Prass diz que grandeza do Palmeiras não permite que time dependa de apenas um jogador.
É fato. Mas não tem sido bem assim. E já faz tempo.
Todo mundo sabe que o Palmeiras já teve time fantásticos. Além dos mais famosos, as Primeira e Segunda Academias, houve outros quase tão fantásticos quanto, como o que faturou as 5 coroas no início dos anos 50 (incluindo-se nesta a do Mundial Interclubes de 1951), o que ganhou o Supercampeonato Paulista de 1959, o do bi brasileiro em 1993 e 1994, o sensacional esquadrão de 1996 ou aquele que garantiu a Libertadores de 1999. Mas se é verdade que todas estas equipes tinham vários craques, também é verdade que quando pernas-de-pau foram maioria, como agora, o Verdão dependeu, sim, de um ou, no máximo, de dois ou três jogadores.
Comecemos pela primeira metade dos anos 50. Naquela época, não fosse a presença de sensacional Humberto Tozzi e seus 129 gols em 135 jogos (inacreditável média de 0.95 por partida!!!), nossa equipe teria sofrido muito mais do que sofreu, talvez até mesmo corrido sérios riscos de ser rebaixada – e no Paulistão.
Logo após o término da Segunda Academia, não fosse ora o lateral-esquerdo Pedrinho, ora o meia Jorge Mendonça, ora o falso ponta-direita Jorginho Putinatti e as coisas teriam sido bem piores do que foram (aliás, mesmo com os três quase caímos para a Segundona estadual em 1980). E se o início da década dos 80 não nos foi nada bom, podem apostar: não tivesse a equipe recontratado Luís Pereira teria sido ainda mais dolorosa.
Correm os anos e chegamos ao período pós-Parmalat. Apesar das várias contusões, é inegável que o meia Pedrinho foi em sua época o cérebro do time. Igual importância teve Vágner Love, cujos gols nos reconduziram à elite nacional em 2003. Até mesmo o apenas razoável ponta-de-lança Marcinho, campeão paulista do ano passado na reserva do Ituano/SP, carregou o time nas costas em 2004 e 2005.
Em seguida foi a vez de Edmundo retornar ao Palestra Itália para lhe dar um algo a mais. E, claro, o goleiro Marcos nos garantiu inúmeras vitórias. Mais recentemente, como não admitir que a conquista da Copa do Brasil de 2012 se deveu, em muito, a Marcos Assunção e suas geniais cobranças de falta e de escanteio?
Em síntese, Fernando Prass: em tempos de vacas magras, como os de hoje, qualquer bezerro serve.
15/11/2014 at 10:20
Marcio, tenho uma camisa de 2002 (time que subiu) toda autografada e sempre a achei historica, mas depois caimos e agora ainda estamos a beira do abismo. sera que ela perdeu seu valor moral?
13/11/2014 at 13:46
Acho que podemos cair o time é mais do que MEDÌOCRE !!!Só não estamos nazona do rebaixamento, porque os debaixo da tabela ,ainda não encaixaram duas vitórias seguidas !!Mas agora sem Valdívia acho que iremos até a última rodada !!!
13/11/2014 at 17:04
Olá, Sérgio.
É verdade: ainda podemos cair, mas as chances – neste momento – são pequenas.
Creio que se nos próximos três jogos (São Paulo, Sport e Coritiba/PR) somarmos 5 pontos provavelmente escaparemos matematicamente antes da última rodada.
Abs.
13/11/2014 at 12:05
Análise perfeita Marco, pena que o atual presidente enxergou apenas uma oportunidade de agradar os “cumpanheros” do bom e barato.
13/11/2014 at 8:44
Este assunto é de fundamental importância para ser discutido entre todos os palmeirenses, para sensibilizar a diretoria que for eleita após a confirmação do Palmeiras na série A de 2015.
Por enquanto, é lamentável que jogadores e diretores do Palmeiras abordem o tema em entrevistas, estimulados por perguntas que visam apenas causar instabilidade em momento decisivo para o time em sua reta final do campeonato.
Faltam cinco jogos, cinco batalhas para encerrar o ano e nosso elenco é esse que está regularmente inscrito na competição. Cabe a esse elenco manter o Palmeiras na série A.
Sendo assim, nossa diretoria, nossa Comissão Técnica e nossos jogadores deveriam firmar um pacto de silêncio sobre 2015 e direcionar toda sua atenção e toda sua energia nesses cinco jogos.
Muito mais preocupante do que a condição técnica do time é ver em campo falta de concentração e de disposição em um jogo decisivo, como ocorreu nesta última partida contra o Atlético. Uma equipe que joga sua permanência na divisão não pode entrar em campo pensando que já ganhou o jogo porque o adversário atua com seus reservas! Bastaria a mesma disposição e vontade de jogos anteriores para que o resultado fosse outro.
Todos deveriam perceber que as notícias e avaliações sobre elencos de 2015 são destaque apenas para o Palmeiras, enquanto que os jogadores dos concorrentes não observam esse tipo de enfoque pela imprensa sobre seus times.
Garantido o time na elite do futebol em 2015, ai sim partiremos para o debate necessário sobre o rumo e os objetivos que deve ter o Palmeiras para o seu futuro.
Por enquanto, o único julgamento e avaliação a ser feito em público é que esse elenco tem total condição de conquistar os pontos necessários para o time permanecer na série A e deve pensar só nisso!