Foi apenas um empate, e poderia ter sido uma vitória se o árbitro
tivesse sido homem o suficiente para marcar o outro pênalti. 

EM SÍNTESE - Muito mais importante do que o empate em Curitiba/PR, resultado que em situações normais seria comemorado por todos nós dadas dificuldades de se jogar na Arena da Baixada, foi a postura que o time teve. Praticamente com os mesmos jogadores, o Verdão hoje não se abalou quando sofreu o gol (de calcanhar: da prá acreditar?) e nem após a expulsão do maldito do Josimar, fatos que há uma semana nos fariam levar de goleada. Já se pôde sentir a presença de Dorival Jr.

FÁBIO – 5
REGULAR

Foi muito pouco exigido, já que o ataque do Furacão está mais para uma leve brisa de fim de tarde. No lance do gol, espalmou mais para o lado do que no jogo de quinta-feira, mas o correto teria sido seria colocar para escanteio. De qualquer forma, não pode ser considerado culpado no lance. Também mostrou qualidade na saída do gol. Contudo, ainda acredito que deveria ser preservado.     

WELDINHO – 3
PÉSSIMO

Já disse e repito: marca muito mal, apoia ainda pior e não sabe cruzar. Sua atuação, hoje, deveria envergonhá-lo e fazer com que ele repensasse sobre o futuro de sua carreira, que aliás sequer futuro deveria ter. 

WELLINGTON – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO

Jogou apenas 3 minutos, sem tempo para ser analisado.

TOBIO – 5
REGULAR

Deu uma certa facilitada no gol de Dellatorre, já que não foi rápido o suficiente para evitar o toque de calcanhar (ainda não me conformo de termos tomado um gol assim…) do atacante. No mais, esteve bem pelas jogadas aéreas e também mostrou a conhecida garra argantina – que não é suficiente para garantir vitórias, mas que pelo menos consegue intimidar alguns adversários.

VICTOR LUÍS – 5
REGULAR

Hoje não poderia apoiar porque o único adversário realmente perigoso jogava em seu setor. Assim, com a ajuda de Juninho, “colou” em Marcelo e impediu que o atacante tivesse mais espaços – em seu único vacilo, o cara acertou nossa trave.

RENATO – 5
REGULAR

Pelo menos hoje não nos fez passar raiva e nem sentir medo, já que o setor de criação do Atlético/PR não tem muita qualidade. Após a expulsão de Josimar, foi para a lateral direita, não comprometeu e ainda se livrou de marcar Bady.

  

MARCELO OLIVEIRA – 5,5
SATISFATÓRIO

Não é, nem de longe, um grande jogador (por exemplo: em minha opinião, é inferior a Márcio Araújo, tão criticado por quase todos vocês), mas compensa esta pouca qualidade com uma entrega inquestionável em todas as partidas. Hoje, fez bem a ligação meio-campo/ataque, já que nosso armador nesta noite era… Juninho! E, claro, também deu uma força considerável à marcação, além de ter sofrido o pênalti que Leandro Pedro Vuaden, convarde como quase todos os árbitros, não foi homem de marcar – afinal, para anotar dois pênaltis à equipe visitante numa mesma partida é preciso ter culhões…

JUNINHO – 5,5
SATISFATÓRIO

Sua presença em nosso meio-campo foi uma boa sacada de Dorival Jr – não pelas grandes jogadas que armou, até porque não armou nenhuma grande jogada, mas por povoar o setor e ser um ótimo apoio a Victor Luís na marcação a Marcelo, único atacante realmente perigoso do Furacão. Não vai, de jeito nenhum, ocupar o lugar que é de Valdivia, já que entre ambos a diferença técnica é um oceano, mas no meio-campo, pelo menos desta vez, não nos fez sentir ódio.

DIOGO – 7,5
ÓTIMO

Melhorou demais em relação ao jogo contra o Galo, sendo nesta noite o melhor do Palmeiras e de toda a partida. Jogando um pouco mais atrás, como ponta-de-lança, rendeu bem mais, pois teve sempre a bola nos pés. Todas as nossas jogadas ofensivas de qualidade passaram, sem exceção, por seus pés. Dorival Júnior pode ter encontrado o melhor lugar na equipe para este esforçado jogador.

 

HENRIQUE - 6
BOM

Está, e sempre estará, longe de ser o centroavante ideal para um time da grandeza do Palmeiras, mas nesta noite gostei sobretudo da sua entrega em campo. Talvez porque a bola lhe tenha chegado mais vezes, apareceu com um pouco mais de intensidade na partida.

LEANDRO – 5,5
SATISFATÓRIO

Além da visível falta de interesse, é impressionante a falta de sorte que atinge este rapaz. Hoje, fez tudo certo e iria abrir o placar, mas a bola, caprichosamente, se chocou à trave. E como não tem a cabeça muito boa, após perder tal chance permitiu que seu futebol, até então bastante razoável, caísse de rendimento. Em seus últimos minutos em campo, quebrou o galho na lateral-direita – não leva o menor jeito para atuar nesta posição, mas o lado positivo é que não se negou a fazê-lo.

DORIVAL JR. – 6,5
MUITO BOM

Ao contrário do que alguns de vocês esperavam, a estreia do nosso treinador pode ser considerada positiva. Vejam bem: ele encontrou um elenco fraco e, pior ainda, fragilizado devido à enorme sequência de péssimos resultados. Além disso, teve apenas dois treinamentos para não só definir o time como também conseguir acalmá-lo e lhe passar alguma dose de autoconfiança, por menor que fosse. Por fim, não pôde contar com cinco titulares – Fernando Prass, Wendel, Lúcio, Valdivia e Allione – isso sem que inseriramos Wesley nesta condição. Ou seja: tinha tudo para ser um péssimo “debut”, mas não foi – e não me refiro apenas ao empate, mas principalmente à forma como o obtivemos. Hoje, tudo levava a crer que seria mais um desastre (perdemos um jogador por contusão aos 3 minutos de partida – estamos “pouco!” azarados? -; perdemos um gol claro, com Leandro chutando na trave, e dois minutos mais tarde sofremos o gol; perdemos um jogador expulso no começo da etapa final, quando melhor jogávamos…), e nada disso fez com que o psicológico da equipe sofresse maiores danos. Isso, meus amigos, é, sim, a mão do treinador, que também pôde ser sentida na opção por escalar Juninho no meio-campo, dando a ele a função de armar nossas jogadas e também de cobrir Victor Luís. Além disso, ao contrário do seu antecessor, vimos um técnico vibrante à beira do gramado, orientando e acalmando seus jogadores. Nas substituições, em duas pouco pôde fazer, já que foram obra ou do acaso (contusão de Wellington) ou da imbecilidade (expulsão de Josimar), mas na terceira mostrou inteligência ao sacar Leandro e colocar Eguren, deslocando Renato para a lateral direita Issso melhorou muito a proteção à zaga e a marcação pelo setor onde, então, o perigoso Marcelo já atuava. Só não entendi a ausência de Bruno César até mesmo do banco de reservas, sendo este o único senão de Dorival Jr em seu retorno ao clube do coração.  

VICTORINO – 7
ÓTIMO

Nem esperava ser escalado, já que a opção de Dorival Jr. para o lugar do contundido Lúcio foi Wellington, mas entrou bem demais, posicionando-se com inteligência, marcado Dellatorre com competência e passando uma enorme tranquilidade a todo o time. Se repetir as atuações que teve em todas as pouquíssimas vezes em que jogou com a nossa camisa, tem tudo para ser o titular  – ao lado de Lúcio ou do próprio Wellington. 

JOSIMAR – ZERO !
OFENSIVO

Este maldito poderia ter levado nosso time a mais uma derrota. Só entrou porque Weldinho é tão ruim, mas tão ruim que até um inútil como esse cara aí de cima, e improvisado, pode ser melhor. E quando o Palmeiras mais jogava, quando tinha alguma chance de conseguir a virada, ele protagoniza o lance criminoso que vimos e é merecidamente expulso (aliás, deveria ter sido encaminhado ao DP mais próximo). Tomara que o TJD o puna de forma exemplar e nos livre de sua presença em muitos jogos.   

EGUREN – 5
REGULAR

Deu uma certa falta de sorte porque, assim que entrou para melhorar a marcação à frente da nossa zaga, o tal do Bady – o mesmo que foi muito bem no último Pulistão jogando pelo São Bernardo/SP – também entrou e deu um trabalho dos infernos. Mas o uruguaio aí de cima soube como conter seu ímpeto violento e sua tendência a cometer faltas perigosas, ajudando desta forma nossa equipe.

Concorda com as notas e as análises acima? Sim? Não? Aproveite o espaço abaixo e avalie você também a atuação do Palmeiras nesta partida.

Quadro de Avaliação

10 – Magnífico
9,5 e 9 – Excepcional
8,5 e 8 – Excelente
7,5 e 7 – Ótimo
6,5 – Muito Bom
6 – Bom
5,5 – Satisfatório
5 – Regular
4,5 – Ruim
4 – Muito Ruim
3,5 e 3 – Péssimo
2,5 e 2 – Horrível
1,5 e 1 – Vergonhoso
0,5 e 0 – Ofensivo