o Lucas ter apoiado menos nos últimos jogos não é por acaso. Isso é dedo do Marcelo que para os mais novos que não viram, tem o mesmo jeitão do Tele armar o time, porém de forma mais moderna, atualizada. Como o Dudu joga aberto pela esquerda e vem fazendo uma boa dupla com as subidas do Egídio. Ele segura o Lucas e libera o Arouca um poco mais pela direita junto com o Rafael Marques e Robinho. Pode reparar que há sempre um revesamento pela direita com dois destes e um pelo meio. O Lucas só vai na hora certa, está mais preso a marcação e ajudando demais ao esquema proposto. A meu ver temos que olhar com esta visão.
09/07/2015 at 0:25
Oi, Marcos.
Sua análise é perfeita.
Abs.
06/07/2015 at 21:28
marcio moro a mais de 500km de sao paulo mais nesta quarta estarei no palestra para acompanhar palmeiras e avai com certeza mais uma vitoria do meu verdao
09/07/2015 at 0:25
Oi, Celso.
Respondo após a vitória sobre o Avaí/SC.
Fico feliz que tudo tenha dado certo.
Abs.
06/07/2015 at 16:31
Isso sim é técnico de time grande, não aquele O.O do borogodó. parei de assistir os jogos do Verdão com ele no comando. Frases vinda dele como ” ninguém vai morrer se perder do são paulo” ou ” ninguém vai morrer se não vencer um clássico” estas frases me arrancaram 10 anos da minha vida.
Aquele FDP, mal vibrava com gol do verdão e se portava como uma estátua tanto ganhando como perdendo.
Mas enfim, agora sim depois de muito tempo, temos um técnico com vontade verdadeira de vencer, e não estes que ficam calado na beira do campo, de braços cruzados.
Aposto com qualquer um, que enquanto o O.O. do borogodó ainda estivesse no comando do Verdão, estaria lutando para sair do Z-4.
Peço desculpas aos que simpatizam com o citado técnico, mas eu precisava desabafar.
RUMO AO TITULO QUE EM 2009 NOS FOI TIRADO, 2015 É NOSSO!!!
09/07/2015 at 0:23
Olá, Verdão.
É ótimo tê-lo de volta após tanto tempo.
Espero que continue por aqui.
Abs.
06/07/2015 at 9:41
Cleiton Xavier, me pareceu pesado, gordo, lento. Minha nota para ele seria 0,5. Parece que já ganhou muito dinheiro e não quer mais nada. Até agora é a maior decepção.
06/07/2015 at 16:26
Tadeu: ele irá melhorar.
Quando o cara fica muito tempo jogando em Ucrânia e que tais, demora mesmo para voltar a atuar bem.
Abs.
06/07/2015 at 17:26
Prezado FTadeu.
Concordo com você, tive a mesma percepção,desde o Paulistão.
06/07/2015 at 9:37
Márcio,
bom dia.
Aos poucos parece que o time vai se ajustando. Não espero um primor de futebol num curto espaço de tempo, mas que sejam suficiente para ganhar os jogos.
Como é normal, alguns jogadores vão ter algumas quedas no rendimento. Espero que o MO esteja de olho nisso e faça as trocas quando detectadas.
Fazia muito tempo que não tínhamos uma sequência de vitórias. Torço para que continuemos assim.
Abs
06/07/2015 at 16:24
Oi, Edson.
A última vez em qe vencemos pelo menos três jogos seguidos foi no Paulistão deste ano.
Já em termos de Brasileirão, foi entre 22 e 29 de setembro de 2010, quando ganhamos de Grêmio Prudente (1 a 0, no Prudentão), Flamengo (3 a 1, no Engenhão) e Inter/RS (2 a 0, na Arena Barueri).
Abs.
06/07/2015 at 9:27
Bom dia, muito bom seu comentário caro Trevisan, tem que deixar o Marcelo trabalhar, pois é sério e sabe como ninguem como é jogar o Brasileirão.
Rumo ao G4 e brigar nas primeiras posições, hoje temos elenco para isso.
Força Verdão.
Abraço.
06/07/2015 at 16:20
Obrigado, Alfano.
Abs.
06/07/2015 at 9:04
Mesmo time, pegada um pouco melhor. Será que precisava tanto tempo pra embalar, como dizia o O.O.? A resposta parece óbvia.
Quem mais será que vai vazar desse elenco, Márcio? Alecsandro e Barrios no ataque dessa formação já parecem promissores sem nem ter previsão de estréia.
Pensando hoje G4 e vaga na Libertadores estão bem mais razoáveis, como você havia comentado. E pelo nível sofrível da maioria dos times do campeonato, Palmeiras tem que aproveitar e subir logo!
Abraço!
06/07/2015 at 16:20
Luigi: estamos em ótima fase e acredito que a manteremos na próxima quarta, contra o Avaí/SC, em casa.
Porém, o desafio seguinte será o Sport/PE em Recife/PE, e aí pode ser que o bicho pegue.
O que quer dizer é que altos e baixos farão parte de todos os times neste Brasileirão. O que pode nos favorecer é o elenco que temos: afinal, os três que estavam na reserva ontem e entraram durante o jogo – Zé Roberto, Cleiton Xavier e Cristaldo – seriam titulares em todos os outros 19 clubes.
Quanto a quem vai sair, creio que infelizmente a bola da vez seja Cristaldo.
Abs.
06/07/2015 at 8:56
Esse molequinho chamado DUDU realmente foi NOBRE. Eu torço por esse rapaz. Como tambem torço para que o G.JESUS consiga marcar seu gol do desencanto e depois, apresente o futebol que nasceu para ter.
06/07/2015 at 16:16
Bibanco, anote: quando Jesus marcar pela primeira vez, não irá parar mais.
Abs.
08/07/2015 at 7:33
Exatamente o que penso …
06/07/2015 at 3:40
Hoje concordo com todas suas análises, inclusive a do Dudu. Vamos firme em busca do título que eu acho que esse ano vai dar.
Abçs.
06/07/2015 at 16:16
Ed, é fato: você está mudado – Rs…
Abs.
06/07/2015 at 18:41
Foi só o Mago sair do time que o humor dele mudou rsrsrs
06/07/2015 at 22:12
kkkk….verdade Fábio…..o Ed mudou sem o Mago……ele está voltando em Ed…..kkkkk
08/07/2015 at 10:59
Sei lá o que está acontecendo comigo pois realmente estou acreditando no título esse ano. A chegada do Marcelo Oliveira me animou muito. Mas algo está prestes a me irritar novamente…
Abçs amigos palestrinos !!!
09/07/2015 at 0:28
Ed: Valdivia não quis ficar.
E se ele não quis, que seja feliz em outro time.
Abs.