BOM TRABALHO, MARCELO, POIS ACREDITE: VOCÊ O TERÁ.

Veja as análises tática e técnica de todos os profissionais do Palmeiras - que venceram com justiça, é verdade, mas que já mostraram ao novo treinador o quanto ele precisará trabalhar para fazer este time jogar bola.

EM SÍNTESE - Vencer é sempre importante, e esta vitória acabou se tornando ainda mais essencial pelo simples fato de, caso não a tivéssemos obtido, estaríamos agora na ZR ou, na melhor das hipóteses, a apenas uma posição dela. Mais legal ainda é o fato de o Palmeiras ter feito por merecê-la – não porque jogou o fino da bola, mas porque jogou bola o suficiente para ser superior ao Fluminense/RJ durante toda a partida. Só que qualquer um percebe que nossa equipe tem problemas (aliás, todas têm), e que para saná-los – além dos reforços já contratados e que ainda o serão pela diretoria – será preciso que nosso novo treinador trabalhe forte. Tomara Marcelo Oliveira tenha ciência da responsabilidade que passará a ter a partir desta semana.

FERNANDO PRASS – 6,5
MUITO BOM

Ao contrário das duas últimas partidas, em que esteve hesitante e até falhou em lances decisivos, hoje voltou a ser o que normalmente sempre é: seguro, competente e tranquilo. Fez três importantes defesas e ajudou muito o time a conseguir a vitória.

 

 LUCAS – 6
BOM

Como o Palmeiras não teve como contar com Kelvin pela direita, aventurou-se ao ataque com muita frequência, sobretudo no primeiro tempo. Na etapa final pareceu se cansar e, aos poucos, foi se limitando apenas à marcação das poucas jogadas que o Fluminense/RJ criou.

 

 VICTOR RAMOS – 5
REGULAR

Deveria ter tido mais cuidado com Magno Alves, que no primeiro tempo não só foi o principal responsável pelo gol que sofremos como também quase marcou outro. Acabou dando sorte com a expulsão do veteraníssimo centroavante tricolor.    

VÍTOR HUGO – 6,5
MUITO BOM

Outra atuação elogiável deste bom zagueiro que, quando não inventa nem acredita que é o novo Luís Pereira, sempre colabora muito com a equipe. Hoje, mais uma vez foi bem nas jogadas aéreas e nas coberturas, sobretudo de Egídio. E quase fez, de cabeça, mais um gol, acertando o travessão.

EGÍDIO – 5 
REGULAR

Não foi o principal responsável pelo gol que sofremos, muito embora não tenha conseguido cortar a bola que passou a menos de um metro de seus pés, pois o erro foi coletivo. Mas é evidente que destoa da maior parte de seus companheiros, já que sempre protagoniza lances em que fica evidente sua falta de qualidade técnica. Se hoje recebe a nota e a avaliação acima é porque, no aspecto ofensivo, foi mais eficiente e também porque a cobrança de falta que originou o gol de Cristaldo saiu de seus pés.

GABRIEL – 6,5
MUITO BOM

Hoje tivemos uma ótima oportunidade para comparar o amigo aí de cima ao último cara de talento que jogou em sua posição no Palmeiras, Pierre. E a conclusão a que se chega é que, se o atual cabeça-de-área tricolor ainda é bom naquilo que faz, o cão-de-guarda palmeirense lhe é superior pois, além de também desarmar como poucos (é o melhor deste Brasileirão neste quesito), ainda por cima chega ao campo de ataque e não tem medo de arriscar chutes de fora da área.    

AROUCA – 5,5
SATISFATÓRIO

Gosto muito de seu estilo de atuar, que pode ser definido como o de um volante moderno – marca, claro, mas também sai para o jogo e se torna, graças à boa técnica que tem, uma ótima opção ofensiva. Mas precisa entender que, quando Gabriel apoia, precisa permanecer no campo de defesa. Hoje, de novo errou neste ponto (por sinal: bobeou ao não acompanhar Jean no lance do gol do Flu) e poderia ter sido substituído bem antes. 

ZÉ ROBERTO – 6,5
MUITO BOM

Sinceramente? Não entendi por que ele foi substituído. Afinal, fora no primeiro tempo nosso mais lúcido jogador, criando a maior parte das jogadas ofensivas da equipe e ainda sendo muito útil nas bolas paradas. Sua saída pode até dar a impressão de que melhorou o Palmeiras, mas esta melhora se deveu a outros fatores.  

CLEITON XAVIER – 5,5
SATISFATÓRIO

Se eu disser que já é o mesmo jogador de sua primeira passagem pelo Verdão estarei mentindo – por sinal, ainda está bem longe daquele meia criativo e ofensivo que fez com que a torcida se esquecesse rapidinho de Valdivia. Mas hoje até que não foi tão mal quanto em partidas anteriores, pois pelo menos arriscou chutes de fora da área (num deles quase venceu seu ex-companheiro de Palmeiras, Diego Cavallieri) e cobrou escanteios com muita qualidade, como no gol de Rafael Marques. Na etapa final, caiu visivelmente no aspecto físico e foi corretamente substituído. 

RAFAEL MARQUES – 6,5
MUITO BOM

Será bem difícil que o rapaz da fato acima tenha uma atuação de encher os olhos, até porque não tem talento suficiente para tanto . Mas, às vezes, ele de fato ajuda o time, como aconteceu hoje. Além do importantíssimo gol que marcou, cabeceando meio que de costas para a meta e evitando que saíssemos perdendo no intervalo, ainda atuou mais aberto pela ponta, sobretudo na etapa final, o que deixou nossa equipe mais ofensiva. Só não sei se será titular absoluto por muito tempo, já que agora seu protetor não está mais no comando. 

DUDU – 4,5
RUIM

Infelizmente tenho que mais uma vez avaliar esta jovem promessa de forma negativa. Reconheço – e elogio – o fato de não fugir do pau, de nunca se esconder, e sempre tentar as jogadas que fizeram com que o Palmeiras gastasse uma grana preta em sua contratação. Mas o problema é que, desde que perdeu aquele pênalti na primeira final contra o Santos/SP, não tem conseguido mostrar um bom futebol. Hoje, tentou inúmeros lances, mas a verdade é que nenhum deles de fato ajudou a equipe. Tomara seja apenas uma longa e persistente má fase, mas confesso que começo a me preocupar muito.

ALBERTO VALENTIM – 6,5
MUITO BOM

Com o nariz torcido e um pé atrás. Confesso que foi desta maneira que comecei a analisar o trabalho do nosso interino treinador neste domingo. Não pela escalação inicial, a qual considerei correta, mas pelo fato de manter o esquema tático 4-2-3-1, o mesmo que derrubou o antigo titular do posto (até porque, no primeiro tempo, jogamos sem um centroavante, o que por si só já tornou tal esquematização furada, já que faltou o “1″ desta história). De qualquer forma, a posse de bola, a troca de constante de passes, as inversões de jogo, as finalizações de fora da área e, principalmente, o domínio imposto pelo Palmeiras rapidamente me mostraram que ele, ao menos, merecia uma chance. Foi o que eu fiz e, para minha satisfação, ele correspondeu. Primeiro já deixou claro que promoveria a estreia de Alecsandro logo após o intervalo antes mesmo do término da etapa inicial  - e melhor: manteve sua decisão inclusive depois de termos empatado o jogo no último lance do primeiro tempo (se quem estivesse no banco fosse nosso ex-treinador isso jamais teria acontecido). Depois, mandou o time ao ataque, promoveu uma blitz na defesa tricolor desde o início da segunda etapa e, após ficarmos com um homem a mais, intensificou ainda mais tal pressão. Mostrando ter visão técnica, sacou CX8 logo aos 22 minutos, colocando Robinho e, com isso, aumentando a presença ofensiva sem expor o time a contra-ataques. Por fim, acertou também ao escolher Cristaldo como última cartada para tentar a vitória – não devido ao gol que o argentino marcou, mas sim porque ele era o único que poderia formar uma dupla de centroavantes com Alecsandro. Seu único senão neste ponto é que demorou muito para promover esta alteração. Não sou o dono da verdade, mas sou capaz de apostar que Alberto Valentim será um grande treinador no futuro.  

ALECSANDRO – 6
BOM 

Já disse aqui, algumas vexes, que um comandante de ataque pode ajudar muito uma equipe mesmo que não tenha uma participação tão efetiva em se tratando de finalizações. Foi o que aconteceu com o estreante da tarde. A partir do momento em que foi a campo, o filho de Lela deixou o Palmeiras muito mais ofensivo não porque se fixou entre os zagueiros, mas justamente porque nem sempre fez isso – caiu pelos lados do campo, voltou à intermediária, roubou bolas e até iniciou algumas jogadas. Teve, sim, pelo menos duas chances para estrear já marcando gols, mas por falta de sorte a bola nunca esteve no lugar exato para ser chutada como deveria. Nunca foi, não é e jamais será um goleador extraordinário, mas é certo que poderá ajudar bastante o Verdão. 

ROBINHO – 5,5
SATISFATÓRIO 

Voltou após mais de 20 dias sem jogar e sentiu o ritmo de jogo. Inicialmente se dividiu entre  a criação e a proteção à nossa intermediária, mas após a entrada de Cristaldo pôde ser o que mais gosta: meia de armação. E aí foi bem.

 

CRISTALDO – 6
BOM

Todo mundo viu que ele fez o gol da vitória e que este só aconteceu devido à sorte, já que após se chocar à trave esquerda do ex-palmeirense (ou melhor: do eterno palmeirense) Diego Cavallieri a bola bateu em sua coxa e entrou. Mas o que poucos perceberam é que a falta que originou tudo isso só aconteceu porque Gum teve de tocar com a mão na bola para que ela não lhe chegasse aos pés. Ou seja: no lance capital da partida, o amigo aí de cima teve uma dupla participação.

FOTO DA CAPA – CÉSAR GRECCO

26 Responses to BOM TRABALHO, MARCELO, POIS ACREDITE: VOCÊ O TERÁ.

  1. PALESTRINO NATO

    Devemos todos apoiar o M.O, pois essa é a hora.Temos time pra estarmos acima na tabela e muito longe da ZR. Se bem escalado, teremos gratas surpresas. Quanto ao M.K, deixemos ele prá lá. Concordo contigo Marcio, tem jogador que nasceu prá time pequeno e ele é um bom exemplo disso. Que Deus ilumine seu caminho.

    • Márcio Trevisan

      Bibanco: também quero que MK7 tenha seu caminho iluminado, mas que quando estiver próximo de retornar ao Palmeiras todas as luzes se apaguem e ele não encontre o caminho.

      Abs.

  2. Ola Marcio.

    O que acharia de termos o Alberto efetivado como tecnico? Me parece um jovem promissor…

    Outra coisa..o que pode explicar casos como de Maikon Leite no Sport e Marquinhos no Cruzeiro. Sempre foram péssimos no Palmeiras mas têm até um certo cartaz fora…

    • Márcio Trevisan

      Olá, Carlos.

      Para o time que foi montado e o investimento que foi feito, temos de ter um treinador experiente e vencedor – caso de Marcelo Oliveira, atual bicampeão brasileiro.

      Valentim será, sim, um técnico de destaque, acredito, mas não suportaria três maus resultados seguidos.

      Em relação a Maikon leite e Marquinhos, são casos diferentes: o primeiro teve “n” chances no Palmeiras e nunca convenceu (parece-me um jogador para times pequenos). Já o segundo teve uma rápida passagem pelo clube, de fato não foi bem e acabou liberado sem que tivesse chances reais.

      Abs.

  3. Márcio, se está insatisfeito com o 4-2-3-1, pode ir se acostumando, pois o novo Oliveira só joga assim tbm. Só espero que com a mudança de Oliveira o time enfim fique mais azeitado. #FicaMago … #VoltaPierreInjustiçado (pro nosso banco, claro, pois o Gabriel tá muito bem).

    • Márcio Trevisan

      Osni: sei que Marcelo Oliveira também gosta deste esquema, o que eu lamento.

      Mas se ele colocar os jogadores certos nos lugares certos, quem sabe, não é?

      Quanto ao Valdivia, se ele repetir o futebol que jogou hoje contra o México ficará difícil seu retorno – ele comeu a bola e ainda fez um golaço, de fora da área, erroneamente anulado pelo bandeirinha. Se vc quer que ele fique, é bom torcer contra o Chile.

      Abs.

      • Chileeeeee !!! Chileeeeee !!! Chileeeeee !!!

        Vai Valdivia, arrebenta garoto, come a bola mesmo, é isso aí !!!

        • Márcio Trevisan

          Ed: a ideia para quem quer ver o Mago longe do Palmeiras é esta, mesmo.

          Quanto melhor ele jogar nesta Copa América, mais longe ficará do Palmeiras.

          Mas, lembre-se: o Chile é uma espécie de Portuguesa e, na hora H, sempre perde.

          Abs.

          Abs.

          • Eu torço muito por isso Marcio. Valdivia pode ser um excelente jogador mas acho que já deu. Em minha opinião virou uma relação que já está fazendo mal ao Palmeiras pois o clube não consegue andar pra frente, pensar em coisas novas, esquemas novos, enfim, enquanto ele treina é sempre aquela indefinição, Valdívia vai jogar, não vai, o treinador deve ficar com a cabeça fervendo pois tem que ter sempre duas ideias de time na cabeça pois nunca se dá pra contar com ele. Até a torcida fica nessa divisão chata que não leva a anda. Eu não tenho dúvidas que assim que o Valdivia assinar um contrato de renovação ele encosta o burro na sombra de novo. Vida nova, vamos olhar pra frente, é o que penso.

          • * corrigindo: não leva a nada.

  4. Atualizando o placar:
    Maikkon Leite 3 x 0 Dudu Meio Kilo pipoqueiro.
    Mais gostei do resultado Márcio, o importante é sempre vencer. abraços.

  5. Robinson - Poços de Caldas

    Boa tarde amigos!!!

    Enfim voltei, depois de tantas reviravoltas da vida

    Marcio, é um grande prazer voltar a comentar no “Senhor Palmeiras”

    Acredito que o Dudu necessite de um bom trabalho psicologico pois desde que foi contratado foram só polemicas!

    Ele vai dar a volta por cima

    • Márcio Trevisan

      Olá, Robinson.

      Estamos felizes com seu retorno e na torcida para que tudo tenha se ajeitado.

      Também torço muito para que Dudu consiga jogar no Palmeiras o que jogou no Grêmio/RS, mas infelizmente isso terá de acontecer rapidamente – afinal, paciênca é algo que não temos muito, certo?

      Ótimo tê-lo de volta.

      Abs.

  6. emilio maranga

    Márcio o pasto do gramado não seria devido á ruindade do time ?? E porque M.Oliveira esta demorando tanto?? Nossa dupla Mustanobre estão tentando abaixar em 5 ou 10 mil assim como fizeram com Kardec ???

    • Márcio Trevisan

      Olá, Maranga.

      O time não é lá grande coisa (se bem que nenhum time brasileiro foge a esta regra), mas o gramado ruim foi um erro de planejamento de quem o plantou.

      Em relação ao treinador, relaxe: está tudo certo. Acho que o PN aprendeu com o episódio do Kardec.

      Abs.

  7. E o gramadoo hein !!! Que coisa horrorosa. Uma arena daquelas com um pasto daqueles é muito amadorismo.

    • Márcio Trevisan

      Vc falou tudo, Ed: a empresa responsável pelo gramado e a WTorre, responsável por sua contratação, pisaram feio na bola.

      Nada justifica estes problemas, pois nenhum outro gramado está tão ruim.

      Abs.

  8. Márcio,
    bom dia.
    Enfim ganhamos no brasileiro. Foi difícil mas também não é fácil jogar contra os adversário que aqui vem e não saem da defesa.
    O melhor foi que desta vez conseguimos fazer o gol da vitória que não saíra nos jogos anteriores onde também jogamos bem.
    Venha MO e que conduza o nosso time novamente aos títulos.
    Abs

    • Márcio Trevisan

      Édson: nem sonho com título neste ano.

      Para mim, se chegarmos até às quartas da Copa do Brasil e garantirmos uma vaguinha na próxima Libertadores já estará de ótimo tamanho.

      Abs.

  9. Roberto Alfano

    Bom dia , até que enfim demonstraram muita garra na busca do Gol, pois só a vitória interessa em pontos corridos.

    Bem que você caro Trevisan informou neste título da matéria, que venha Marcelo Oliveira, vai ter muito trabalho para organizar esquema tático.

    Força Verdão.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Alfano: ai do Palmeiras se não tivesse ganhado.

      Mas, prepare-se: temos duas buchas terríveis pela frente: Grêmio/RS lá e São Paulo/SP no pasto da Arena.

      Abs.

  10. Concordo com todas as suas avaliações menos como sempre em relação ao Dudu, quando vc insiste em tratar a ruindade desse jogador como uma fase ou fator psicológico. Eu nunca vi sequer uma partida boa desse rapaz, condizente com o valor pago, desde que pisou no Palestra. Nos únicos momentos bons que teve antes daquele penalti foram apenas lampejos e lances de sorte como aconteceu com o Cristaldo no lance do gol. Ele é ruim Márcio, ruim de doer. Melhor vc aceitar de vez…rs

    ABÇS !!!

    • Só um complemento. Vc diz que ele nunca foge do pau e luta o jogo inteiro. Luan também fazia isso. A única diferença entre os dois é que o empresário do Luan não conseguiu enganar o Brasil inteiro.

    • Márcio Trevisan

      Ed: ainda acho que ele pode dar certo.
      Mas, como eu disse, começo a me preocupar.
      Abs.

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