Veja as análises tática e técnica de todos os profissionais do Palmeiras, que venceram a sexta seguida e chegarão embalados para o clássico com o Santos/SP.

EM SÍNTESE - Sofremos tanto no ano passado que, às vezes, a memória nos trai. Hoje, por exemplo, vi vários torcedores salientando que esta foi a sexta vitória seguida do Palmeiras, mas a verdade é que no começo de 2014 também atingimos este feito, ganhando os seis primeiros jogos. Contudo, existe uma importante diferença entre aquelas seis vitórias e estas seis vitórias consecutivas: agora, mesmo sendo praticamente novo, o time tem mais elenco, mais opções para todas as posições e, apesar das ainda visíveis fragilidades, principalmente, mais pinta de que pode ser campeão.

FERNANDO PRASS – 5,5
SATISFATÓRIO

Durante toda a partida fez uma única defesa importante – e, ainda assim, após uma cobrança de falta de Léo Gago, nosso ex-jogador. No mais, foi um mero espectador do terrível time dirigido pelo grande caráter Márcio Araújo.

JOÃO PEDRO – 6
BOM

É verdade que teve um trabalho terrível com o tal do Muralha, que no segundo tempo entrou para jogar em suas costas e, com isso, mostrou mais uma vez a deficiência defensiva que este rapaz ainda tem. Porém, ainda assim provou que pode ser bem mais útil ao time do que Lucas, sobretudo se puder contar com a cobertura de um dos volantes quando apoiar o ataque.   

VICTOR RAMOS – 7
ÓTIMO

Surpreendente atuação deste rapaz que, como se sabe, é limitado tecnicamente. Hoje, evitou um gol certo ao impedir uma finalização, jogou sério e sem os conhecidos toquinhos de classe que, pensa ele, sabe dar, foi o que se espera que seja um grande zagueiro. Enfim: o melhor do time.  

JACKSON – 6
BOM

Uma atuação sem sustos, até pela fragilidade do adversário. Destacou-se mais em duas importantes antecipações.

JOÃO PAULO – 5
REGULAR

Dadas as poucas qualidades técnicas que possui, não consegue se destacar nem mesmo diante de fracas equipes como esta que montou o Bragantino/SP para este Paulistão. Hoje, é verdade, não chegou a compromete, mas em nenhum momento foi um jogador com o qual o time pôde contar sem hesitar. 

  AMARAL – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO

Jogou apenas 5 minutos, sem tempo para ser analisado.  

RENATO – 5
REGULAR 

Esperava bem mais deste jogador nesta noite, pois hoje atuou como gosta – de segundo volante, mas com liberdade para se aproximar mais da área e se tornar, assim, quase um ponta-de-lança. Mas acabou tendo uma atuação bastante tímida, em que alternou boas jogadas com erros infantis.     

ZÉ ROBERTO – 5,5
SATISFATÓRIO

Pois é: tanto pedimos sua presença no meio-campo dada a sua inquestionável qualidade técnica para armar as jogadas e, quando isso acontece, ele nos apresenta o futebol que vimos hoje, em que os erros foram praticamente proporcionais aos acertos. Não sei se devido à cirurgia bucal a que se submeteu na segunda-feira ou se a outro fator, mas sei que nem de longe ele foi neste sábado o “cérebro” que se esperava que fosse. 

MAIKON LEITE – 6
BOM

Nunca fico feliz quando ouço o nome deste rapaz, muito menos quando isso acontece antes do jogo começar. Porém, se desta vez ele não foi lá grande coisa, também não chegou a irritar com jogadas erradas e gols perdidos. Por sinal, em três oportunidades, todas no primeiro tempo, criou bons lances. Na etapa final, cansou-se e foi corretamente substituído.  

LEANDRO PEREIRA – 6,5
MUITO BOM

Mesmo sido, na prática, o comandante do nosso ataque, teve uma importância muito grande nesta partida pois, além de ter prendido a marcação inclusive do volante do Bragantino/SP, ainda abriu espaços com constantes deslocamento pelos lados do campo. E, claro, o toque de calcanhar que iniciou a jogada do gol de Rafael Marques é digno apenas de quem sabe jogar bola.     

RAFAEL MARQUES – 6
BOM

Um dos xodós do amigo aí de baixo, este rapaz não é o grande jogador que nosso técnico pensa ser. Mas também não é tão ruim quanto parecia que seria quando foi revelado pelo Verdão, em 2004, e nos irritou bastante. Hoje, cumpriu uma função tática interessante: mesmo aberto pela esquerda, várias vezes fechou pelo e meio e, tanto como pivô como quando comandante de ataque, lembrou seus tempos de centroavante – numa delas, concluiu com competência a linda jogada iniciada por Leandro Pereira e que contou, também, com o bom passe de Renato.

OSWALDO DE OLIVEIRA – 7
ÓTIMO

Nosso treinador, desta vez, foi um dos destaques do time. Ele acertou em cheio ao poupar praticamente todo o time titular – apenas Prass, Zé Roberto e, já no segundo segundo tempo, Arouca estiveram em campo – neste jogo, e por três motivos:

1º – O retorno de Vitória da Conquista/BA foi extremamente desgastante, já que problemas no Aeroporto de Cumbica obrigaram a delegação a pousar em Ribeirão Preto/SP e, de lá, viajar 320 km de ônibus até São Paulo/SP. E, vale lembrar, temos um clássico já na quarta-feira – e fora de casa.

2º – O adversário era fraquinho, fraquinho, e muito provavelmente não daria trabalho nenhum. De fato, o magro placar pode até mostrar o contrário, mas a verdade é o Bragantino/SP é um dos favoritos ao rebaixamento neste Paulistão.

3º – O elenco é muito grande e vários jogadores sequer têm sido relacionados neste Paulistão devido ao limite de 18 atletas por partida. Ao dar chances a quase todos, Oswaldo não só pôde avaliá-los em uma situação real de jogo mas também injetou uma dose de motivação.

Além disso, o técnico palmeirense acertou nas três alterações que realizou, sobretudo ao promover a estreia de Gabriel Jesus dentro de casa, com a apoio de mais de 30 mil palmeirenses.

VICTOR LUÍS – 5
REGULAR

Começou muito mal, errando passes e jogadas à frente da nossa zaga que poderiam ter nos causado problemas. Aos poucos, foi se ambientando e, sobretudo na etapa final, conseguiu mostrar um futebol razoável. 

AROUCA – 5,5
SATISFATÓRIO

Entrou para arrumar o setor de marcação no meio-campo e também ajudar Zé Roberto na armação, já que o veterano jogador não fazia uma boa partida. E cumpriu o que lhe foi pedido. 

GABRIEL JESUS – 5,5
SATISFATÓRIO

Enfim conseguiu estrear no time de cima. E o fez com personalidade, buscando o jogo, finalizando a gol e até dando um passe de três dedos, que só os que têm muita qualidade conseguem fazer. Só o tempo dirá, mas acredito que tenhamos encontrado um novo craque.  

Quadro de Avaliação

10 – Magnífico
9,5 e 9 – Excepcional
8,5 e 8 – Excelente
7,5 e 7 – Ótimo
6,5 – Muito Bom
6 – Bom
5,5 – Satisfatório
5 – Regular
4,5 – Ruim
4 – Muito Ruim
3,5 e 3 – Péssimo
2,5 e 2 – Horrível
1,5 e 1 – Ofensivo
0,5 e 0 – Vergonhoso